Coloquei um shortinho jeans, salto alto e um cropped branco . Deixei meus cabelos soltos , uma make básica e batom vermelho e já me encontrava pronta.
Sophie e as meninas estavam na sala conversando horrores com a minha mãe e como esperado Julinho já não se encontrava mais em casa , tentei não me irritar por saber que provavelmente ele já havia saído para usar as porcarias. Era sempre assim , levava dias desaparecido depois voltava para casa como se nada tivesse acontecido, comia como se tivesse passado uma era sem colocar uma colher de arroz na boca e então metia o pé no mundo outra vez. Sabia Deus o que mais fazia e por onde andava.
As meninas logo se despediram da minha mãe , ela pediu para eu não demorar e eu lhe garanti que não o faria.
Quando chegamos lá , reencontrei algumas colegas as quais já não via há um tempo . Sophie em sua agonia não deixava de olhar aos arredores ao invés de curtir.
Como não queria saber de ficar pensando nas últimas coisas que haviam me acontecido , entrei na onda das meninas e comecei a dançar , indo até o chão chamando a atenção dos caras para nós.
Um sorrisão estava formado na minha boca.
Só parei uns segundos para tomar uma , minha garganta estava seca.
- Maya...há quanto tempo – Virei para encarar ao meu lado , dando de cara com Maylon .
O ex vindo das profundas?
Não , passo.
- Nem vem . – Joguei meus cabelos em sua cara e lhe dei as costas voltando para onde estava .
Deus que me livrasse.
Esse me fez comer o pão que o d***o amassou no inferno. Quando eu me recordo das humilhações que eu passei por causa dele , colocando mulheres na minha cara eu sinto vontade de me estapear.
- Qual é Maya ... vamos conversar – Ele insiste vindo pra minha frente.
- Eu não tô afim de papo. Se você veio participar de um podcast sinto em te informar, mas está no lugar errado.- Tento passar por seu corpo mas outra vez ele bloqueia minha frente.
Solto um suspiro irritadiço , retirando meus cabelos da frente do meu rosto num gesto nervoso.
- Me dá uma chance.
- Algum problema aqui ? – Um cara aparece ficando do meu lado , encarando Maylon de igual pra igual , não sei o que rola pois ele nem mesmo contesta simplesmente se embrenha no meio do povo.
- Obrigada , você acabou de me livrar de um pé no saco. – Quando encaro melhor o homem , meu sorriso fica maior.
Deus ouviu as minhas preces!
Era lindo.
Negão do corpo definido, rosto simétrico , barba cerrada , cabelo cortado estilo militar.
Usava uma camiseta preta bem justa no tórax impressionante.
- Percebi que ele estava te incomodando. – Umedece os lábios – Henry , prazer – Ele pega minha mão num cumprimento sedutor me olhando dentro dos olhos.
- Maya , o prazer é todo meu. – Não contei história , em segundos já estava me atracando com o cara , nem mesmo sabia por onde andava as meninas eu só sabia que este não deixaria passar.
Quando as coisas esquentaram ele me olhou ofegante e, meu senhor, o cara realmente tinha uma pegada incrível.
- Vamos pra um lugar mais tranquilo – Assenti , adorando a ideia.
Ele me puxa pelo braço enquanto eu mando uma mensagem pra Sophie para caso dela me procurar saber que eu já havia ido embora acompanhada.
Fomos para o lado de uma casa que estava em uma construção inacabada, estava perfeito.
Nunca mais eu tinha dado uma rapidinha.
A adrenalina percorria por meu corpo , quando Henry desceu uma de suas mãos para o meio da minhas pernas , enquanto eu desci a minha para seu m****o.
Quando ele fez menção de abrir meu short , escutamos um tiroteio acontecendo . No mesmo segundo nos desgrudamos , meu coração martelando nos meus ouvidos.
- Merda , vamos sair daqui – Ele tentou me puxar mas eu estava com tanto medo que eu puxei meu braço de volta.
- É melhor a gente ir pra casa .
- Tem mesmo certeza ? – Henry perguntou olhando as pessoas correndo do local.
- É sim .- O deixei para trás , arranquei os sapatos dos meus pés e tomei o rumo de casa , sentindo que minha alma iria abandonar o meu corpo.
Só esperava que as meninas ficassem bem .
Eu estava com uma sorte daquelas , era impressionante .
Sai para me distrair e voltei corrida para casa .
Sorte eu sei que nunca tive, mas isso aqui já era demais .
Será que o Italiano havia me jogado alguma praga? Ou só eu que era azarada mesmo ?
Perguntei-me enquanto corria afoita rezando para chegar intacta na minha casa.