Arthur Mendonça:
Acordei com o barulho da televisão, olhei no relógio e vi que passava das 19:00, acabei pegando no sono enquanto assistia televisão.
Me levantei esticando o corpo, desliguei a televisão e fui pra cozinha pegar um copo d'água, o apartamento estava na penumbra, por isso acendi o abajur, pois a única luz que tinha era da janela da sala que está aberta.
Peguei a jarra na geladeira, e enchi um copo com a água, depois fui para a varanda, e fiquei ali desfrutando da minha bela paisagem do céu, e pela primeira vez senti vontade de dividir esse momento com alguém, a solidão nunca me incomodou, pelo contrário, eu sempre adorei ficar só, mas comecei a pensar na Meg aqui do meu lado, usando apenas uma camisa minha, seus pés descalço e eu atrás dela assistindo fascinado o vento bagunçar seus cabelos, e só essa visão me deixou extremamente duro.
Acordo do meu sonho com o barulho do meu celular, terminei de tomar minha água no intuito de acalmar meu corpo.
Entrei pra dentro, e voltei para a sala de cinema onde deixei meu celular, peguei o mesmo e atendi quando vi o nome do Roy brilhando na tela.
Nós conversamos um pouco, até porque ele tinha que levar a irmã para a formatura, mas na verdade ele me ligou apenas para confirmar a minha ida até a boate, vontade eu não tinha, mas não iria ficar aqui trancado pensando numa mulher que provavelmente não verei de novo, tenho que esquecer essa merda e focar no que realmente é importante pra mim.
Poderia pedir ao meu assessor para fazer uma dossiê sobre essa mulher, mas não sei se realmente quero saber quem ela é, contando que fique longe daquele parque e nem passe em frente ao prédio que ela mora, vai ficar tudo bem.
Como ainda estava muito cedo para me arrumar, subi para o meu quarto e vesti um short, e fui fazer exercício na minha academia, pois estava precisando gastar energia.
Fiquei por lá por umas 2 horas, quando terminei, tomei um banho, e fui trabalhar um pouco, adiantei bastante coisas, enviei emails, e por volta das 22:30, eu fui me arrumar, optei por uma calça jeans na cor preta, uma camisa branco, e um blazer da mesma cor da calça e do sapato, ajeitei meus cabelos, deixando ele um pouco bagunçado, afinal estou indo pra uma balada repleto de universitário, e não quero parecer um peixe fora d'água, mais do que já sou, por último borrifo meu perfume.
Só espero que no final da noite, eu consiga pelo mesmo uma transa, para compensar a chantisse de ter que encarar vários formando bêbados e chatos.
Quando deu umas 23:15, eu peguei minha carteira, chave do carro e meu celular, fui para o elevador, assim que cheguei na garagem fui direto para o meu carro, sai do prédio e fui direto para a tal boate, eu já fui algumas vezes com o Roy, mas não é a minha favorita.
Deixei meu carro no estacionamento e fui direto para a entrada, como já sou conhecido, entro direto.
Procuro por Roy ou pela Leticia, mais como o lugar está lotado, eu ainda não os encontrei, por isso fui para a área vip, e uma garçonete usando um short curto e gravata borboleta, veio anotar meu pedido.
Pedi um copo de bourbon, quando ela voltou com o meu pedido, eu notei que ela deixou o número de seu celular anotado no guardanapo, mas dei bola, afinal ela não me chamou a atenção.
Um tempo depois eu recebi uma mensagem do meu Roy, falei onde eu estava, terminei minha bebida e fui me encontrar com ele no bar.
Foi difícil chegar lá, já que tinha uma multidão dançando, quando estava chegando no bar, alguém esbarrou em mim, e quase derramou bebida em mim.
Estava pronto para gritar com a desastrada, quando olhei no rosto da pessoa e vi que era a Meg Johnson, a mulher que não tem saído dos meus pensamentos desde que me atropelou com a sua bicicleta.
Acho que alguém gosta de esbarrar em mim.
Ela também parece me reconhecer, e ficamos os dois ali parado no meio da boate, um olhando para o outro sem conseguir dizer nada.
Ela estava ainda mais linda, com um vestido preto colado em seu corpo, seus cabelos estavam soltos, e ela estava bem maquiada, mas isso tudo só realçou a sua beleza.
-Desculpa por isso, senhor Mendon…quer dizer, Arthur, eu juro que não sou uma pessoa desastrada, mas eu fui empurrada por alguém e acabei esbarrando em você, me desculpa por isso. Ela foi a primeira a falar, mas teve que se aproximar para eu ouvi, afinal a música estava alta demais, e pude sentir seu perfume delicioso.
-Não precisa se preocupar, Meg, afinal a boate está lotada, é impossível não esbarrar em alguém, mas o…
Fui cortado quando a Letícia pulou com tudo em cima de mim, ainda bem que a maluca não me derrubou no chão com seu ímpeto.
-Você veio, você veio. Ela gritava e pulava no meu colo como se fosse uma criança.
Olhei para a Meg que ficou um pouco sem graça ali no nosso meio, não sei o que passava pela sua cabeça, mas seu semblante não era tão alegre como antes.
-Com licença. Meg disse apenas mexendo os lábios, pois não queria que ela fosse embora , enquanto eu tirava a Lelê de cima de mim.
-Peraí, Meg, deixa eu te apresentar o Arthur, ele é o amigo do meu irmão, e é como se fosse meu irmão. Letícia diz puxando a mão da Meg, e não sei se foi impressão minha, mas vi que sua expressão se suavizou.
-Arthur, essa é a minha amiga, Meg Johnson, ela também se formou, afinal fazíamos faculdade na mesma turma.
-Nós já nos conhecemos, Lelê, mas nunca imaginei que ela era universitária. Eu disse porque pensava que ela era formada, afinal ela parece ser mais madura, diferente da Letícia que parece ter 15 anos.
-Agora sou formada em arquitetura, só meu pai que não ficou feliz com isso, já que ele achava que eu iria cursar administração de empresa para ajudar ele no seu trabalho, mas não me via cursando outra coisa além de arquitetura. Ela diz com um lindo sorriso no rosto, e tenho certeza que ela será uma belíssima arquiteta.
Nós três fomos para o bar, e encontramos com Roy que já conhecia a Meg, e a aproximação dos dois me deixou enciumado, só não sei porque.
Peguei outro Cosmopolitan pra Meg, e pedi um Dry Martini pra mim, mas ficaria só neste bebida, já que estava dirigindo.
Graças a Deus que Roy sumiu com uma mulher por aí, e a Lelê foi dançar com o namorado, assim eu pude passar mais tempo com a Meg, dançamos um pouco, e foi onde nos beijamos pela primeira vez.
Sua boca é deliciosa de beijar, eu passaria a noite toda beijando sua boca, mas eu queria muito mais do que só a boca dela essa noite, queria seu corpo todo embaixo do meu, só assim eu tiraria essa mulher da minha cabeça, estava afim de levar ela para outro lugar, minha cobertura de preferência.
Pensei em fazer o convite, mas não queria interromper a comemoração dela, mas quando ela insinuou que queria ir embora, eu me ofereci para levar ela pra casa, mas iria tentar fazer ela ir para minha.
Fomos de mãos dadas até o estacionamento, e ela começou a tremer de frio, antes mesmo de chegar até onde o meu carro estava estacionado, por isso tirei meu blazer e coloquei sobre os seus ombros.
Destravei o carro e abri a porta para que ela pudesse entrar, enquanto ela colocava o cinto, eu fechei a porta, dei a volta e entrei, coloquei o cinto, mas antes de dar a partida, eu resolvi tentar a sorte.
-Posso te convidar para terminar a noite comigo no meu apartamento, Meg? Ela me olhou, e por um momento pensei que iria levar um fora pela primeira vez na vida, mas ela não me disse não.
-Eu adoraria, Arthur…
Continua……..