UM HOMEM QUALQUER

996 Words
MARIANA NARRANDO Eu não conseguia esconder, ele era tão lindo, tão puro com o coração tão bom. Provavelmente eu queimaria por isso, mas eu não me importava, o jeito que ele me olhava era o que eu mais gostava, como se eu fosse algo importante demais, algo precioso, não sei explicar. — Mari? — Escuto a voz dele me chama e eu solto a sua camisa na mesma hora, nossa que vergonha. — Eu só estava olhado. — Eu falo rápido sentindo o meu rosto ficar vermelha, eu não sabia que ele voltaria tão rápido. — Venha comigo, há um padre que é muito meu amigo e ele quer lhe conhecer. — Ele fala, o tom da sua voz era bem sério. Eu apenas afirmo com a cabeça e o sigo até os fundos da igreja. — Padre Augusto essa é Mariana, Mariana esse é o padre Augusto um grande amigo meu. Eu sorrio para o padre que tem uma aparência mais velha e o estico a mão. — É um prazer padre, sua benção. — Deus lhe abençoe, o prazer é todo meu filha. Maria também aparece na entrada e chama pelo Padre Henri. — Desculpa interromper Padre, mas há um jovem desesperado que implora para falar com o senhor urgentemente. Padre Henri nos dar uma olhada franzindo a testa e eu tive a sensação de que ele não queria me deixar a sós com o padre Augusto. — Pode ir Padre, ficaremos bem. — Afirmo e ele concorda e vai com a Maria. Padre Augusto se senta em dos bancos da igreja que parecia mais silenciosa que o normal. — Sente-se aqui comigo filha, vamos conversar um pouco. — Ele me chama e eu vou ate ele e me sento ao seu lado. — Como é o tratamento entre você e o padre Henri. — Ele pergunto curioso, eu já achei estranho para iniciar uma conversa. — Normal! — Eu afirmo rápido. — Hum, respeitoso? — Ele pergunta e eu já fico em alerta. — Claro padre, porque essas perguntas. — Tento descobrir onde ele queria chegar, será que o Padre Henri comentou sobre a camisa dele? Mas não teria dado tempo. — Eu só quero dizer filha que o padre Henri é um homem muito bom, e ajuda muita gente, mas nada mais que isso. — Ele diz isso e eu fiz uma expressão confusa. — O que? O que o senhor está tentando dizer? — Eu pergunto e ele não desvia o olhar ao meu dizer; — Padre Henri é um jovem muito bonito, mas nunca se esqueça que ele usa uma batina no lugar das calças. Ele não é um homem comum Mariana. — Eu sei disso. — Afirmo de coração partido mesmo querendo que ele fosse um homem comum. Depois de toda aquela conversa Maria nos trás nosso jantar, conversamos sobre outrs coisas, mas o padre Augusto me olhava o tempo todo como se eu fosse uma criminosa, e estava me sentindo muito m*l com tudo isso. Depois do jantar ele vai embora e eu fica ali a espera do Henri que aparece alguns minutos depois, sinto minhas mãos suar, e minha garganta seca. — Padre eu preciso falar com o senhor. — Eu afirmo, e ele que vinha caminhando rápido diminui o passo e me olhou confuso. — O que aconteceu? Está tudo bem? — É... Talvez seja melhor eu ir emb... Talvez seja melhor eu ir embora. — Eu digo de uma vez, mesmo não tendo para onde ir. — Você quer ir? — Ele se aproxima mais de mim. — Sinceramente? Não, mas eu devo, padre Augusto falou comigo e insinuou que algo anda acontecendo e eu não quero que pensem m*l do senhor que é tão bom comigo. — Meu tom de voz foi baixando conforme eu terminava de falar e eu abaixei a cabeça, eu realmente estava me sentindo muito m*l com tudo isso, eu não queria sentir nada por ele, queria poder controlar isso, mas eu não consigo. — Ele mentiu? — Ele perguntou e eu sentir ele mais próximo, eu levantei a cabeça. — O que? — Eu m*l conseguia raciocinar com ele tão perto de mim, meu Deus o que ele estava fazendo? — Não sentimos coisas um pelo outro? Porque eu não sei você mais eu não consigo mais mentir ou fingir que eu não sinto nada. — Ele diz e me causa um frio na espinha, meu coração parece que ia sair pela boca. — É... É... Erra... Errado! — Eu m*l conseguia raciocinar, acho que eu só posso estar tendo alucinações. — Mari, por favor não vá, não me deixe, quer mesmo ficar longe de mim? — Eu olhei dentro dos seus olhos, e ele parecia sentir o mesmo medo que eu, e agora o que eu devo fazer? — Não, eu não quero, e nem sei se eu consigo ir embora, porém... — Eu paro de falar e observo o homem parado ali diante de mim, porque era isso ele era, antes de ser padre ele é um homem. — Se eu estiver condenada por amar você, que assim seja eu aceito o meu castigo. — Afirmo, juntando todas as forças que me restaram me aproximo dele e colo nossos corpos, logo em seguida colocando os meus lábios nos dele, em um beijo cheio de necessidade. Sua mão me puxa e me aperta mais contra o seu corpo, seus lábios era doces, meu coração parecia que ia sair pela boca, então ele segura meu rosto e se afasta um pouco. — Seja minha. — Ele pediu com a testa colada na minha, e esse pedido me causo um arrepio até na alma. — Eu sou sua desde que te vi a pela primeira vez. — Eu afirmo com sinceridade, pois eu não paro de pensar nele desde a primeira que o que vi, meu coração pertence a ele desde daquele momento, ele sorri e volta a me beijar.
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