Chefe Narrando:
Fiquei o resto dia quietão só marolando, as vezes a tal Drª vinha na minha mente, mina gostosa da p***a, posso nem tá com esses pensamento, mina é de respeito, filha do Dr. Alberto, mas que é linda ela é. Aqui a janta é cedão, comi a minha marmita e voltei a deitar, liguei pro Bravo quando o movimento tava suave pra saber como tá as paradas, tô aqui, mas sempre sei de tudo que acontece no morro e também participo das decisão tá ligado?! Neguim tá proibido de decidir alguma parada sem eu saber, tenho sorte do Bravo ser leal pra c*****o, meu parceiro demais, depois de me passar tudo desliguei e fui dormir, tava cedo ainda, mas vou fazer o quê pô?! Se tivesse na minha favela tava na rua com os moleque, mais tarde comer uma bucetinha, p***a que saudade da minha liberdade, curti um baile, dois anos aqui dentro sei nem o que é isso mais, mas fé que a lili vai cantar e não vai demorar, dormi com esses pensamentos na mente.
Eu tava lá, no fundo da cela, cercado por grades de ferro que cortavam o horizonte. O suor escorria pelo meu rosto, enquanto o ar pesado da prisão sufocava meus pulmões. A escuridão era tão densa que podia sentir ela me puxando pra baixo, como se fosse me engolir inteiro.
De repente, o silêncio foi quebrado por um som sinistro, um eco distante que se aproximava lentamente. Era o barulho dos passos dos policiais, das algemas batendo contra o chão de concreto. Meu coração começou a martelar no peito, enquanto eu tentava me esconder, mas não havia lugar pra fugir.
As vozes dos guardas ecoavam pelos corredores, como se estivessem se aproximando de mim. Eu sabia que não podia escapar, que estava encurralado como um rato. A sensação de impotência me sufocava, me deixando paralisado no escuro.
Então, de repente, as grades da cela se abriram sozinhas, como se o próprio inferno estivesse me chamando. Eu podia sentir o cheiro da liberdade no ar, mas algo me segurava, me puxava de volta pra dentro da escuridão. Era como se a prisão fosse parte de mim, como se eu nunca pudesse escapar dela.
E foi assim que acordei, com o coração pra sair do peito, p***a de pesadelo que tive, só pra atormentar aind mais minha mente, cê loko, cada dia que passa eu fico mais doido aqui dentro, me levantei indo até a pia que tinha ali e lavando o rosto, aproveitei e escovei logo os dentes e como ainda tava cedo voltei pro colchão, mais ou menos uma hora depois um dos carcereiros apareceu.
Mendonça: Bora ladrão.- disse abrindo a cela.
Chefe: Pra onde? Qual foi Mendonça?- falei saindo e logo ele me algemou e começou me levar.- Tá me levando pra onde pô?
Mendonça: Parece que tua advogadazinha conseguiu malandro, mas o Diretor quer falar contigo primeiro.- ele disse quando chegamos na frente da sala daquele cuzão, ele abriu a porta e me empurrou pra dentro, tirou as algemas e saiu fechando a porta.
Diretor: Cauã Bottini, ou prefere que eu te chame de Chefe?- ele perguntou e eu fiquei calado.- Responde!- disse alto.
Chefe: Meu nome é Cauã senhor, nunca vi o Chefe pessoalmente.- minha vontade era acabar com esse m***a, mas não posso dar essa mancada e me sujar.
Diretor: Tu acha mesmo que sou i****a, aquela v********a daquela advogada pode ter conseguido te tirar daqui, mas não se acostuma lá fora não que tu vai voltar, e eu juro que da próxima tu não sai vivo daqui.- desgraçado me ameaçando, não vou dizer nada agora, mas esse já tá marcado, fiquei calado.- MENDONÇA!- chamou e ele entrou.- Pode levar ele.
Chefe: Falou patrão.- falei piscando o que deixou ele puto, saí e o Mendonça foi me levando, passamos pra pegar meus documentos, peguei uma roupa e me troquei, assinei algumas coisas e tava livre pra sair, p***a tô nem acreditando, a Drª conseguiu mermo, saí pela porta vendo o mundão, tô felizão c*****o, sorriso nem cabe, olhei ao redor caçando alguém e vi um carrão, olhei direito e vi a Drª dentro, fui em direção ao carro e entrei.- p***a Drª, nem pra avisar que a lili ia cantar hoje.- falei e ela deu um sorrisão da hora.
Alice: Quis fazer uma surpresa.- disse me olhando e eu dei um sorriso de lado.
Chefe: Gostei, valeu mermo, fez a boa pra nois.- falei e ela apenas balançou a cabeça.- Alguém mais sabe que eu saí?
Alice: Não falei pra ninguém, nem pro Bravo, sua vez de fazer a surpresa.- ela disse sorrindo.
Chefe: p***a, coroa vai ficar doidona, pode me levar pro morro?- perguntei sem querer ser folgado né pô.
Alice: Claro, por isso tô aqui.- ela disse e eu concordei, ela deu partida em direção ao morro do Vidigal.