CAPÍTULO 13|MAYA

822 Words
Coloquei um shortinho jeans, salto alto e um cropped branco . Deixei meus cabelos soltos , uma make básica e batom vermelho e já me encontrava pronta. Sophie e as meninas estavam na sala conversando horrores com a minha mãe e como esperado Julinho já não se encontrava mais em casa , tentei não me irritar por saber que provavelmente ele já havia saído para usar as porcarias. Era sempre assim , levava dias desaparecido depois voltava para casa como se nada tivesse acontecido, comia como se tivesse passado uma era sem colocar uma colher de arroz na boca e então metia o pé no mundo outra vez. Sabia Deus o que mais fazia e por onde andava. As meninas logo se despediram da minha mãe , ela pediu para eu não demorar e eu lhe garanti que não o faria. Quando chegamos lá , reencontrei algumas colegas as quais já não via há um tempo . Sophie em sua agonia não deixava de olhar aos arredores ao invés de curtir. Como não queria saber de ficar pensando nas últimas coisas que haviam me acontecido , entrei na onda das meninas e comecei a dançar , indo até o chão chamando a atenção dos caras para nós. Um sorrisão estava formado na minha boca. Só parei uns segundos para tomar uma , minha garganta estava seca. - Maya...há quanto tempo – Virei para encarar ao meu lado , dando de cara com Maylon . O ex vindo das profundas? Não , passo. - Nem vem . – Joguei meus cabelos em sua cara e lhe dei as costas voltando para onde estava . Deus que me livrasse. Esse me fez comer o pão que o d***o amassou no inferno. Quando eu me recordo das humilhações que eu passei por causa dele , colocando mulheres na minha cara eu sinto vontade de me estapear. - Qual é Maya ... vamos conversar – Ele insiste vindo pra minha frente. - Eu não tô afim de papo. Se você veio participar de um podcast sinto em te informar, mas está no lugar errado.- Tento passar por seu corpo mas outra vez ele bloqueia minha frente. Solto um suspiro irritadiço , retirando meus cabelos da frente do meu rosto num gesto nervoso. - Me dá uma chance. - Algum problema aqui ? – Um cara aparece ficando do meu lado , encarando Maylon de igual pra igual , não sei o que rola pois ele nem mesmo contesta simplesmente se embrenha no meio do povo. - Obrigada , você acabou de me livrar de um pé no saco. – Quando encaro melhor o homem , meu sorriso fica maior. Deus ouviu as minhas preces! Era lindo. Negão do corpo definido, rosto simétrico , barba cerrada , cabelo cortado estilo militar. Usava uma camiseta preta bem justa no tórax impressionante. - Percebi que ele estava te incomodando. – Umedece os lábios – Henry , prazer – Ele pega minha mão num cumprimento sedutor me olhando dentro dos olhos. - Maya , o prazer é todo meu. – Não contei história , em segundos já estava me atracando com o cara , nem mesmo sabia por onde andava as meninas eu só sabia que este não deixaria passar. Quando as coisas esquentaram ele me olhou ofegante e, meu senhor, o cara realmente tinha uma pegada incrível. - Vamos pra um lugar mais tranquilo – Assenti , adorando a ideia. Ele me puxa pelo braço enquanto eu mando uma mensagem pra Sophie para caso dela me procurar saber que eu já havia ido embora acompanhada. Fomos para o lado de uma casa que estava em uma construção inacabada, estava perfeito. Nunca mais eu tinha dado uma rapidinha. A adrenalina percorria por meu corpo , quando Henry desceu uma de suas mãos para o meio da minhas pernas , enquanto eu desci a minha para seu m****o. Quando ele fez menção de abrir meu short , escutamos um tiroteio acontecendo . No mesmo segundo nos desgrudamos , meu coração martelando nos meus ouvidos. - Merda , vamos sair daqui – Ele tentou me puxar mas eu estava com tanto medo que eu puxei meu braço de volta. - É melhor a gente ir pra casa . - Tem mesmo certeza ? – Henry perguntou olhando as pessoas correndo do local. - É sim .- O deixei para trás , arranquei os sapatos dos meus pés e tomei o rumo de casa , sentindo que minha alma iria abandonar o meu corpo. Só esperava que as meninas ficassem bem . Eu estava com uma sorte daquelas , era impressionante . Sai para me distrair e voltei corrida para casa . Sorte eu sei que nunca tive, mas isso aqui já era demais . Será que o Italiano havia me jogado alguma praga? Ou só eu que era azarada mesmo ? Perguntei-me enquanto corria afoita rezando para chegar intacta na minha casa.
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