Abaixei a cabeça e vi os pés dele se aproximarem da minha cadeira. Meu coração palpitou. Enxerguei, através da sombra de nossos corpos, a mão dele sobre a minha cabeça. Em vez de me estrangular, ele me acariciou. Olhei para seu rosto e o vi me observar com brandura. Eduardo: Você deve estar cansada mesmo. — sorriu — Vou te deixar em paz. Adentrou a casa. Coloquei a mão no peito e me concentrei em acalmar minha respiração. Escutei ele cantar um trecho de "s*x On Fire", do Kings Of Leon. Óbvio que ele sentiu vontade de me enforcar, mas sua necessidade de me ter por perto é maior. Sou aquilo que mantém sua falsa identidade. Eduardo sempre teve controle de tudo. E agora eu o controlo. (...) Quatro meses depois. Ana: É assim, viu? — trançou o bordado — Uma linha por baixo da outra. Eu: Ah