CAP 8 "Obrigado por demonstrar esse amor falso!"

1090 Words
Monstro... Aquele era a porrra do momento que me poria de apaixonado babaca e a pediria em namoro. A mensagem de Micha me tirou do foco e freou mina ação. Tive que deixar a Galega na quadra sem dar muita explicação e vir até a boca principal para saber que bagulho estava acontecendo. A moto estava no mesmo terreno no qual arrastei Micha mais cedo para uma conversa. Não gostei dele ter vindo atrás de mim. Se fosse qualquer outro cara teria levado um tiro na bola, no entanto o sangue que corre em nossas veias, faz com que dele, eu aceite quase tudo. Fui trepidando com a moto pelo caminho mais rápido, porém mais difícil. Deveria ter deixado Marcela em casa, no entanto, tinha pressa em saber o que passava. A maneira que Micha falou comigo, me deixou bolado a ponto de largar as duas coisas mais importantes para mim naquele momento, a Galega e a música. Cheguei, estacionei a moto e Marcela desceu, meus homens logo vinheram me bater que Micha estava no terraço do barraco com um x9. Quando isso acontece, precisa do meu aval do que fazer com o traidor ou traidora. Subi os degraus em concreto de dois em dois e o que vi no terraço me causou confusão no mesmo instante. — Que porrra está acontecendo aqui?,— Perguntei, assim que analisei a cena rapidamente. Micha tinha aquele jeito de eu estou fazendo a coisa certa, sem me responder de imediato, o que eu havia acabado de perguntar. Já iria engrossar para o lado dele, mas o esperei tirar o maço de cigarros do bolso e ascender. — Quer um? — Me oferece. Me sentia por um fio, ficando putto pra c*****o, era melhor que ele falasse e rápido.— Quero saber porque ele está aqui todo arrebentado? — Não me matem, eu imploro. Não vou falar nada. — A voz do amigo da Galega sai totalmente enrolada, já que está com a boca cheia de sangue e estourada. — Já falei pra fechar a boca, viado! — Micha fala armando um soco, indo para cima dele. Mas eu não permiti. — Parou! Quero saber o que está acontecendo aqui c*****o? — Esse pessoalzinho no qual você andou se metendo é tudo x9. A c****a que tu anda atrás, estava armando pra cima de ti. Quando você for se apresentar para a parada lá do samba, tem reportagem e verme para te prender. Parece que a amiguinha dela é aspirante a jornalista. — Sabe qual é? Tu tá viajando. A Galega não tem ideia da minha vida louca. — Na moral! — Micha põe o dedo indicador na lateral da cabeça. — Quem tá viajanu é você irmão e trazendo problema pra nós. Quer ouvir o viado falar? A piiranha tava na maldade contigo, vai vendo! Tô falanu!. Bufei minha raiva, não acreditava e não queria ouvir Micha acusar Triana, ela tinha o olhar da minha mãe, puro e calmo. — Antes de falar com ele quero ouvir a história da sua boca. — Certo! Esse ai chegou com o socador de viado, o Nenzinho. Vieram comprar duas de trinta e cheios de papo torto. Querendo saber de tu, dizendo que a amiga dele precisava de uma matéria sua pra faculdade dela, tá ligado. Nenzinho deu a planta toda e trouxe ele aqui pra nóis. Nóis apertou saporra aí, que entregou tudo. — Apertou! Cês quase passaram ele. Mais um pouquinho a gazela decola. — Tá com peninha irmão? Isso aí é Iscariotes. Vai vendo! Depois que ouvi meu meio irmão, era hora de ouvir o viadinho. Micha estava com razão, não sei aonde eu estava com a cabeça, deixando de lado meus bagulhos sérios para viver de uma merda de ilusão. O viado confirmou a porrra toda e eu essa semana feito um i****a, botei a prova se essa era a vida que eu queria para mim. Por causa de uma vagabunda. Fiquei igual um bosta otáriio, pelo jeito dela. Que me lembrava o da minha mãe, a única mulher no mundo que prestava e segue sendo ela, pois a Galega é uma putta traíra igual a todo resto. — Já falei tudo o que você queria, posso ir embora? — A gazela pede chorando. Micha olhou para mim querendo o meu aval, o amiguinho se iludia se achava que iria sair ileso, depois de armar para cima do movimento, eu só decidiria se iria ter muita ou pouca dor. Esrourar a bola, microondas, amassar até que ele não aguente mais... Preferi algo mais limpo. — Dar um espumante e depois joga na estrada. Não quero polícia dentro da favela procurando ninguém. — Certo! — Obedeceu, mas tenho certeza que não gostou. Descontrole era demais de sanguinário. — Vou mandar alguém na quadra para buscar as vagabundas. — Não. Com elas eu resolvo pessoalmente. — Tá maluco mano! Tu ouviu que tem arapuca para você naquela porrra, essa cadella comeu teu senso.Vou mandar os caras lá... — EU FALEI, EU RESOLVO. ALGUM PROBLEMA? Ficamos nos encarando por muito tempo, até que Micha engole seco o seu orgulho e responde conciso — Não. — Tem alguma objeção? — Não. — Responde com uma certa raiva. — Foi o que pensei. Eu desci, Marcela não estava a minha espera. Os manos falaram que ela foi para casa apressada. Hoje não iria saber se ela me deu volta. Precisava ficar sozinho e fumar um balão para relaxar. Realmente me segurar para não ir até a quadra e acabar com aquela putta. Ideias loucas passavam pela minha cabeça, mas antes de conseguir meu ódio, a Galega extraiu sentimentos bons de mim só com um sorriso, é neles que irei me apegar, para dar a ela a chance de ir embora e nunca mais pôr os pés na Faz Quem Pode. Subi até a parte mais alta da favela e me sentei curtindo a vista. Peguei o celular e respondi a ela de uma maneira que não se atreverá a voltar. Meu outro telefone tinham várias ligações do presidente da quadra, dizendo que meu samba foi escolhido, mas não seria aceito, pois tinha gente da emissora esfera garantido ter provas que o compositor daquele samba, era o Monstro da Faz Quem Pode. Amaldiçoei a Galega com todas as minhas forças. Enquanto o vento no alto do morro tocava meu rosto, amaldiçoava a Galega me questionando a todo momento, de como deixei uma desconhecida invadir a minha mente e me tirar tanta coisa de uma só vez
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