Canibal,
Por mais cansado que eu esteja, dormi por uma hora. Corpo agitado, mente preocupada, nem o cheiro da morena me fizeram relaxar.
Levanto devagar sem fazer barulho.
Meu telefone toca e a diretora diz que Sara foi aprovada. Acabou ligando agora por conta da invasão.
Vou passar essa fita aí pra Sara só mais tarde.
Desço até o escritório trancando a porta, eu preciso assistir o que houve naquela sala. Abro o celular na câmera que tem no quartinho de torturas e posiciono na hora que minha mãe entra.
Helena: Eu vim aqui seu monstro acertar tudo que você fez com o meu filho.
Como pode o próprio pai maltratar o filho? Ele era apenas uma criança.
Justiceiro: Fiz e faria novamente. Eu fiquei feliz quando você engravidou, era o meu herdeiro. Fiquei todo bobo quando ele nasceu.
Aí você começou da toda atenção pra ele, ele chorava por tudo, quase não tinha tempo pra nois dois. E quando nois tava junto, ele fazia questão de chorar, só pra você correr e o pegar no colo. Você sempre escolhia ele.
E só aí me arrependi de deixar você ficar grávida, eu acabei virando uma segunda opção.
Depois você engravidou da Letícia, e foi aí que aumentou meu ódio.
O garoto não se importava que você fizesse nada pra irmã dele. Mas se eu chegasse perto, sempre se machucava ou chorava para você ir até lá. Sempre chamando sua atenção.
Helena: Você é um doente, com ciúmes do próprio filho. Claro que escolheria a ele, ele era só um bebê.
E mesmo agora eu sempre vou escolher o meu filho, o meu amor todinho.
Eu sempre confiei em você, e só agora percebi como você maltratou o meu filho enquanto eu vivia alienada com a perda da Letícia.
Essa Deus recolheu pra ficar junto dele e eu não cuidei bem do que ele deixou aqui pra mim.
Acabei deixando você magoar o meu filho a ponto dele se perder dele mesmo.
Ainda bem que a Sara apareceu e está ajudando a retirar meu filho das sombras.
e eu, vou fazer o que toda mãe faz por um filho.
Defender o meu. Já que sua morte é certa, não será pelas mãos dele, será pela minha.
Justiceiro: Tá louca mulher, me tira daqui e vamos embora, deixa esse moleque safado pra trás, vamos esquecer tudo meu amor.
Helena: Eu nunca trairia meu filho, se um dia eu te amei, esse amor acabou no momento que descobri parte do que você aprontou, não entendo o Vitor nunca ter se queixado, pois eu teria matado você antes.
Como pode um pai torturar o filho, meu filho inocente se transformou em uma pessoa amargurada pelas coisas que sofreu em suas mãos, as mãos que eram para protegê-lo.
Mas agora acabou, nunca mais vai encostar um dedo ou fazer o meu filho sofrer. Eu vou picar você todinho, prefiro te matar com as minhas próprias mãos, a deixar ele cometer esse crime.
Aos olhos de Deus se ele levantar as mãos pra um pai, ou uma mãe, ele não terá perdão.
Justiceiro: Você é uma v*******a eu te comprei, anda me solta daqui.
Solta essa faca sua louca, o que vai fazer.
Helena: O que deveria ter feito há muito tempo, defender o meu filho.
Pois se eu não me apressar, ele irá te matar antes.
Ela acerta uma facada em sua perna, posso sentir seu olhar de raiva sobre ela. Enquanto grita para solta-lo.
Ela aponta uma arma em sua cabeça pedindo para colocar a língua pra fora. Com o auxílio de um alicate, puxa e arranca sua língua fora, orelha, nariz e por último fura seus dois olhos. Ele desmaia e ela continua assim mesmo.
Daí em diante vejo lágrimas caírem de seus olhos. Mas ela se mantém firme e começa cortar os pés e as mãos com uma serra elétrica que fica na mesa dentro do quarto.
A porta é aberta, vejo p**a p*u que a fecha a porta novamente e minha mãe está tão concentrada que não percebe sua presença.
Ela começa a cortar os braços e pernas em pequenas partes. abriu seu abdômen, e foi retirando os órgãos, pegou a serra, separando a cabeça do tronco.
É nessa hora que entro no quartinho a retirando do local.
Eu nunca contei nada sobre as coisas que meu pai fazia.
Na verdade ela ficou tão m*l pela perda da Letícia, que ao vê-la sorrindo com a chegada da Sara, me fez entender que eu não poderia estragar aquele momento.
Eu não queria que ela sujasse suas mãos, minha mãe sempre foi meiga, delicada e hoje eu vi raiva, rancor em seus olhos, enquanto esquartejava o corpo do próprio marido.
Sei que pra ela está sendo difícil e no que depender de mim, logo ela ficará bem, esse merda virou comida de jacaré e se tornou uma página virada em minha vida.
Vejo que chegou uma mensagem da Priscila, dizendo que está tudo ok, para eu ir até o posto com a Sara e retornar as oito e trinta da noite.
Mando um joinha e vou até o quarto acordando minha gostosa que está toda largada na cama.
-Bora lá no posto comigo vê como o MT está?
- Vamos, deixa eu colocar uma roupa.
Ela levanta toda gostosa e coloca um vestido colado cor de rosa e uma rasteirinha, faz um coque no cabelo, passa hidratante e perfume e diz toda abusada:
- Prontinha, vamos?
Apenas concordo com a cabeça e saímos do quarto.
Minha mãe ainda está dormindo.
Ajudo ela subir na moto e vamos na direção do postinho. As ruas estão vazias, poucos bares abertos, normal afinal tivemos uma invasão.
Entramos no postinho e a ruiva estava lá, parada no vidro do CTI. Parece que esses dois se gostam e meu mano na hora que iria corrigir tudo levou o tiro.
- Oi, vim olhar como ele está, mas já estou de saída.
- Pode ficar de boa Clara, digo pra ela. Sei que meu irmão errou ai, mas estava disposto a mudar e tenho certeza que a hora que ele acordar, vai se amarrar em vê você aqui.
Ela sorri sem graça e Sara a abraça. Seus olhos estão vermelhos e sei que andou chorando.
- Obrigada, mas tenho que ir. Vou da um banho no Henrique, fiquei de ir na Priscila um pouco assim ele distrai.
Ela se despedi e sai.
Esses aí ainda ficam juntos quer apostar?
- Você anda um casamenteiro amor, risos.
- Eu Sara, tu viu a mina de cara vermelha de tanto que chorou. O mano estava que era só felicidade do menorzinho ter o chamado de pai. Só falei o que penso.
Vou vê com a doutora se podemos entrar um pouco, quero ter uma conversa com esse mané aí.
- Olá chefe, patroa.
Nós tiramos o sedativo e vamos retirá -lo do tubo mais tarde, a qualquer momento ele poderá acordar. Vai depender do organismo dele.
Tem uma pia ali para lavar as mãos e aí podem entrar para vê-lo.
- Valeu aí doutora. Digo e ela se afasta. Sara diz que se sente m*l e prefere ficar ali do lado de fora.
Entro no CTI e sinto maior bagulho estranho em vê meu irmão daquele jeito.
Ae parceiro trata de levantar logo dessa cama, nós é soldado rapá, sem essa de ser abatido por um tiro de raspão tá ligado.
A doutora falou que agora depende de você, vamos deixar de ser lerdo.
A ruiva tava aí fora, toda chorosa por sua causa, acerta logo essas merdas que tu fez ou logo ela cansa e arruma outro pra colocar no teu lugar o****o.
- Se f***r Canibal
Esqueço que ele está operado e lhe dou um abraço.
-Aaaa
- Foi m*l parceiro, deixa eu chamar o médico pra tirar esse cano da sua boca.
Aperto a campanhia ao lado da cama e logo a sala fica cheia de médico para realizar alguns exames. Retiram o tubo de sua boca, mas médica avisa que ele ainda não poderá ir para o quarto.
Sara entra toda feliz por ele ter acordado.
-Ai p**a p*u, o v***o acordou aqui, só foi eu falar que a ruiva ia cansar de chorar e arrumar outro que ele abriu o olho, digo rindo tirando uma com a sua cara.
-Ae c**ão, mais tarde broto aí e trocamos uma ideia.
Fico ali com ele algum tempo e vejo a mensagem da Priscila avisando que está tudo pronto.
MT reclama de dor, a enfermeira administra alguns remédios e ele acaba dormindo.
Saio do postinho com a morena agarrada em mim, quero vê a cara dessa danada quando chegar em casa.
Se é louco que iria deixar passar em branco o seu aniversário.