************* Capítulo 4 ************
*************** Sean *************
Os meus sonhos, em especial, eram bastantes intensos. De modo geral todos os saturnianos machos tinham o mesmo desejo; o de possuir uma fêmea fértil. Contudo descobri que poucos podiam sonhar com essa habilidade... Eu conseguia me ver. Era como se fosse capaz de me dividir em dois. E me olhar cometendo todas aquelas cenas domésticas. Uma vida à dois, com três filhos.
Nunca compreendi o motivo deles serem assim, logo um ser como eu, que adorava guerrear nas pequenas batalhas. Em busca de cononizar mais territórios em nosso planeta. Precisava de quantos guerreiros fossem, a grande batalha estava por vim e precisávamos unir forças para proteger as poucas mulheres que restavam.
"Sean..."
A voz... Aquele timbre inigualável penetrou em meu cérebro feito flechas no alvo.
Olhei para os lados, procurando, caçando por ela...
"Naira..."
Assim que sussurrei seu nome o cenário foi completamente alterado. Desfazendo minha projeção, que era de uma casa da vila. Mas, o que me intrigava era que não havia sido pela força do meu querer e sim o da terráquea!
Como ela foi capaz dessa fasanha? Me questionava enquanto minha imagem segurando um bebê sumia. Ficando somente o verdadeiro Sean, eu.
Após a desintegração total das imagens, surgi no quarto do meu irmão. Eu tinha plena consciência de que se tratava de um sonho, só não esperava ser controlado no meu próprio mundo.
Me movi na direção da cama e nesse momento me dei conta que a nossa futura rainha não se encontrava lá. Porém antes de proferir algo ou tomar alguma atitude, senti seu toque calmo, passeando em volta dos meus membros superiores. Mas precisamente em meus braços.
QUASE FECHO OS OLHOS POR ESSA SENSAÇÃO DE ACARINHAMENTO.
Com muita força de vontade arrumei energia para reagir, virando-me totalmente... Dando de cara com uma Naira vestindo uma peça comum de nossa terra, além de possuir olhares mais sexuais. Confiante, segura. Muito diferente na vida real.
- O quê está fazendo comigo...
Não fui capaz de formular corretamente a pergunta pois ela pareceu fragmentada. Existia um nevoeiro dentro da minha mente.
- Apenas lhe dando o que você já queria, jovem guerreiro.
- Sou eu ou você que está administrando este sonho?
- Ainda tem dúvida?
Naira estava correta, estava claro quem comandava.
- Não me domine aqui... Te peço...
Encontrei dificuldade pra falar.
- Verdadeiramente não posso controlar sua boca. Só o seu corpo!
Na mesma hora sou jogado no colchão, não era o nosso, e sim um dos modelos dos humanos. Deitado naquela coisa arcaica, com os braços e pernas afastadas, a bela mulher se esgueirou. Subindo no meu corpo toda sensual, perfeita. Do jeito que fazia meu órgão genital pulsar, engrossando em segundos. Se estendendo, dilatando-se. DEVIDAMENTE PREPARADO PARA ACASALAR.
A mirei numa mistura de medo, confusão e excitação. Temendo que isso na realidade não fosse apenas um sonho. Um mero desejo profundo do meu ser de não ser o dominante e sim o dominado. Confuso, fiquei consideravelmente temeroso. Seus dedos mexiam no cós do traje, um movimento em falso e a mulher tomaria meu falo nas mãos.
- Por favor... assim... não...
- O quê temes? - Parou o ato.
- Precisa ser nós três juntos.
Abriu um sorriso de satisfação.
- Mas... é... somente... um sonho... Sean.
Sua boca se aproximou e quando senti rapidamente o sabor dos seus lábios, despertei. Entretanto obviamente fiquei assustado, porque havia estado realmente no lugar diferente onde dormira. Estou de frente a cama, de pé, parado. Diante dela. Naira permanecia da mesma forma, nada havia mudado. Na verdade uma nova oportunidade se mostrara. Finalmente uma relação entre nós foi-se revelado.
Está terráquea conquistou o que nenhuma outra fêmea conseguira: A minha admiração.
Naira havia conseguido me mover inconscientemente, até ao seu encontro, mesclando nossos desejos ocultos. Se fazendo valer, desejando nossa futura união. E ainda podia sentir a genitália latejando... Deleitando-se fielmente para sua salvadora, sua heroína... Sua vida.