MT,
Sou Matheus, vulgo MT, 23 anos, o mais novo da turma. Sou moreno, cabelo lisinho cortado tipo índio, olhos pretinhos e bastante puxados, não curto tatuagem, então, não tenho. Corpo é bem malhado, abdome saradinho do jeito que as mina gosta.
Entrei no tráfico aos onze anos de idade pra ajudar minha mãe em casa, era aviãozinho, já que todo o dinheiro do meu pai recebia, era gasto pra pagar suas dívidas de bar.
Aos quatorze anos matei pela primeira vez e desde então, nunca mais parei.
Conheci o p**a p*u e Canibal nos treinamentos aqui do morro e éramos como os três mosqueteiros.
Canibal era perseguido pelo pai, maltratado e sempre tentávamos amenizar e o ajudar de alguma maneira, fosse com água, comida, remédio. Pois muitas vezes Justiceiro o amarrava com sede e fome.
Fomos crescendo e nenhum dos três tinha em pensamento se amarrar com essas minas daqui, negócio é fuder e colocar pra vazar.
Há três anos atrás Canibal assumiu o morro e fui nomeado o sub gerente das bocas e responsável pelos treinamentos.
consegui melhorar a casa e dá uma vida confortável pra minha mãe, meu pai de tanto beber acabou sofrendo um AVC e ficando todo torto emcima de uma cama.
Fiz um lugar pra mim e hoje moro sozinho, na verdade a casa é só pra dormir. Pois almoço e janto na minha mãe. Deixo faltar nada, fortaleço legal.
Sei que ela não concorda com a vida que levo, mas sabe que só saio dessa vida morto.
Assim que Canibal assumiu, as minas tudo jogando e eu pegando todas.
A irmã do Canibal Sara, começou a trabalhar em alguns projetos sociais e sempre trazia na boca suas amiguinhas.
A ruiva novinha, sempre me olhando e um dia comecei reparar. Hora ou outra, sempre estava no meu caminho. Branquinha, cabelo ruivo natural, aquele estilo magrinha do bumbum arrebitado.
Ficamos trocando olhares por uma semana, e puxo assunto, descubro que seu nome é Clara, ela tem treze anos e mora com o avô na mercearia.
Ganho sua confiança e após um mês de enrolação trocamos o primeiro beijo, a mina parecia nunca ter beijado, mas rapidinho entrou no ritmo. Nunca peguei uma virgem e pelo visto ela tá louquinha pra me dá.
Eu a convido pra almoçar e ela concorda animada, Compro uma comida mando entregar na minha casa. Clara chega toda
sorridente e eu a ofereço um almoço, um copo de bebida e começamos nos beijar, o clima esquenta, fogo, química, tudo era incrível, apesar de virgem essa menina estava me deixando louco, passamos toda a tarde juntos e depois eu a deixei próximo sua casa. Não passei do limite.
Nos dias seguintes eu a via na boca e fingia não conhecer. De alguma forma essa garota mexeu comigo e comecei sentir raiva.
Um mês depois ela me procurou, e eu disse que não era homem pra ela, estava sentado na minha sala e quando nos beijamos eu sabia que a mina tinha acabado com o meu juízo. Tranquei a porta da sala e sem pensar a fiz minha, eu nunca tinha sido carinhoso com ninguém, mas a ruiva fez isso, cconseguiu tirar de mim meu lado bom que eu nem sabia que existia, sabia que ela era virgem, chupei todo meu corpo e deixei seus s***s marcados, ela gemia baixinho, envergonhada, por um momento eu pensei em parar, mas ela pediu que eu a fizesse mulher e foi isso que eu fiz. Aquela b****a quente, apertada, estava me enlouquecendo e acabamos chegando ao ápice juntos. Ela levantou sem graça, o sofá estava sujo de sangue, a tranquilizei, tomamos um banho e ela saiu da sala a procura da amiga. Passei um mês estressado, nenhuma mina era como ela e eu queria ficar longe, não podia levar problemas pra essa garota e não estava afim de me amarrar a ninguém.
Ela não me procurou e aquilo me deixava puto. Todas pediam pra repetir, tendiam de alguma forma e ela não.
Estava sentado na calçada conversando com os caras da boca, e uma Zé drofrinha quando a Clara me chamou, meu coração batia acelerado e subiu um ódio por ela não ter me procurado antes, que resolvi tirar uma com a cara dela.
Disse que não a conhecia, mas se ela estava afim de p**a eu poderia ajudar, bastava ela tirar a roupa e as duas vim até a lateral da casa que tinha ali mesmo, que eu faria tudo. Os caras começaram a rir, a ruiva não disse nada. Me olhou nos olhos com raiva e desceu sem falar pra que veio.
Eu senti algo diferente por ela e o melhor era manter essa garota afastada.
No outro dia Sara me chamou de escroto e disse que ela tinha ido embora. Meu peito ficou apertado, eu achei que repetiria aquela f**a, tinha gostado da forma como o corpo dela reagiu na primeira vez, mas no fundo me sentia aliviado. Não podia negar que ela mexeu comigo, o tempo foi passando e nunca a esqueci.
Até o dia que seu avó avisou que iria buscar os netos, explicou do acidente. Mesmo não querendo pensar, meus pensamentos levaram a ela, a minha ruivinha fujona, como ela estaria depois desses três anos longe daqui.
Quando a vi subindo o morro com o avô e o garotinho, fiquei fascinado. Ela parou próximo da Sara e da Priscila, chorando mundo. Ali meu irmão eu sabia que estava muito f****o. A mina estava linda, ganhou corpo, postura de mulher, mesmo ela triste e fazendo questão de ignorar minha presença.
Pensei que o garotinho era seu irmão, mas quando olhei, na casa do Canibal. Rapá foi como me vê pequeno.
Tem um porta retrato na sala da minha mãe que o garoto sou eu todinho, pele morena, cabelo lisinho, olhar puxadinho. Fique hipnotizado olhando aquela criança, e quando ele me deu aquele carrinho, acabou levando meu coração de assalto.
Mesmo tentando ficar longe, meu pensamento era procurar, descobrir a verdade. Não tem como negar que Henrique seja meu. E apesar de tudo, estou feliz em ter um filho e espero ter tempo de ser um pai pra esse garotinho, o pai que eu nunca tive. Compro o carrinho gigante que prometi, mas falta corragem pra entregar.
Os dias passam e te falar, hoje evantei incomodado, disposto a descobrir a verdade que está na cara. Falo com o Canibal, que me fez vê o merda que sou.
Acabo de lê o dossiê e me sinto um lixo. Saber que falei um monte de merda quando a mina foi dizer que estava grávida e por isso ela não me contou, me deixa m*l.
Guardo a pasta, passo em casa e pego o carrinho, o porta retrato e subo na moto. Respiro fundo e vou até a Clara, seu avô está no mercadinho e Henrique assim que me vê corre pra falar comigo.
- Oi tio, ocê toxe memo o calinho pra mim ?
- Oi garoto, eu falei que vinha, só me enrolei um pouco no trabalho, mas tá aqui o que prometi.
Ele correu para os meus braços e senti meu coração acelerar quando ele me abraçou.
- Bigadu tio é lido o calinho eu até pode enta aqui de tão gadão.
- Depois vou te levar pra da uma volta com ele valeu.
Ele concorda, agora diz aí cadê sua mãe?
-ta lá
Ele diz apontando pra casa.
Chama ela lá pra mim? e ele vai correndo.
E logo volta todo sorridente, puxando a mãe para mostrar o carrinho.
- O que você está fazendo aqui?
- Vim trazer o carrinho do meu garoto, e não adianta você negar. Tiro do bolso o porta retrato e entrego em suas mãos que olha e não responde nada.
Não vou ser um filha da p**a com ela outra vez, então, baixo a guarda. Quem errou fui eu .
- Eu vim te pedir desculpa aí pelos vacilos, sei que não vou poder voltar atrás e recuperar o tempo na vida do Henrique.
Mas eu tô feliz de ter esse filho e que a mãe seja você. Pode parecer loucura e tu pode nao acreditar, mas você foi a única mulher que mexeu comigo de verdade e eu tive medo de ficar perto de você.
Hoje eu percebo como estava errado e não vim aqui brigar, mas te pedir desculpas, perdão por tudo e implorar que conte pra ele que ele tem um pai e sou eu.
O morro tá em guerra, e eu tinha que vim aqui te dá esse papo.
Se algo não sair bem, procura minha mãe e pede pra pegar a chave na casa dela no meu antigo quarto.
A senha do meu cofre é Clara, tudo que tem lá é dele você me entendeu.
Nesse momento meu rápido apita:
- Na escuta
- Tem gente na estradinha que dá na mata chefe
- Todos em posição. Conta dez que chego aí.
- Já é
- Clara é isso, ela só me olha sem dizer nada, caminho até o Henrique.
- Aí garoto, o tio vai trabalhar, obedece sua mãe tá bom.
- bigadu tio
Ele me abraça e nesse momento ouço algo que me fez travar.
- Henrique tio não, esse aí é seu papai que você tanto queria conhecer.
-Oce é meu papai? Oba!
- Eu sou. Respondo deixando lágrimas rolarem de meus olhos, e ganho um beijo.
- Bigadu papai
Faço carinho no seu cabelo, olho pra ela e noto que ela está chorando.
- Valeu aí por contar pra ele mesmo eu não merecendo.
Depois nós conversa, fecha tudo que o morro tá sendo invadido.
- assim que saio a ouço falar.
- Toma cuidado, eu subo na minha moto em direção à boca principal, hora de defender a minha comunidade, felizão por ela ter contado a verdade ao meu filho, e por ele ter me chamado de papai.