CAP 7 "Só preciso de você, só você!"

1052 Words
Triana Müller... Sei que não deveria ter ido atrás dele, não sei o que dar em mim. Não consigo ver alguém em situação de risco e ignorar. Ok, Max é cria daqui e de certo ele deve saber sair dessa situação bem melhor que eu. Contudo, meus impulsos gritam mais alto do que minha razão. O pior que aconteceu, foi a reação do Max, ele foi extremamente e******o. Quis sair correndo no momento que ele levantou a voz para mim. Meu pai jamais gritou comigo, de certo não deixarei nenhum homem fazer. Estava decidida a cortar esse relacionamento que de verdade ainda nem se iniciou. Minha ideias mudaram, quando arrependido ele veio atrás de mim no mesmo instante e se justificou. Dessa vez entendi que o desespero da situação e o medo do que viesse acontecer, o fez elevar a voz daquela maneira. Depois, vieram seus beijos que me tiram de órbita, deixam raro o ar do meu peito e me aquecem por dentro. Acabei esquecendo até o que aconteceu. E mais uma vez a noite estava sendo maravilhosa, divertida. Era bonito ver as mulheres negras de corpos esculturais, ficarem ainda mais alta do que já eram, em cima de saltos 15cm. O olhar de Max sobre mim, me fazia sentir tão linda quanto as mulheres que deslizavam sua exuberância sambando na quadra. Em algum momento o samba deu uma parada e outros ritmos tocavam na quadra. Rachel se acabou no funk ao lado de Alexei. Após a batida rítmica do som americano, foi a vez do pagode e suas letras melódicas. A mão e o braço forte de Max envolveu minha cintura. — Não... O que está fazendo? Ele colo rosto no meu e me responde aos sussurros. — Tirando minha gata, pra dançar coladinho. — Sua gata! Quando ganhei esse status, que não fui consultada? — Ué...! Mas tu é gata, muito gata. — enquanto me respondia, conduzia meu corpo lentamente de um lado para o outro. — Não estou questionando o adjetivo gata, falei do pronome de posse, sua. — Deixo claro. Max deslizou as mãos nas minhas costas sobre o tecido da minha blusa, chegando até minha nuca, apertando mais o peito contra o meu. Depositou beijos cálidos no meu pescoço, fazendo minha pele responder em arrepios no mesmo instante. — Minha, soube que você seria desde o dia que me seguiu lá no beco para proteger a Marcela. Sobre não lhe informar, não seja por isso. Estou fazendo agora, você é minha Galega. — Não sou sua e nem de ninguém, mas se isso por um acaso for um pedido machista de namoro... — Max não deixou eu continuar, sua boca sufocou a minha tão rápido, me tirando o ar e o pensamento racional. — Galega! — O homem tem a boca grudada ao lóbulo da minha orelha. — A primeira coisa que deve saber sobre mim, é que eu não peço nada. O que quero, eu tomo. — Discorre com naturalidade. — Nós temos um lance forte, não dá para negar. Eu quero você o tanto que você me quer. Ele voltou a tomar minha boca, a maneira que os beijos de Max me inebriavam e me deixavam fora de órbita, não permitiram que eu o contestasse. Tudo bem, eu sabia que ele falava metaforicamente, mesmo assim, não queria alimentar aquele tipo de pensamento tosco. De maneira repentina Max parou o beijo, pôs a mão no bolso da calça, tirando de dentro o celular. Ao olhar na tela, sua feição mudou completamente. — Algum problema? — Não, me dar um minuto que já volto. — Ele saiu de maneira estranha e eu fiquei sem entender. (...) Max pediu um minuto, porém já havia mais de meia hora que ele saiu e não voltou. Rachel ficava a todo momento me zoando, me chamando de apaixonada, que eu estava preocupada a toa. Em parte, concordava com ela, acho que eu estava exagerando um pouco. No entanto, tinha meus motivos, o homem que discutia com ele quando cheguei aqui, nitidamente tinha armas pelo corpo, para completar era um sujeito demais de m*l encarado . Outro fato que me intrigava é que Alexei também sumiu, minha amiga devia estar certa, nosso amigo de certo está agarrado a algum boyzinho por aí e eu pagando de trouxa me preocupando a toa. (...) Uma hora se passou. No palco da quadra, o presidente da escola chamava os finalistas para comunicar o samba campeão. Naquele momento Rachel também estava preocupada com Alexei que tinha o celular desligado e com Max que não respondia minhas mensagens. — Tri o que será que houve com eles! — É o que quero saber. Fomos sentido a parte externa da quadra, a multidão dificultava nossa saída. Quando finalmente chegamos a saída, Marcela a irmã de Max nos puxa extremamente aflita e esbaforida. — Vão embora daqui, vocês precisam sair da favela agora. — O que está acontecendo? — Pergunto tentando entender. — Não há tempo de explicar, vocês precisam ir.já. — Não podemos ir sem o Alexei, cadê seu irmão? — Tri, Alexei sabe se virar, se ela está dizendo para irmos embora, vamos. — Rachel me puxa pela mão. — Não... E o Max? — Sua loucona. — A menina espevitada coloca o dedo na fonte. — Escuta sua amiga e some daqui, ou ao invés do Maxsuel, quem vai chegar aqui é o Monstro. Rachel não parou de me puxar, até me pôr dentro do carro. — Isso não está certo Rachel e o Alexei? — Não sabemos o que está acontecendo, põe o cinto, pois não irei parar nem no sinal. Não parei nem só um minuto de ligar para Alexei, olhava o aplicativo de mensagem da bola verde a todo momento para ver se Max me respondia, em uma delas finalmente ele ficou on e o entupi de mensagem. Quando o homem começou a digitar, meu coração palpitava aumentando minha ansiedade. Pensava que falar com ele me esclareceria alguma coisa naquele momento, ledo engano. Falar com Max piorou meu ânimo e a confusão que tinha dentro da minha cabeça. Nem posso dizer que conversamos, depois de tantas perguntas, inclusive querendo saber se ele estava bem. Max antes de me bloquear, se limitou a responder: "Me esquece e vai para o inferno, sua vagabunda."
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