************ Capítulo 5 ************
************** Naira *************
Quando dei por mim já havia me erguido daquele objeto estranho, olhando em volta do cômodo vazio, e aparentemente sem vida. Não existia uma cor alegre naquele quarto, não era pra menos, pois se tratava da casa de um Alien. Queria o quê Naira? Tons agradáveis de azul? Sua cor preferida?
Sentia meu corpo revitalizado, nutrido. Talvez até mais do que antes.
Assim que deixei a cama de um dos Alienígenas, ela automaticamente se dobrou e se acomodou na parede, aumentando o espaço do lugar. Uma voz feminina preencheu o ambiente, orientando-me de forma extremamente cortês. Ela dizia pra usar a roupa local. Ela falava comigo em tempo real, sugerindo que estava sendo monitorada.
- Antes de me trocar poderia me banhar?
- Banhar?
- Sim, dormi por muitas horas...
- Rainha de Saturno, nossa imperatriz. Vossa majestade adormeceu por três dias ininterruptos.
Tomei um susto pela sua afirmação.
- Impossível, como fui alimentada? Lavada? E... - Cheirei minha roupa. - ... continuo usando o mesmo perfume, mesmas roupas que cheguei aqui.
- Posso te explicar claramente, no entanto preciso que seus batimentos cardíacos diminuam, não queremos estressar nossa salvadora. Precisa estar apta para o cortejo.
A voz saia dos quatro cantos da parede, impossibilitando minha precisão, sendo assim, acabava me deixando nervosa pôr não conseguir me focar nela.
- Pode vim aqui falar comigo pessoalmente, quero te conhecer.
Ela suspirou, parecia na dúvida e cochichou com uma segunda pessoa, na linguagem deles. Ficando bastante intrigada a respeito disso.
- Os reis Secan e Sean, não aprovam essa atitude. Sou apenas uma porta voz dos seus comandos.
Ela conseguiu enfurecer-me.
- Se sou a nova rainhas de vocês, deveriam acatar as minhas vontades!
- Sim, mas... longe de mim... desacatar a majestade.
- Então...
- Estou indo...
Em seguida as portas se abrem, saindo de lá uma bela mulher... bom... fisicamente falando ela era igual a nós terráqueas.
- Satisfação. - Dobrou um joelho no chão, fazendo uma reverência. - Oh! Mãe de nossas futuras proles.
Engoli em seco, ao constatar a responsabilidade desse contexto.
- Tudo bem, pode se erguer, estará livre dessa mensura todas às vezes que se dirigir a minha pessoa.
Ela fez exatamente como havia pedido, mas o tempo todo permanecia séria, vislumbrando de relance meu ventre.
- Agradeço por me livrar das minhas obrigações para com a rainha, porém, a respeito disso, acredito que não poderei obedecê-la.
Sorri.
- Veremos esses termos depois. Agora, explica-me . Por favor.
Voltei ao assunto anterior.
- Pois bem... A camera supriu suas necessidades alimentares através de sondas invisíveis. Também fez sua higienização completa através de jatos vaporizados...
- Perái... Pra isso ter acontecido foi precisou remover as roupas.
- Sim claro, a cama faz a remoção, te limpa completamente fazendo movimento de rotação, enquanto isso fez a limpeza total dos seus trajes da sua terra natal. Finalizando o ciclo tudo foi posto de volta no seu corpo.
Uma cama que te alimenta, te lava a seco e ainda te vesti... Nossa como são evoluídos.
- Durante os banhos vocês...
- Pode ficar tranquila, a única que teve acesso ao processo fui eu. Nem os reis puderam entrar. Lhe dou minha palavra.
- Acredito em você. O objeto também me fez respirar o ar de vocês sem me causar problemas.
- Perfeitamente. Tudo é pouco, para mostrar o quanto desejamos vossa união com nossos soberanos.
- Ainda falam a minha língua com perfeição...
- Somos poliglotas, estudamos todas as formas de linguagem. Principalmente o da terra.
- Tá explicado. - Olhei para um canto em questão. - O quê é àquilo?
- Onde fica a banheira master do rei Secan.
Hum...
- O loirinho alto?
- Corretamente.
- Vou usar, pode ser?
- Sim, irei providenciar.
- Ótimo.
************** Sean ***************
- Fui informado que a nossa fêmea despertou, e está usando a banheira. Quer ir lá comigo? - Perguntou todo satisfeito.
- Quer ir bisbilhotá-la irmão?
Ele sorriu pondo o polegar no queixo.
- Não será bisbilhotamento se ela nos ver. - Ponderou.
Semicerrei os olhos, notando sua cara de... Sei lá, nunca vi meu irmão tão solto ao falar da terráquea.
- Vamos, quero assistir a reação da moça. Adoraria atormentá-la um pouquinho.
- Sean... - Deu um sorrisão ao tentar me chamar a atenção.
Ele avançou, colocando o braço em volta do meu pescoço, levando-me com ele, para a nossa princesa virginal.
Assim que chegamos, avistamos a donzela indefesa deitada em volta da espuma acinzentada. O banho dela era feito com farelo de cristais, colhidos dos nossos anéis. Uma especiaria rara, quase não existia mais. Reservamos somente para a nossa governante, nossa nova e intrigante, Naira.
Ficamos quietos saboreando o momento. Seus olhos fechados mostram que dormira em meio ao seu ritual. Aumentando a pressão da minha vestimenta. Fazia dias que sentia falta dela.
Depois da nossa irreverente ligação, não fui mais convocado. Uma pena...
" Do que está mencionando irmão? Aconteceu algo entre vocês que não estou sabendo?"
Secan dizia dentro da minha mente, enquanto me debruço, admirando a vista... Embora sua nudez esteja coberta, ela deixava claro o desenho do seu corpo, ainda mais a parte do seu b***o, que acabei nutrindo um certa carência. Alimentando novas fantasias sexuais na minha cabeça.
" Percebo que suas energias estão a flor da pele."
"Está como sempre precisou estar."
Respondi afiadamente ao vê-la se movendo.
Ela suspirou graciosamente, elevando os montes. O suficiente para me manter e******o, totalmente ligado nela. Sua cabeça tombou para o lado, e só assim abriu os olhos. Dando de cara com os seus homens. Timidademente abraçou a parte superior, escondendo dos seus reis uma preciosa parte da sua pele branca... sem marcas ou imperfeições. Naira, nunca soube o que era uma guerra, e isso era bom. Uma fêmea sem as amarguras das batalhas sangrentas.
- O quê fazem aqui me olhando desse jeito? - Sua voz saiu enroneamente sensual. Estava estampado em seu rosto que ela queria nos repreender. Mas fracassou.
- Olhando nosso troféu mulher!
- Grosso! - Fez bico.
- A noite saberá o quanto sou. Sua mãozinha pequena nem conseguirá circular nele.
Ela abaixou o olhar. Acabei constrangendo minha futura esposa.
- Sean, deixemos os detalhes do nosso corpo apenas na hora das núpcias. Naira!
- Sim... - Respirou fundo.
- Desculpe nosso afobamento, estávamos com saudades de você.
Naira abriu um delicado sorriso, mas não ousou olhar-nos. Sendo assim nos despedimos... Agora, só nos encontraremos na cerimônia.
Meu coração galopou de ansiedade.