PECADO CARNAL

918 Words
PADRE HENRI NARRANDO Fecho os olhos tentando me acalmar, gostas de suar escorriam pelo meu rosto, me virei e sai dali em direção ao altar e me ajoelho. — Padre está tudo bem com o senhor? — Maria estava perto dos bancos. — Sim maria, antes que saia, queria te pedir um favor, leve algumas roupas para uma garota lá no quarto dos fundos, ela não tem para onde ir e ficara conosco por um tempo. — Maria sorri gentilmente e sai para fazer o que eu pedi, quando ela sai eu olho para cruz e a imagem nela. — Deus, meu senhor, por favor me perdoa eu não sei o que aconteceu comigo ali naquele momento, mas isso ao menos me serviu para lembrar que antes de ser padre eu sou homem, humano, talvez eu deva me afastar dessa moça. — Começo a rezar ali vários Pai nosso e Ave Marias, quando finalizo me sento no bancos ali da frente de cabeça baixa pois ainda me sinto envergonhado pelo que eu deixei que acontecesse comigo. — Padre Henri? — Mari está de pé ao meu lado me olhando sorridente e ... Tão inocente, pura, olho suas roupas, Maria havia feito o que eu pedir e a jovem agora usava um short e uma camisa limpa, e tinha os pés descalços. — Vim lhe dar Boa noite e pedir a sua benção. — As batidas do meu coração começaram a aumentar, não acredito que isso vai acontecer de novo. — Boa noite filha, dorme com Deus. — Digo isso e faço o sinal da cruz nela, e ela sorri. — Obrigada padre, eu não sei o que eu faria se o senhor não tivesse me ajudado. — Ela ainda sorrindo se aproxima e me dar um beijo na bochecha e complementa dizendo; — Até amanhã. Então ela se afasta eu me pego admirando ela a cada passo que dava até sumir da minha vista coloco a mão levemente na minha bochecha onde ela tinha acabado de beijar. — Senhor, eu não posso me apaixonar por essa moça, seria como ser um criminoso. — Digo em voz baixa e fecho os olhos e só vem a imagem dela se aproximando de mim, ainda posso sentir seus doces lábios tocando a minha pele. O dia amanheceu e teve a missa matinal e no decorrer da missa vi Mari sentada no último banco, ninguém ali prestava muita atenção na garota que chegara na cidade a poucos dias, mas eu... bem eu não conseguia tirar ela da mente. — Pois disse Jesus “Amai vos uns aos outros com eu vos amei” — digo e uma das mulheres nos primeiros bancos dá uma risada. — Algum problema minha filha? — Eu pergunto e ela acaba ficando sem graça. — Não padre, nenhum... e que as vezes é muito difícil amar o próximo, principalmente se o próximo nos machucam como o meu ex-marido um dia fez, e agora eu só consigo sentir ódio por ele. — Ela desabafa. — É compreensível filha que você esteja magoada, mas você também não pode negar que um dia houve amor, não é? Perdoar também é um ato de amor, sacrificar também é um ato de amor, o que posso lhe dizer é; perdoe seu ex-marido e sacrifique o seu orgulho, ninguém pode ser feliz com rancor no coração. Ela baixa a cabeça e eu continuo a missa quando finalizo muitas das pessoas me pedem a benção e logo a igreja fica vazia. — O que o senhor disse para aquela mulher foi muito bonito. Era a Mariana, atras de mim, me viro para olhá-la mais me afasto em passos pequenos. — É a verdade, o rancor não faz bem pra ninguém, e se você não tomar uma atitude breve ele acaba dominando a gente. — Eu digo e ela sorri timidamente. — Eu tinha muita raiva dos meus pais sabe padre? Pelo que eles queriam me obrigar a fazer, me casar, mas agora pensando melhor, se não tivessem feito isso eu não teria vindo para aqui, e não teria conhecido o senhor. O jeito doce que ela fala, faz o meu corpo entrar em combustão parecia pegar fogo, aquela boca pequena dizendo aquelas palavras. — Fico feliz em poder ajudá-la, também gostei de lhe conhecer. — Afirmo tentando respirar normalmente. — Não padre eu acho que o senhor não entendeu eu realmente gostei muito de ter vindo para aqui. — Ela se aproxima. — O que você está fazendo? Perguntei tremulo. — Eu vi o senhor naquele dia no banheiro me olhando enquanto eu ... me tocava. — Ela tem uma voz sedutora agora. —Filha eu posso expl.... — Não se desculpe padre, eu não o julgo, mas desde aquele dia o jeito como o senhor me olhava eu não consigo parar de pensar no senhor, eu sei que é errado, mas eu não posso me controlar. — A respiração dela entorpece meu corpo. — Deu me perdoa. — Eu peço! Eu então puxo para perto e colo meus lábios no dela, ela corresponde na mesma hora e na mesma sintonia, sua língua invade minha boca e meu corpo automaticamente pega foto ganhando vida em baixo, eu devia ser forte, mas como ser forte com essa garota tão frágil aqui e... — Vamos lá para dentro. — Ela diz contra meus lábios passando a mão pelo meu corpo enquanto eu alisava a sua barriga. Deus me ajuda — esse era o meu único pensamento.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD