?⚜CAPÍTULO 5⚜?

1472 Words
?⚜CAPÍTULO 5⚜? HALYNA Fazia exatamente uma semana que eu não o via nem pelos corredores da casa, ousei perguntar por ele, mas apenas me disseram que ele estava resolvendo negócios fora da mansão, que em breve retornaria. As pessoas nesse lugar não eram de muita conversa, e a verdade era que eu m*l saia desse quarto, o meu calabouço, minha prisão, eu continuava chorando e pensando no dia em que eu poderia sair daqui finalmente, o dia em que eu poderia voltar para a minha casa, para o meu irmão. Eu não tinha acesso ao mundo fora daqui, não tinha o meu celular, ou televisão no quarto, apenas alguns livros que me trouxeram, agradeci mentalmente por serem livros de romance, assim eu podia continuar sonhando com uma vida que não fosse ser a esposa de um mafioso. Estava distraída, mergulhada na história daquele livro quando uma batida na porta me assustou. —Senhora, com licença, o senhor Maksim, pediu para chamá-la—a mulher diz sem me olhar nos olhos. —Ele está aqui?—inquiro. —Sim ele a aguarda no jardim, vou levá-la até ele—ela diz aguardando por mim. Me levanto e passo a mão instintivamente sobre o vestido que uso, a acompanho pelo corredor e desço as escadas, não havia ninguém no grande salão que a poucos dias estava repleto de pessoas. Saímos pela porta e eu avisto o grande jardim, ele está em pé próximo à entrada, ele me olha frio como sempre e eu me aproximo. —Espero que esteja bem—ele diz. —Como posso estar bem se estou trancada aqui—digo. —Acostume-se, essa é a sua vida agora—ele diz me olhando. —Por favor Maksim, me deixe ir embora, ninguém nasceu mau, eu sei que deve haver algo que o fez ficar assim, eu não sei o que você passou, mas deve haver alguma gota de esperança na sua alma escura—digo olhando para ele. —Você realmente acha que vou acreditar nessas bobagens, nesta cena de que se importa comigo? Não se force Halyna—ele diz. —Não pode me manter ao seu lado não pode ser essa a única solução—digo. —Não foi uma solução, foi uma oferta, ou se tornava a minha esposa, ou estaria morta, esse é um acordo Halyna, um acordo selado com sangue. Eu não perdoo traições lembre-se disso, arrisquei a minha vida pela sua, mas não sou bom, eu nunca fui—ele diz segurando o meu braço com força. —Por favor não aperte o meu braço, está doendo—digo chorando. —A dor é boa Halyna, mantém a memória fresca, eles não te ensinaram isso na faculdade de medicina?—ele inquire e eu continuo olhando para ele. — Em breve você aprenderá, vamos—ele diz. —Para onde?—inquiro. —Está fazendo muitas perguntas Halyna—ele diz se aproximando de uma grande moto estacionada. —Suba—ele diz. —Eu não vou subir—digo olhando para ele. —Está com medo doutora?—ele inquire. —Eu não ando de moto com quem eu não confio—digo. —Pois trate de começar a confiar Halyna, você é minha agora—ele diz. —Será que não percebe que as pessoas vão me procurar? Os meus amigos, a minha família—digo. —Ninguém irá te achar, a menos que eu queira, mas já que está tão preocupada com isso, saiba que eu já cuidei de tudo—ele diz. —O que fez? O que disse aos meus amigos?—questiono. —No hospital você está de licença, e quanto ao seu pai, ele sabe que está aqui e só isso que ele precisa saber, esqueça quem foi antes de mim Halyna—ele diz e eu viro o rosto. —Ei Halyna—ele diz e eu o olho. —Não vire o rosto para mim, ou eu vou quebrar a minha promessa, ok?—ele inquire e eu continuo calada. —Ok Halyna?—ele inquire em um tom mais alto. —Ok—digo com os olhos cheios de lágrimas. —Quanto antes aprender que não deve me enfrentar será melhor para você—ele diz. —Eu nunca vou me acostumar com isso, não foi assim que planejei me casar—digo. —Destruí os seus sonhos doutora, sonhava em se casar na praia?Escolher o seu vestido de noiva em uma loja badalada da cidade? Sonhava com um casamento de contos de fadas, um casamento de princesa? Não será assim—ele diz. —Maldito seja você Maksim, ser sua esposa é o pior dos castigos—digo olhando nos seus olhos frios. —Nunca seremos marido e mulher doutora, os nossos nomes estão lado a lado, mas nós não—ele diz me olhando nos olhos—Agora se acalme e faça o que eu digo, não estou aqui para te machucar, não me faça errar o caminho. Eu o olho e as lágrimas ainda escorrem pelo meu rosto, ele abre a porta do carro preto e diz. —Entra. —Para onde vamos?—inquiro. —Comprar um vestido de noiva—ele diz. —Mas já somos casados—digo. —Assinamos os papéis, e você fez o favor de me expor perante o conselho, agora precisamos de fotos Halyna—ele diz fechando a porta depois que entro no carro. O motorista dirige enquanto ele está sentado no banco do carona, eu ainda me perguntava como vim parar aqui e pensava em uma maneira de fugir. Assim que chegamos a loja as vendedoras me bajulavam e me chamavam de senhora a todo momento. Elas me mostravam um modelo atrás do outro, e eu não conseguia ver beleza em nenhum deles, para mim apenas comprovavam a minha sentença de morte. —Senhora nenhum lhe agradou? —Uma delas inquire. —Pode escolher você—digo e vejo Maksim me olhar furioso. —O que acha desse?—a outra vendedora inquire. —Sim, esse está ótimo, me dê—digo pegando o vestido da mão dela e entrando no provador. Assim que entrei observei uma grande janela e ela dava para a rua, deixei o vestido sobre o puff e me debrucei, era um pouco alto, mas eu conseguiria pular sem problemas, então me arrisco, quando consigo alcançar a rua, respiro fundo eu tinha que conseguir chegar em casa, vejo um táxi e peço parada, graças a Deus ele para, então dou o endereço da minha casa, eu sorrio como uma boba, eu estava livre, assim que eu chegasse em casa eu ligaria para a polícia e resolveria tudo isso. O celular do motorista toca e ele atende, já estávamos quase em frente a casa do meu pai quando ele me olhou e disse. —É para você Senhora Skravonski. Quando ele disse aquele sobrenome meu corpo gelou, peguei o telefone. —Estou ouvindo—digo. —Parabéns Halyna, conseguiu fugir—a voz fria de Maksim ecoa. —Como me achou?—inquiro, as lágrimas rolando pelo meu rosto. —Eu já sabia, do táxi que está pode observar, há atiradores a sua volta, e o alvo não é você—ele diz. Observo atiradores espalhados pelas casas vizinhas, nos telhados. —O que está fazendo?—inquiro. —O seu irmão chegará do colégio em dez minutos—ele diz. —Maksim por favor, não Maksim—grito. —A decisão é sua, você pode descer desse carro e ser responsável pela morte do seu irmão, ou retornar à mansão, o tempo está passando Halyna—ele diz e desliga. Olho mais uma vez para a minha casa e fecho os meus olhos as lágrimas escorrem pelo meu rosto. —Me leve de volta—digo entregando o celular ao homem atrás do volante. Eu estava voltando para o inferno. Assim que entrei pelo portão o vi ali parado me esperando, me aproximo dele. —Quem você pensa que é para fazer isso, você não pode machucar a minha família. —E não vou, nós fizemos um acordo, você veio até mim, cumpra-o Halyna, se você tentar fugir de novo irá direto ao funeral do seu irmão, se não cumprir eu não vou te machucar, mas farei com que sinta dor. Olho nos seus olhos e ele diz. —Essa dor é pior que a morte Halyna, a dor da culpa. —Você não é um ser humano, o seu coração está frio como gelo, eu odeio você Maksim Skravonski—digo. Ele me segura nos seus braços e aproxima os nossos corpos. —Mas eu gosto de você, vá se vestir—ele diz me soltando. Olho para ele mais uma vez antes de entrar naquela casa.
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