Partindo

774 Words
Juno se sentou, precisava saber se Mônica e as outras amigas que fizeram a despedida de solteiro estavam bem, elas tinham errado, sim, mas não desejava que Saiko as tivesse machucado, não queria m@l a nenhuma delas. Fez as ligações, mas não foi atendida. A única a atender o telefonema foi Mônica. __ Juno, como você sumiu no meio da sua despedida de solteiro? — Não fiquei confortável, Mônica. Com dois homens nus próximos. Não gosto de experiências assim, por isso fui embora. __ Pois você perdeu, e nós também, porque fomos atrás de você, mas não encontramos e entendemos que tinha ido para casa. E nem ligaram para saber se ela estava bem. Não eram amigas de verdade, não eram. — Provavelmente vamos demorar a nos ver, estou indo embora, Mônica. Me caso no Havai. Felizmente todas estavam bem, até se esqueceu dos dos gogoboys. — Desejo felicidade e saúde, Juno. Ah, você soube o que aconteceu com o gogoboy? Aquele mais bonito, que a seguiu para fora. Juno não sabia o nome, mas sabia quem era, porque morreu de medo do homem, morreu de medo de ser atacada por ele. __ O que houve Mônica? Não o conheço de nenhum outro lugar. __ Claro que conhece. Ele é aluno de veterinária e até mandou um bilhete a chamando para jantar, mas você o ignorou. Então tinha sido ele, só rasgou o bilhete e jogou fora. __ Quebraram a perna dele em dois lugares e ainda fizeram uma cicatriz no rosto, como se fosse uma serpente. O símbolo de represália da Yakuza, soube que foi Saiko, ele poupou as mulheres, mas não o gogoboy que a seguiu, mas como Saiko sabia? O demônio sabia de tudo , era isso. Depois de se despedir, Juno percebeu que foi intencional, a despedida de solteiro foi planejada para prejudicá-la. Soube que supostas amigas armaram , o gogoboy que nem sabia o nome não queria que ela se casasse. Sorriu, seria um favor, quase desejou voltar no passado e ficar naquela orgia, mesmo com medo e enojada. Se tivesse ficado lá, talvez não teria mais um noivo, mas provavelmente, todos os envolvidos estariam mortos, inclusive ela. ******* Almoçava quando uma caixa de chocolate, um celular e uma faca chegaram embalados numa caixa rosa. Antes mesmo de ler o cartão, Juno sabia quem tinha enviado, a amiga Rayra, mesmo longe, a sua melhor amiga estava a passar força. Juno leu o bilhete: Lute do jeito doce que só você sabe. Saiko pode ser um demônio, mas até mesmo um demônio pode ser tocado por um anjo doce como você. Guarde a faca e se precisar arranque o coração de Saiko do lugar. Juno não sabia se ele tinha um. O celular, vai escondido junto às peças íntimas, se ficar sem o seu aparelho,ainda teremos como nos falar. O aparelho está livre de qualquer tecnologia de rastreamento, é de uma amiga para uma amiga, sem nenhum laço com as nossas organizações. Com Amor, Rayra. Juno guardou os presentes que ganhou e foi organizar o que precisava, doaram os alimentos que tinha na geladeira e freezer. A mãe dela parou olhando os móveis. — Deixamos tudo? – Juno perguntou para mãe. _ Não, eu sei que não voltamos e não podemos criar esperanças, minha filha. Agora, temos que viver a nossa nova vida, só vamos pedir a Deus que Saiko não seja um marido violento. – A senhora também vai se casar, mamãe. Não está preocupada? – Comigo não, uma mãe tudo suporta, minha filha. Eu quero que você esteja bem, só isso. Continuaram com a organização. Antes de partirem definitivamente,Hagabi deixou a chave da casa com uma vizinha, que doaria os móveis e tudo que ficou na casa. Hagabi e Juno autorizaram a vizinha a ceder a casa para uma mãe que necessitasse de abrigo, a casa tinha sido o refúgio da mãe e de Juno, agora poderia ser o refúgio de outra família. Na hora de ir embora, um homem estava esperando, sabiam que era ordem de Saiko, porque estacionado era o mesmo carro que vigiava a casa. Ganharam um aceno de cabeça como cumprimento e nada mais. Juno esperou que fossem para o aeroporto, mas fizeram parada em um galpão, ela e a mãe perceberam que era como um ponto de encontro, base e reunião dos homens de Saiko. A organização do lugar parecia surreal. Até a maneira que os homens andavam era diferente. Hagabi sentiu os olhos de Yan sobre ela. Não gostou e deixou bem claro através do olhar. Não queria ser cortejada ou algo parecido, só estava se mudando com a filha só isso.
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