PADRE HENRI NARRANDO
— Padre? — alguém me chama e de repente percebo que aquilo não passava de uma ilusão, minha própria mente brincando comigo.
— Está tudo bem? — Mari pergunta a alguns passos de mim.
— Est... Está sim. — Eu respondo um pouco envergonhado, passando a mão na cabeça, como eu pude imaginar tudo aquilo.
— Bom, eu irei ao mercado aqui perto, o senhor gostaria que eu trouxesse alguma coisa, ou me acompanhar? — Ela pergunta docemente.
— Na verdade vou até a igreja da cidade vizinha, estou precisando falar com o padre de lá.
Padre Augusto tinha quase setenta anos, precisava de ajuda e eu acho que só ele poderá me ajudar. Vou até o meu quarto me trocar e quando saio entro no pequeno fusca branco que era da igreja, um fiel havia doada a muito tempo.
Dirigi por quase duas horas e quando eu cheguei lá o padre Augusto me recebeu de braços aberto.
— Filho o que lhe trás aqui? — Ele pergunta conforme íamos entrando na igreja.
— Padre eu preciso confessar. — Eu disse rápido.
Depois da preparação eu já estava de joelhos, eu estava com muita vergonha, mas eu precisava desabafar aquilo ia acabar me consumindo estava me sentindo sufocado.
— Conte-me o que lhe aflige meu filho? — Ele fala eu respiro fundo, procurando palavras pra poder começar.
— Perdoe-me padre, pois eu pequei. — Penso em Mari e o meu coração começa a acelerar.
— Continue filho.
— Eu... Eu acho que me apaixonei por uma mulher, sinto desejos fortes por ela, tanto que ate imag.. imagino fazendo coisas, sinto desejos fortes por ela. — Afirmo envergonhado.
— Quem é ela? — Seu tom de voz era o mesmo.
— Uma moça que me pediu ajuda eu a deixei na igreja temporariamente. — Expliquei.
— Na igreja? — Vocês... Na igreja? — A Agora seu tom de voz estava mais sério.
— Não aconteceu nada Padre, mas pode... — EU realmente tinha medo de mim do que eu pudesse fazer.
— Isso não é raro de acontecer. — Ele afirma.
— Sou um padre. — Sinto o meu rosto arder, isso é tão errado.
— Você é um homem em primeiro lugar. — Ele rebate
— Você não entende padre, eu estou condenado por sentir desejo por uma mulher. — Eu sussurro angustiado.
— Eu fiz um juramento, fiz um voto de castidade, isso é muito grave, me diga o que eu posso fazer para sufocar o que eu sinto por Mari?
— Deus o está pondo a prove, você não deve falhar com ele. — Ele afirma e eu fecho o meus olhos aquela com certeza era a prova mais difícil que já enfrentei em toda minha vida, fazer o meu coração obedecer.
— Qual será minha penitência? — Pergunto tentando esquecer tudo ao meu redor.
— Acha que penitencia vai adiantar? Vai acalma sua alma?
— Eu não sei. — Afirmo verdadeiramente.
Respiro fundo e antes de me levantar dali pergunto ao padre Augusto.
— O senhor acha que eu devo largar a batina? — Eu nunca havia pensado nisso antes, até por meus olhos nela.
— Não, de forma alguma essa moça mais ceou ou mais tarde irá embora, você não quer mandar ela ir porque sabe que ela não tem pra onde ir, mas acredito que você esteja apenas usando essa desculpa porque não quer ficar longe dela ao mesmo tempo que vem are mim me pedindo ajuda. — Ele disse enquanto caminhávamos até a porta da igreja.
— Me espere, vou com você. — Padre Augusto afirma.
Eu espero e junto vamos até a minha igreja, e me pergunto o porquê de ele querer vim.
— Então, onde está a moça filho? Quero conhecê-la.
Eu fui chamar Mariana rezando para que o Padre Augusto não diga nada que deixe ela ou a mim constrangida, quando bato na porta do quarto então vou até o meu e me surpreendo, ela tocava nas minhas roupas como se elas fossem de cristais.
— Espero que um dia Deus me perdoe. — Ela disse baixinho, ela então pegou uma camisa social minha e a levou até o nariz e fez o que eu não imaginava, ficou cheirando e passando levemente no rosto, minha imaginação foi a mil.
Deus me ajude.