Momento em família.

1468 Words
Heitor Willian se ajuntou a nós, em um abraço coletivo, ele ajudava o papai e o vovô na fazenda, enquanto eu ajudava a mãe na empresa. Já a minha irmã era a princesa da família, meiga, sensível e fácil de ficar corada. Eu amo a minha família. — Conta, como foi sua viagem de férias, pegou muita mulher? — perguntou Willian. — Willian Arthur Bitencourt Coelho! — repreendeu Mamãe. Quando mamãe nos chamava pelo nosso nome completo, isso queria dizer que ela não gostou da pergunta. — O quê? É uma pergunta inocente. — Você deveria perguntar é quando ele vai dá o fora na Natália? — Questionou Ariel. — Bom, ela saiu irritada comigo, porque encontrou uma calcinha no meu bolso. — Heitor Bitencourt! — Felizmente, só tenho o sobrenome de solteira da mamãe. — O que? Não tenho culpa se a aeromoça era uma devassa. O queixo da minha mãe caiu e meu pai/irmão mais velho, caiu na gargalhada. — Alexia, querida! Você não queria que ele conhecesse outra pessoa, para ele um dia se casar? Eu? Casar? Nunca? — Sim, mas isso não significava que ele devia sair pegando todas as mulheres do planeta terra. — Bom, eu tentei com algumas marcianas, mas elas eram de outro mundo. — Consegui arrancar um sorriso da mamãe. — Sinto saudades da época que você sentia nojo de chegar perto de uma garota. — Fiquei de boca aberta com o seu comentário, todos olharam para ela com os olhos arregalados, até ela mesma fez uma careta engraçada. — Esse meu comentário não ficou muito legal para ter dito. — Concordo, querida! Papai e mamãe eram apaixonados, mesmo depois de tantos anos de casados. Eles já tiveram algumas crises no casamento, mas sempre estavam unidos. Às vezes, papai tinha que tomar as rédeas do relacionamento deles, porque quando mamãe estava irritada com ele, ela o colocava de castigo. Mas sempre era por pouco tempo... — Conta, o que fez em Amsterdã... — Eu não fui só para passear, fui para resolver um assunto que envolve o Oliver. — Algum problema com Oliver? — perguntou mamãe, ela nunca gostou do Oliver, sempre dizia que eu deveria dispensa-lo e ela não estava errada de pensar assim. Oliver não valia nada. — Parece que ele está envolvido em algo pervertido e está usando o nome da empresa nisso, não sei no que é. Quando eu ia conseguir uma prova contra ele e saber o que de fato ele estava fazendo, uma pessoa chegou antes de mim e levou tudo. Só tenho uma foto de uma garota que não sei quem é. Só sei que ela é daqui e pode me dizer no que o Oliver está metido. — Como você vai conseguir descobrir quem é essa pessoa, só com uma foto? — perguntou Willian. — Eu não faço a mínima ideia. — Sua tia Patrícia pode ajudar. Claro! A tia Patrícia era hacker, não tinha nada que fosse impossível para ela. Ela só não conseguia rastrear a mamãe, quando ela resolvia desaparecer. — Falar em foto, perdi uma foto minha hoje, acho que deixei cair na faculdade. — falou Ariel. — Estabanada! Ela deu um tapa na minha nuca. Ariel, é uma típica nerd desajeitada, que tinha dois pés esquerdo. Dificilmente, usava salto alto com medo da sua coordenação motora e tudo que ela tocava, se quebrava ou desaparecia. Era impressionante sua habilidade de ser desastrada, apesar de ter feito um excelente trabalho projetando a minha casa. Até porque, ela não construiu. — Como tem certeza que pode ter perdido na faculdade? — perguntou mamãe desconfiada. Ariel se encolheu ao meu lado e ficou calada. — Ariel Bitencourt Coelho! Olha aí, o nome completo. — É que eu entrei na sala onde guardam as maquetes e queria ver quem roubou o meu projeto da prefeitura. Aí... Ela olhou para a mamãe e encolheu os ombros. — Ariel...? — Ai, mamãe, foi um acidente eu juro. — Meu Deus, Ariel. O que foi que você fez? — Eu derrubei o projeto da nova prefeitura. — Você se machucou? Minha mãe não estava furiosa, ela estava preocupada de algo ter acontecido com a minha irmã. Ariel é exper. em se machucar fácil. Mamãe se aproximou de Ariel e a levantou do sofá, procurando algum machucado ou hematoma. — Mãe, eu estou bem! Só não digo a mesma coisa com a maquete da prefeitura. O pior é que nem deu para ver o nome do ladrão de maquetes. Minha mãe respirou aliviada. — Pelo menos, você não está machucada. — A senhora não está brava por eu ter dado prejuízo para a faculdade? — Isso o dinheiro resolve, nossa saúde física é o que importa. Ariel ficou mais aliviada, ela sempre tinha medo da mamãe brigar com ela por ter feito algo de errado, por isso ela nuca foi de arrumar encrenca. Também, estabanada como ela era, seria bem capaz da pessoa que se meter com ela, sair na pior. Ri só de pensar como seria esse desastre. — Está rindo de que, oh garanhão? — De como uma pessoa consegue ser tão sem sorte como você. — Não tenho culpa de ter nascido. — Não fala isso — repreendeu papai. Vocês são as melhores coisas que aconteceu na nossa vida. Mamãe olhou para ele com carinho e beijou sua mão. — Seu pai tem razão, nós não estaríamos juntos se não fosse por cada um de vocês. Willian, Ariel e eu abraçamos o nossos pais. Éramos uma família carinhosa e sempre tivemos cuidados uns com os outros. — Bom, acho que está na hora de entregar o presente de vocês. — Oba! Adoro presentes! — disse Ariel. Sim, ela adorava! — Sabe que não precisava ter trazido nada, né filho! Minha mãe sempre falava isso, mas eu gostava de ver sua emoção toda vez que recebia um presente de algum de nós. — Claro que precisava mãe, eu quero ser o primeiro a receber — disse Willian. — A primeira quem vai receber o presente é a mamãe. Estava ansioso para ver a reação dela com o meu presente. Peguei uma de minhas malas que estava com os presentes e logo de cara achei algo estranho. — Ué! — O que foi, filho? — perguntou papai, ele também adorava ver a reação da mamãe quando ganhava presentes. De vez em quando ele dava presentes para ela, só para ver a sua reação. Com certeza, ele estava ansioso para saber o que eu trouxe para a mamãe. — Acho que essa mala não é minha. — Por que acha isso? — É parecida com a minha, mas não tem essas estrelas aqui. — Talvez a aeromoça devassa colocou para você se lembrar dela. — disse mamãe. Senti uma pontada de ciúmes no tom de voz dela, papai também percebeu, sorriu e piscou para mim. — Não precisa ficar com ciúmes, dona Alexia. Vou ser sempre o seu garotinho. Ela me olhou toda derretida, o que fez papai rir ainda mais. — Vocês sempre serão os meus bebês. Dei um beijo demorado em sua bochecha. — Você é a minha heroína. — E você o meu garotinho... Me voltei para a mala e vasculhei os bolsos externos e estavam vazios. Testei a chave no cadeado e não era compatível. — Tinha alguns cartões de visita da empresa e do pub, agora não estão mais aqui. — Será que você foi roubado? — perguntou papai. — Não acho que seja isso, acho que peguei a mala errada. — E agora o que você vai fazer? — Preciso procurar alguma indicação do proprietário. — Então, quer dizer que não vai ter presente hoje? — perguntou Ariel. — Infelizmente não, maninha. Vai ter que esperar até eu encontrar a minha mala e torcer que seja o dono dessa mala. Ela fez bico e eu apertei suas bochechas, fazendo-a corar. Conversei mais um pouco com a minha família e depois subi para meu quarto, para tomar um banho relaxante e descobrir se conseguia algum documento que me indicasse quem era o dono da mala. Tive que quebrar o cadeado para abrir e me deparei com roupas femininas. Procurei nos bolsos internos da mala, para ver se tinha algum cartão de visitas com telefone para que eu pudesse ligar e não encontrei nada. Tinha um saco no canto da mala e abri procurando algo que identificava quem era a dona e me deparei com roupas intimas sexy usadas. Senti o cheiro da peça e tinha um cheiro doce que alimentou minha libido, um cheiro afrodisíaco, hipnotizante que foi capaz de levantar meu p*u em milésimos de segundos. Isso nunca aconteceu comigo antes, eu estava completamente alucinado por aquele cheiro. Uma coisa eu tinha certeza, eu precisava encontrar a dona daquela calcinha.
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