Coloquei a bolsa dentro do carro, chequei o cabelo no retrovisor e me preparei para sair. Caíque apareceu ao meu lado. A boca dele estava roxa de frio e os pés descalços. Eu: Caíque, tu não pode ficar aqui. — repreendi — Olha a tua situação. Caíque: Eu não acho o Bob, Silvana. "Ocê" viu ele por aqui? Eu: Ah... — nervosa — deve estar caçando por aí, Caíque. — afaguei a cabeça dele — Volta pra casa, vai. Teus pais ainda nem acordaram. Caíque: Eu quero o Bob, Silvana. — os olhos marejaram — Escutei ele gritar de dor em algum lugar. Fiquei em silêncio. O menino desembestou a chorar na porta do meu carro. Embora eu não tenha feito nada, me senti culpada por saber quem fez. Eu: Entra aí, Caíque. — destravei a porta — Vamos procurar o Bob. Caíque: Valeu. Andamos por toda fazenda. C