Tratamento vip

1368 Words
Canibal, Saio de casa com a minha mãe pedindo algo difícil de cumprir. Subo na moto juntos dos seguranças até a boca principal, MT também chega de moto. - Tá rindo de que c*****o, morro vai ser invadido e tu com essa cara. - Obrigada pelo conselho irmão. Eu sou pai p***a, tu tem noção, ele me chamou de papai Canibal! Apesar de ser um merda ela contou pro meu garoto a verdade. - Vamos comemorar isso aí MT após o confronto, agora vocês dois aí coloquem o colete e vamos Canibal. - Tá estressado p**a p*u. - Claro, essa p***a atrapalhou minha f**a. Todos rimos, Fomos monitorando as câmeras na zona de mata e MT direcionando os homens. Tá tudo sobre controle, Trator chega com mais homens e ouvimos os fogos anunciando o início da invasão. Justiceiro está avançando com alguns homens pela mata, achando que não está sendo monitorado. Enquanto a polícia sobe a rua principal. O escadão está protegido e a passagem subterrânea se ele tentar vai ser pego. Ficamos os quatro acompanhando o confronto. Pica p*u e MT descem para liderar o grupo que irá expulsar os vermes, aqui esse coronel, não entra. Eu e trator continuamos escondidos observando Justiceiro avançar. Antes de chegar até nós ele terá que passar pelos cinqüenta homens que estão na zona de mata. O o****o estava tão confiante que trouxe com ele oito homens.Quero o Justiceiro com vida, falo no rádio, o restante vocês podem matar aí mesmo. Usem silenciador nas armas. Pela câmera, vejo meu grupo atirar, derrubando os homens que estavam com ele, ele até tenta correr, mas é cercado e se ajoelha pedindo para não o matarem. Sapo o amarra e começam a avançar arrastando aquele imundo em direção ao quartinho. Os caras na entrada da comunidade estão trocando tiros, Tem mais de quatro horas de invasão e a polícia não consegue avançar. Vejo MT mirar a bazuca na direção do caveirão, que vira na hora. Sobe uma nuvem de fumaça, alguns canas correm atirando descendo o morro. De longe vejo o p**a p*u correr, e o ouço no rádio ele pedir um carro no beco do açaí. Aconteceu alguma coisa lá, tento olhar nas câmeras, e não consigo.Trator e eu descemos o morro correndo, preciso saber o que está acontecendo na entrada. A polícia começa se retirar, e assim que entro na rua vejo MT caído, todo ensanguentado, estava com a respiração fraca e um tiro o tiro no peito. Ao seu lado um de seus homens foi atingido na cabeça. Ele abre os olhos e com dificuldades diz: - Meu filho Canibal, olha o Henrique e a ruiva - Cala boca c*****o vai ficar tudo bem, aguenta aí que o carro tá chegando. Vai Canibal me ajuda colocar ele no carro. Pica p*u está nervoso, entro junto com eles no carro e um vapor vai dirigindo. - O que aconteceu? pergunto pro p**a p*u - Um dos nossos foi atingido Canibal, MT estava com a bazuca e do nada, caiu. Ele estava atrás do JJ, acho que foi a mesma bala que pegou os dois. Ouvimos os fogos anunciando o fim da invasão depois de mais ou menos cinco horas de confronto. Assim que o carro para na entrada do posto, um enfermeiro vem com a maca, tiramos o MT do carro e ele vai entrando com ele direto pra sala Eu e p**a p*u ficamos ali na recepção, tentando manter a calma. Algum tempo depois, Sara chega correndo com a Priscila e a Clara. -Soubemos o que aconteceu, como ele está? -Estamos aguardando pequena, ele foi atingido no peito e está na sala de cirurgia. Ela me puxa e sento ao seu lado. Planejaos tudo e olha essa merda, se acontece algo com o MT, não vou me perdoar. Logo agora que ele estava todo feliz com o filho. Fico ali em silêncio, ouvindo elas falarem. p**a p*u está no telefone e logo vem pro meu lado. Trator fez a contagem, tivemos quatro perdas, e doze feridos. Ele jogou o corpo de dois vermes no asfalto, e os caras mortos na zona de mata, arqueou fogo. Certeza que terá retaliação por parte da polícia. Apenas concordo. -Amor não quer ir em casa, tomar um banho para tirar esse sangue e depois voltar. - Vida eu só saio daqui com notícia do meu irmão, esse sangue é dele Sara, ele estava todo bobo pois foi chamado de pai e agora acontece uma merda dessas. Estamos nessa vida sabendo que tudo pode acontecer, mas não aceito um bagulho desses, não com os meus de fé. Nós estávamos preparados, não entendo como ele se feriu. Sinto ela limpar meu rosto, as lágrimas caíram até sem eu perceber. A agonia estava batendo. Vejo p**a p*u apontar a arma para um enfermeiro e dizer que quer alguma notícia. O dia começa amanhecer e após nove horas de cirurgia um casal de médicos vem até a porta chamando, parentes de Matheus Santos Aguiar. Todos levantamos e só aí noto a presença de sua mãe com o rosto vermelho no cantinho da sala. A médica então começa falar - O paciente foi baleado de raspão no tórax, ele estava de colete o que ajudou bastante, mas quando se trata de fuzil, até o tiro de raspão causa danos graves. Pensamos em uma cirurgia menor, vimos que não estava funcionando bem, e tivemos que fazer uma cirurgia maior. Algumas decisões foram difíceis, e optamos pela retirada de uma parte do pulmão direito. Seu quadro é grave, ainda requer bastante atenção e cuidados, mas ele sobreviveu e está reagindo bem. Vocês têm alguma pergunta - Eu posso vê meu filho doutora? - Bom ele está no CTI lá não é permitido acompanhante, mas vou liberar que entre de dois em dois para olhar através do vidro. A mãe se apressa e solto a voz pra ruiva ir junto. Eu sei que ele sempre gostou dela. Tem coisas que não é preciso falar. Assim que elas retornam eu e p**a p*u vamos até o local, mano tá cheio de fio ligado, muita máquina ligada, tubo na boca. Fé no maior que ele vai comemorar aí o filho que ele descobriu agora. Saímos de lá e todos estavam na recepção. - O tia a senhora ta nervosa, mas a meta do parceiro vou entregar na sua casa normalmente. Vou dá o papo que agora ele tem um menorzinho e vou tirar uma parte dessa aí pra da uma assistência pra ele também. De aí, que logo o parceiro tá aqui com nós outra vez. - Eu tenho um neto? a tia pergunta me olhando sorrindo. - Tem sim tia. Um menorzinho que é a cópia do MT. Noto seus olhos cheios de lágrimas, por saber que tem um neto. Aí ruiva, leva a tia pra conhecer o neto. E valeu mermo pela sua conduta, mano tava que era só alegria do menor ter chamado ele de pai. Ela concorda com a cabeça e todos saímos do postinho. Nesse momento eu preciso de um banho, mas antes vou deixar a patroa em casa e ir até a boca saber se Justiceiro está bem acomodado. Tinha pedido um menor pra colocar minha moto na saida do postinho, deixo a Sara em casa e vou com o p**a p*u até o quartinho de tortura. Abro a porta e lá está o homem que eu mais odeio nessa vida, por todas as crueldades que me fez, amarrado a cadeira. -Ta pensando que aqui é hotel, acorda c*****o. Ele abre os olhos e sorri pra mim. - Você não será capaz de matar seu próprio pai, você puxou a sua mãe, sempre foi um fraco. - Aí que você se engana, eu sempre esperei por isso, o dia que mataria você com as minhas próprias mãos. Não se preocupe, eu vou lhe proporcionar uma morte lenta, quero ouvir você implorar pra eu lhe matar. Sapo, pode amarrar ele de pé, pois hoje começa o tratamento vip que sonhei durante toda minha vida. Pego a madeira molhada e cheia de pregos e começo bater, a cada madeirada sinto minha alma aliviar, esse desgraçado vai pagar tudo que fez comigo.
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