Saiko estava sentado em um dos seus galpão em Nova Jersey.
Aquela região não estava sob o comando da Yakuza, mas sim da máfia americana.
Aquele galpão era o símbolo da união entre a máfia americana e a yakuza.
Saiko stava sentado, segurando uma katana com firmeza nas mãos.
Se sentia irritado, a tensão sexu@l em seu corpo estava beirando o limite.
Ia explodir a qualquer momento e Juno o conheceria realmente.
O ambiente pesado indicava que o humor de Saiko não estava dos melhores naquele momento. Seus homens, cientes da atmosfera tensa, caminhavam cautelosamente, evitando se aproximar demais.
Mas Yan Lee se aproximou.
– Os quatro soldados não cumpriram o que você ordenou. __ Yan afirmou.
— Corte um dedo de cada um deles.
— Saiko, não pode descontar em seus homens, os seus problemas.
Saiko encarou o seu conselheiro.
— Quer que eu desconte em quem? Você me diz que não posso descontar em Juno, que não posso descontar em minha sogra, eu desconto em quem?
__ Não em mim. __ Yan afirmou. __ mas os soldados não participaram do campeonato, porque o carro de aluguel quebrou.
O campeonato era organizado pelo submundo.
Um campeonato de vale tudo, onde as regras são inexistentes e a brut@lidade reina de forma suprema. Este torneio sombrio, oculto nas sombras da ilegalidade, serve como palco para os homens da Yakuza, obrigados a participar para provar sua honra e força.
Os soldados mais jovens costumavam fugir, nem era por medo, mas sim,porque ao lado do lugar que acontecia o campeonato existia um hotel de luxo com mulheres disponíveis, as mulheres eram cortesãs profissionais.
Alguns soldados gostavam de tentar a sorte, e fugiam para o hotel.
— Eu descubro se eles estavam no hotel Paradise? ___ Yan perguntou.
Saiko deu um sorriso.
__ Não, traga os quatro soldados até mim.
— Saiko. – Yan o alertou.
__ Você é um conselheiro da máfia ou. um padre, vá chamar os soldados..
Yan foi.
Os soldados chegaram confiantes. Como se fossem os donos da verdade. Se Saiko não fosse quem era,acreditaria que o carro quebrou e que ficaram horas na estrada.
__ O que houve?
__ O carro quebrou, senhor. __ Os quatro soldados responderam em um coro perfeito.
__ Quanto tempo ficaram na estrada? __ Saiko perguntou.
__ Duas horas.
Mentiras e mentiras.
Os quatro soldados tinham também uma prova escrita a fazer. A prova era a respeito de como a organização surgiu e sobre cada detalhe do código de honra da Yakuza, todo soldado deveria saber, todo soldado novato deveria decorar.
__ Decoraram o código de honra?
__ Não ,senhor. Ajudamos o mecânico a arrumar o carro e não continuamos a decorar.
__ Ocupem os quatro cantos do galpão, cada um em um canto.
__ Não terminamos, senhor de decorar o código, senhor. Não temos como fazer a prova também. __ Um dos soldados afirmou.
__ Sentem-se. __ Saiko ordenou.
Os homens obedeceram.
Yan parou observando Saiko montar um questionário manual de quatro perguntas para o soldados.
As perguntas:
Qual foi o defeito do carro?
Em qual rodovia o carro estragou?
Quem dirigia no momento da pane?
Qual era o nome do mecânico?
Havia uma impressora e Saiko fez três cópias, ele mesmo entregou para os quatro soldados.
___ Os quatro só se levantam quando tiverem respondido, e só se levantam quando Shin sinalizar que as respostas estão corretas, ou seja, os quatro têm que oferecer respostas idênticas.
Os soldados ficaram pálidos.
__ Se desistirem, um corta o dedo do outro, na minha presença. Ah, mas só podem levantar em vinte quatro horas, sem água, sem banheiro e sem comida. Não se mente para um Oyabun.
Não se mentia para o líder máximo,a hierarquia devia ser respeitada.
Saiko partiu do galpão.
Dentro do carro, ligou em sua casa no Havaí, conferiu se Yuri, o filho adotivo estava bem.
Depois ficou alguns minutos sem saber para onde ir, mas logo dirigiu para casa de sua noiva, não sabia porque, mas o instinto o mandava ir até lá.
Ia dormir com Juno.