Capítulo 18

2009 Words
― Henry, mais uma vez envolvido nessas brigas ― Sussurrava o homem, com um ar desapontado ― Como irei provar a sua avó que é um bom rapaz? ― Desculpa senhor, eles apenas queriam me proteger. ― Bom segundo os relatos, você não fizera nenhum ato de fato ― O diretor olhara para Franchesco e suspirara novamente ― Terei de ligar a seus pais senhor Bailey, e avisá-los do ocorrido. ― Estará me fazendo um favor, assim eles desistem de mim. ― Quero deixar claro que são os pais que mantém a escola funcionando, e por isso brigas e namoros são estritamente proibidos. ― O diretor olhava para os papeis entregando aos dois alunos ― Vocês estarão suspensos por três dias a partir de amanhã, somente então poderão retornar às salas de aula. E devo lembrar ao senhor Bailey que mais uma atividade dessa, e sua expulsão será registrada em seu boletim. Por conta da suspensão os rapazes desistiram em ficar na sala, retornaram apenas para juntarem seus materiais e se retiraram. Adrian e Vincent ficariam no dormitório já que também ganharam a suspensão, e por isso achavam melhor evitar problemas. Além do mais, era certeiro que os respectivos pais iriam visitá-los para dar algum sermão. Franchesco acreditava ser impossível que uma briga de escola fosse fazer seus pais irem até ele, o trabalho tomava conta demais do precioso tempo. Enquanto os dois rapazes caminhavam para o dormitório, o mais alto percebia que Henry não teria ido a enfermaria para tratar dos machucados. ― Venha ao meu quarto ― Sussurrava Franchesco ― Cuidarei disso aí. ― Ah, claro. Henry se sentia envergonhado demais por estar daquela maneira. Não queria que Franchesco o visse sendo atacado com tamanha brutalidade, e saberia que seus acessos de raiva poderiam aumentar. Enquanto caminhavam não trocaram uma palavra, cada um imerso em seu próprio mundo. Não seria necessário, uma vez que ficar sozinhos em um quarto já seria o suficiente para serem francos. Passaram pela porta, seguiram pelas escadas até o andar em que o quarto de Franchesco se encontrava, e o único barulho que era possível de se ouvir seria da chave rodando no trinco. Quando a porta fora aberta, e fechada após a entrada dos garotos, uma onda de nervosismo subiu por seus corpos. A última vez que teriam ficado sozinhos naquele ambiente Franchesco e Henry teriam trocado o primeiro beijo. Fazendo um pequeno gesto com a mão, o mais alto pediu que Henry se sentasse em sua cama, enquanto procura algum pano para molhar. Assim que se sentava em frente ao menor, com um pano de rosto umedecido pela água, segurou delicadamente o rosto de Henry e o deslizou por seus machucados com suavidade. Henry mantinha os olhos fixos no maior, sua concentração em apenas limpar o sangue seco de sua pele era inacreditável. Por qual motivo ficaria tão concentrado só por limpá-lo? Henry se manteve em silêncio, apreciando a atenção que recebia enquanto sentia a pressão sobre sua face. ― Foi a Camille não foi? A voz grossa, talvez por conta da rouquidão do mais alto, surpreendera Henry e o retirou de seus devaneios. O garoto não respondeu, e sequer era necessário. A garota em questão estava na sala e trouxera os meninos com as pedras, isso seria o suficiente para somar que um mais um é igual a Camille envolvida nos ataques homofóbicos. ― Talvez, ela me parece querer ficar com você. O sorriso ladino do maior transbordava seu sarcasmo. Saberia, e muitíssimo bem, que Camille não mediria esforços para ter a atenção que queria. Todavia, Franchesco sabia que mesmo não estando com Henry, a garota se tornaria um empecilho para si. Não gostava de amantes grudentas e melosas, que desejassem lhe beijar o tempo todo ou que andasse de mãos dadas em público. Era o tipo de coisa que via sua mãe fazer com o pai, lhe fazendo detestá-la. Afinal de contas, aquela paixão mostrada em público não existia dentro de casa. Era apenas fachada para se exibir aos outros. Sendo assim, Franchesco passara a repudiar tais comportamentos vindos das mulheres, podendo ser esse o motivo de ter se encantado por Henry. O relacionamento era prazeroso de certa forma. Por mais que o segredo disso fosse para evitar situações como a que ocorrera naquela manhã, não era um motivo para evitar de ficarem juntos. Estavam trocando caricias quando realmente desejavam, sorriam com sinceridade e ainda poderiam fazer brincadeiras que pareciam não ter graça, mas um iria sempre rir do outro. Era algo tão gratificante que Franchesco já não imaginava ficar sem aquelas sensações e companhia. Na verdade, não se via sem Henry. Quando todas as feridas foram limpas, Franchesco passara uma pomada sobre elas. O rosto do menor era belo demais, mesmo com os machucados parecia não ter perdido o encanto. ― Farei ela pagar por cada pedra que te tocou. ― Não precisa, pense bem ― Sorria Henry ― Esse é o último ano dela na escola, e logo ficaremos livre. Era impressionante o otimismo de Henry. Se ele estava feliz com aquilo, então não deveria dizer o contrário. Ambos riram pelo silencio constrangedor que prosseguiu. Não demorou para que finalmente cedessem aos toques. Franchesco fora o primeiro a deslizar as mãos sobre os braços do garoto, que gemia baixo. ― O que foi? ― Dói. Franchesco erguia a blusa de Henry, encontrando hematomas deixados pelas pedras. Soltando um suspiro entristecido, o maior se inclinara para tocar, com a ponta de seu indicador, aquela mancha roxeada. Via o corpo do rapaz se arrepiar quando o dedilhou com suavidade. Erguendo os olhos para lhe fitar, percebia que a face de Henry estava avermelhada. Como se um fogo emergisse em seu corpo, Franchesco inclinou-se sobre o colo do garoto, podendo aproximar seus lábios úmidos pela saliva, na costela onde havia um dos hematomas. O selar que fora deixado na região era delicado, sem pressão, apenas um toque suave. E mesmo assim o corpo de Henry correspondia com arrepios. Aquilo deixara Franchesco satisfeito. O toque se repetiu em todos os hematomas que o mais alto poderia encontrar. Com uma mão erguia as blusas do garoto, enquanto com a outra segurava sua cintura. Henry também sentia daquele fogo emergir em seu corpo, ardendo em cada selar que era depositado em sua pele. Era comum que tivesse tais marcas em seu corpo já que as agressões se alastravam a todo tipo e forma, desde ataque de farinhas até socos e pontapés. Por isso odiava seu corpo, não se olhava nu na frente do espelho. Seu reflexo poderia parecer medonho e cheio de significados tenebrosos. Mas não conseguia baixar sua blusa e cessar as caricias de Franchesco. Não quando tinha aquelas labaredas lhe provocando. Principalmente quando poderia sentir a respiração do maior bater próximo ao seu peitoral. Aquele fora o seu estopim, soltara um gemido baixo. Um gemido baixo e manhoso fora o suficiente para que Franchesco desse continuidade a ultrapassar seus limites. Deitara Henry em sua cama ficando sobre si, deslizava as mãos em seu abdômen erguendo o máximo que podia daquelas malditas blusas. Como elas eram inoportunas naquele momento. Mesmo com aquele incomodo, beijara próximo ao umbigo de Henry, passando a ponta da língua na região e mordiscando sua pele com certa delicadeza. Como poderiam ter machucado aquele corpo, aquele belo corpo... Desejava vê-lo por completo. Subindo seus lábios e mordidas para o peitoral, repetira o ato anterior. Só de respirar próximo aos m*****s, ouvia novamente aquele gemido. Soltando um sorriso gratificante, não demorou em brincar com sua língua, seguindo a aureola do mamilo direito. Fora de imediato que as mãos de Henry se entrelaçaram aos cabelos do maior o apertando, enquanto suas costas arqueavam. Mas parecia não repudiar Franchesco por seu ato, por isso continuava a fazê-lo. As mãos dele delineavam as curvas da cintura do menor para conhecerem aquele corpo. Olhara mais uma vez para a face de Henry encontrando os olhos curiosos em si, os lábios úmidos e entreabertos com uma respiração acelerada. Voltou para beijar-lhe os lábios com desejo, sentindo seu corpo ser requisitado por ele. A camisa de Henry fora retirada para Franchesco se vislumbrar com aquele formato. Tirando os hematomas, Henry não tinha imperfeição. Mas o que queria ver estava ainda escondido por uma camada de roupa. Mesmo com o beijo ardente entre os dois garotos, Henry mantinha suas mãos, levemente tremulas, na barra da camisa social branca de Franchesco. Tendo seu pescoço se tornando alvo de mordiscada, ele tivera coragem para que seus dedos quentes entrassem debaixo dos tecidos e acariciassem as costas do maior. Sentindo daquele toque tímido como sinal de que aquilo iria adiante, Franchesco dera continuidade aos toques. Enquanto seus lábios trilhavam no pescoço alvo, as mãos do maior desafiavam os botões da calça marrom. Para que pudesse retirá-la por completo teve de se sentar na cama e fazer Henry permanecer de joelhos, com suas mãos apoiadas nos ombros do outro. Assim o maior poderia ver, com perfeição, aquele tecido marrom deslizar sobre o corpo de Henry até repousar em seus joelhos. Os olhos avaliaram aquele corpo que mostrava ter as coxas fartas e a cueca branca. Não demorou para que suas mãos repousassem nas nádegas, sentindo que elas pareciam ter o tamanho perfeito para sua apreciação. Com o aperto olhara de imediato para Henry, que ofegava evitando o olhar de Franchesco por conta da vergonha que sentia. Estava adorando vê-lo daquela maneira. E queria explorar cada vez mais. Para que o outro se sentisse menos constrangido, Franchesco retirou de suas roupas permanecendo apenas da cueca preta. Os olhos do menor serpentavam aquele corpo levemente musculoso e excitante. As tatuagens agora pareciam ser ainda mais atraentes, ao perceber que elas subiam para os bíceps se encerrando no ombro. Havia dedilhado os desenhos enquanto os admirava, não percebendo que o outro o deitava na cama com todo o cuidado possível. Sem pensar no que fazer e focando apenas no que desejava, Henry distribuía selares pelo corpo do maior, enquanto suas unhas curtas arranhavam as costas do outro, que passara a ofegar. O nível de toque aumentava aos poucos, o ímpeto fora Franchesco ter o prazer em sentir a pele macia sob seus dedos quando invadira a última peça do garoto. Já era possível sentir que ambos estavam excitados e ansiosos pelo próximo passo, mas também não queriam se desprender daquela troca de caricia. Baixando a última peça branca do corpo do menor, via novamente que a mesma deslizava lentamente com graciosidade por suas coxas. Parecia algo extremamente pecaminoso de se admirar, mas não tinha escolha. Estava simplesmente adorando a forma como as peças de roupas de Henry pareciam descer daquela maneira, apenas para revelar que um corpo belo e macio estava à sua espera. Franchesco saberia que poderia ser doloroso ao menor, e por isso lhe preparou devidamente ao penetrar um dedo, enquanto o distraia com selares. O maior estava sentado na cama, tendo o outro de joelhos sobre si, trocando mais um beijo ardente quando Franchesco lhe penetrara o segundo dedo, fazendo Henry arfar. Minutos depois com um Henry devidamente preparado, e levemente lubrificado pelo pré-g**o, Franchesco chegava em seu limite de espera. Penetrava-o com cuidado enquanto sussurrava, com total veracidade, sobre estar amando aquele momento com o menor. Henry meneava a cabeça às perguntas do amante, que verificava se estava doendo e a necessidade de ir mais devagar, ou até mesmo cessar seus movimentos. Mas não desejava aquilo. Queria que continuassem, pois se sentia vazio sem o corpo do maior dentro de si. Franchesco haveria se retirado quando o menor ofegara dolorido, e Henry não pareceu gostar muito daquilo quando puxou o maior contra si com certa força. Durante aquele final de tarde, ambos trocavam a primeira caricia intima. Sem nenhum arrependimento. Henry passara a aceitar seu corpo com cada sussurro que Franchesco lhe deixava no ar, dizendo-o que era perfeito para si. ━━━━━━ ◦ ❖ ◦ ━━━━━━ Não há como alguém ser capaz de te substituir, assim como a nossa promessa Promise― Exo ━━━━━━ ◦ ❖ ◦ ━━━━━━
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