?⚜CAPÍTULO 4⚜?

1321 Words
?⚜CAPÍTULO 4⚜? MAKSIM Eu ainda não podia acreditar naquilo, eu busquei aquela mulher durante dois anos, sem nunca encontrá-la e de repente aqui está ela, em forma de pagamento de uma dívida, conhecendo a pior versão de mim, aquela que certamente era não iria gostar, que certamente ela irá temer, e eu sou um egoísta de merda, por que eu não me importo que ela me odeie desde que ela esteja aqui, ao meu lado, onde eu possa ver aqueles olhos todos os dias. —Maksim, posso entrar?—Ivan diz parado a porta. —Sim, o que houve?—inquiro. —O conselho já está reunido no salão principal—ele diz. —E qual o problema?—inquiro. —A noiva—ele diz. —O que tem a noiva?—inquiro e então ouço as vozes alteradas, ando rapidamente e desço as escadas pulando os degraus quando vejo a maluca parada em frente a no mínimo uns trinta mafiosos gritando. —Vocês são uns malditos demônios, são bandidos, isso é errado, cárcere privado—ela grita e vejo o meu pai me olhar furioso. —Cale essa maldita boca, sua v***a— o meu pai grita e aquilo me enche de raiva. —Roman já sabe o que tem que ser feito—um dos anciãos do conselho diz ao meu pai, e eu sabia o que seria feito, eles a matariam. Senti o ar faltar nos meus pulmões, vi quando o meu pai deu a ordem a um dos seus homens, me aproximei a passos largos e a segurei pelo braço, sacando a minha arma. —Eu mesmo faço isso—digo olhando para os homens que me olham atentos. Arrasto ela pelo braço até o jardim que fica na parte sul da mansão, ela chora sem parar, me distancio e aponto a arma para ela. —Me mata de uma vez—ela diz entre soluços. Eu a olhava metade de mim, sabia que eu tinha que fazer aquilo, mas a outra metade, aquela que buscou por essa mulher tempo demais, não me deixava puxar aquele gatilho. —Me mata Maksim, conviva com essa culpa, seu monstro—ela diz me olhando. —Halyna, a sua única opção, a única saída, é assinar aquele papel e se casar comigo, o que fez aqui hoje não será perdoado, você irá morrer, se não pelas minhas mãos, pelas mãos de qualquer um daqueles homens lá dentro, mas se casar comigo terá meu sobrenome, será uma Skravonski, a minha esposa. Podemos ser monstros fodidos como você disse lá dentro, mas não matamos a família, nós protegemos a família, e essa é a única forma de eu protegê-la -digo olhando nos seus olhos ainda com a arma apontada para a sua cabeça. —Eu não posso—ela diz. —Isso tudo é um contrato Halyna, e ele acaba em seis meses, é o prazo que eu tenho para te fazer me amar—digo. —Nem mesmo se ele durasse uma vida eu te amaria, você é um monstro como eles Maksim—ela diz, palavras disparadas como flechas em minha direção. Me aproximo dela mais ainda, a arma apontada para a sua testa, olho nos seus olhos. —O que prefere? Casar com um monstro ou morrer?—inquiro destravando a pistola. Ela chorava desesperadamente, e cai de joelhos à minha frente. —Eu caso—ela diz entre soluços. —Boa escolha—digo pegando ela pelo braço e levando de volta ao salão, me aproximo da mesa em que os documentos estão, ainda a seguro pelo braço, não para mantê-la ao meu lado, mas para mantê-la viva, todos dentro dessa sala a querem morta, inclusive o meu pai que me olha furioso. —Assina—digo a ela que me olha, as lágrimas rolando pelo seu rosto—Agora. Ela segura a caneta com a mão trêmula, e assina o papel, eu repito o gesto, e olho para todos que estão ali. —Ela é uma Skravonski agora, minha esposa, protegida por essa casa, protegida pelo conselho, conheço as consequências pelo meu ato, mas ninguém aqui tocará em um só fio de cabelo da minha esposa—digo e vejo a minha mãe chorando no canto do salão, assim como eu ela sabia que eu seria duramente castigado por aquela afronta, o meu pai mantém o maxilar travado me olhando nos olhos, vejo as pessoas começarem a sair da nossa casa. —Leve-a para o quarto—ordeno a Ivan que está próximo a nós. Ainda a olho mais uma vez antes que ela suma no topo da escada. —Sabe o que fez não é Maksim?— o meu pai inquire. —Sim—digo sustentando o seu olhar. —Está disposto a passar pelo inferno por ela?—ele inquire. —Eu vivo o inferno pai, ver a versão mais c***l dele não me quebrará—digo olhando nos seus olhos frios, sustentando o seu olhar. —Pois bem, acompanhe os anciãos Maksim, e que o d***o te proteja da ira deles, meu filho—ele diz. —Espero que ele esteja presente para me proteger, assim como me protegeu da sua ira, ela deve ser protegida agora—digo. —Ela é uma Skravonski agora, ninguém tocará em nenhum fio de cabelo dela, tem a minha palavra—ele diz. Entro no carro preto estacionado em frente a nossa casa, eu sabia que eles me levariam para o lugar onde os castigos aconteciam, já estive lá algumas vezes, mas dessa vez eu tinha medo do que me aguardava, eu desobedeci uma ordem direta do conselho, me casei com ela mesmo depois do que ela fez, a tornando protegida dos Skravonski. Assim que entrei naquele lugar o cheiro fétido de sangue e couro, entrou pelo meu nariz, eu ainda me lembrava daquele cheiro, o cheiro da carne sendo rasgada pelas tiras de couro. Entro em uma grande sala, onde um dos anciãos está sentado na sua cadeira, que mais parecia o trono do inferno. —Maksim Skravonski, achei que não o veria nunca mais aqui—ele diz rindo. —E eu não pretendia voltar—digo olhando para o homem, que veste um terno impecável, e sapatos que brilhavam de longe. —Mesmo assim, se colocou nessa situação, por causa de uma qualquer, filha de um filha da p**a qualquer também—ele diz. —Ela é minha esposa agora, uma Skravonski, sei que serei punido pela minha atitude, mas exijo que o seu nome seja respeitado, como qualquer esposa da máfia—digo olhando nos seus olhos. —Pois bem, Maksim, vejo que tem mais fibra que o seu pai—ele diz. —Acabe logo com isso—digo. —Maksim Skravonski, como punição pela desobediência e afronta a esse conselho, será punido com o número correspondente a idade da sua jovem esposa, em chibatadas, vejamos aqui, Halyna Ivanov, agora Skravonski, vinte e sete anos, vinte e sete chibatadas, vinte e sete vezes que vai sentir a sua pele se rasgando a cada vez que o chicote bater, mas vejamos só ela é sua esposa agora—ele diz e dá uma gargalhada. Dois homens me prendem, e prendem os meus braços, em algemas uma de cada lado, eles rasgam a minha camisa expondo as minhas costas, fecho os meus olhos e vejo os dela a minha frente, respiro fundo, e sinto a primeira chicotada, o cheiro de sangue toma conta da sala, as lembranças me invadem, fecho meus olhos novamente, e sinto uma após a outra, as vezes em que aquele maldito chicote rasgou a minha pele. Eu já não aguentava sustentar o meu corpo, quando as minhas mãos foram soltas, no chão uma poça de sangue se formou, o meu sangue, eu cai sobre ele, e apenas fechei os meus olhos, ela estava protegida agora, ninguém a faria m*l.
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