Saiko dirigia pela noite, cortando a escuridão das estradas com os faróis de seu carro.
Ele parecia aos olhos de Juno, alguém que até mesmo os amigos deveriam temer.
Parecia que Saiko estava sempre pronto para se defender e atacar.
Ela observou as ruas através do vidro.
Se lembrou do toque dele em seu corpo, enquanto ele a carregava para o carro, Juno sentiu as mãos dele em suas nádeg@s, tremeu, odiav@ ser tocada naquela região, felizmente, Saiko parou, antes que ela lutasse.
E para piorar o frio cortante tornava a noite ainda mais sombria.
Mas Juno percebeu que no fundo não sabia se fazia frio, ou se era a alma de Saiko que a fazia ter essa sensação, havia algo tremendamente perturbador nos modos dele.
Não era só o fato dele ser um homem perigoso
Saiko estacionou em um posto de gasolina. Nesse momento, a visão de uma mulher segurando um menino frágil em seus braços próximo a uma das bombas de gasolina capturou a atenção de Juno.
O menino, sem uma blusa de frio para protegê-lo do gelado vento noturno, era um testemunho silencioso da crescente crise de vulnerabilidade social que assolava a região nos últimos meses.
Juno mordeu os lábios.
Enquanto a bomba de gasolina enchia o tanque, Juno desceu do carro.
__ Entre, Juno. ___ Saiko ordenou.
– Posso dar o seu sobretudo?
Ele não respondeu.
Mesmo assim, Juno se aproximou da mulher e do menino. Com empatia, Juno pos o sobretudo de Saiko ao redor da criança.
Era uma peça cara que compunha o terno dele.
__ Obrigada, moça. As blusas de frio do mei filho já não servem mais. Ele cresceu muito e as coisas ficaram difíceis.
__ Eu sinto muito. __ Juno afirmou.
Os olhos da mulher estavam lanchonete logo à frente.
__ Está com fome, não está?
__ Estou, mas eu posso suportar até amanhã, que é quando vou receber pelo trabalho de garçonete que faço, mas ele não pode. __ A mulher afirmou olhando para o filho.
Juno entrou na lanchonete e comprou alguns alimentos empacotados, como macarrão instantâneo, achocolatado e outros itens. E dessa vez usou o dinheiro que Saiko havia dado, mas ele a barrou no caminho , antes que ela entregasse qualquer coisa,.
Saiko abriu todas as embalagens dos alimentos comparados, para que Juno entregasse tudo sem lacre.
— Isso é quebrar a dignidade dela. – Juno reclamou.
— Isso é garantir que o menino coma. Se entregar com as embalagens lacradas,ela vai trocar por álcool e comprimidos assim que você virar as costas. As roupas de frio do menino, ela deve ter vendido por preço de banana , e você deu o meu sobretudo para ela fazer mesmo.
— Eu não sabia, achei que…
mas ele a cortou.
— Talvez esse seja o problema, você nunca sabe de nada, Juno.
Ele mesmo entregou a cesta com os alimentos.
Mas ao olhar para Saiko, a mulher com a criança soube que Saiko não era só um homem comum
Deixou a cesta cair e correu.
Juno ficou presa na cena.
___ Entre no carro.
___ A criança vai ficar com fome.
Juno sabia que aquela não era a única criança no mundo com fome, mas uma sensação de incomodo grande a assolou.
__ Provavelmente ficaria com fome de qualquer jeito, aquela mulher não é nem mãe do menino. Nem um traço de semelhança.
O mundo não era justo nem com as crianças.
Juno foi o resto do caminho pensativa.
Saiko estacionou na porta da pequena casa que ela vivia com a mãe.
Ela tentou entrar sem olhar para ele, mas Saiko a beijou.
No início Juno lutou, mas o líder da Yakusa não deu espaço para ela fugir.
E o beijo dele foi quente.
Ele tentou puxar o corpo feminino para se colar ao dele, mas Juno quebrou o beijo.
__ Me deixa entrar em casa.
__ Me beije direito que eu asseguro que o menino fique bem.
___ Não pode prometer isso, Saiko. Não tem como cumprir.
__ Tenho. Eu posso tudo, Juno. E ainda te dou provas. O menino ficará bem. Mas eu posso fazer de uma maneira mais difícil também. Como prefere, Juno?
Ela deixou se lutar.
Esperou sentir repulsa, por beijar alguém que não gostava, mas a sensação foi boa, mas ainda apavorante.
Aquele, era Saiko.
O líder da Yakuza.
Ela colocou a mão no p€ito dele, quando ele tentou descer a mão da cintura para a cox@ dela.
Saiko parou,.
__ Você esconde algo mais. Tem uma inocência, uma castidade estampada em seu rosto..
Saiko a observou.
Em todo caso se ela contasse para ele, Saiko não acreditaria.
Nem ela acreditava..Depois de tudo que viveu ainda tinha segredos para contar.