Capítulo 4

772 Words
Pilar — O que é o amor para o Marquês? — Eu ainda não sei... Eu quero saber o que é o amor... E quero que você me mostre... Eu quero sentir o que é o amor... E sei que você pode me mostrar... — Suas palavras me encantam... — Tudo em ti me encanta, Mileyde. O Marquês pegou na minha mão com candura e a beijou. Depois ficou segurando, pousado no verde. Na relva macia. Estávamos deitados de lado, em frente ao outro, apoiados pelos nossos cotovelos. No meio do campo de flores, a primavera chegou com tudo, minha estação favorita. Ficamos há uma distância da mansão. Danna era a minha dama de compania nesses dias que o senhor Marquês veio para me cortejar. Ela sempre nos dava privacidade, ficando uns centímetros afastadas. Nenhum momento ele foi atrevido comigo, embora algumas vezes gostaria secretamente que fosse. O nobre me causava estranhas sensações de prazer que se concentrava em meu ventre. — Posso tocar-lhe o rosto? Pediu, consenti de imediato. Soltou minha mão e seus longos dedos tocaram, usando somente as pontas dos dedos na pele da face... Desejando fechar os olhos, ao mesmo tempo que não queria perder a oportunidade de olhar esse rosto tão lindo. Ele traçava as linhas com bastante ternura; nas maçãs, nariz, queixo e quando tocou nas pálpebras fui obrigada a cerra os olhos. Sentindo os dedos até nos meus cílios, no momento de puro desejo e um impulso que jamais havia experimentado, avançei e meus lábios tocaram os seus. Seus dedos pararam o carinho. Abri os olhos e me afastei envergonhada pela atitude ousada, sem coragem de olha-lo. — Por que se afastou? Não gostou? — Questionou ele, seu tom era de preocupação. — Pelo ao contrário. — Respondi baixinho. Sua mão grande tomou a lateral do meu rosto, inclinado para olha-lo. — Então continue, não se afaste de mim, não precisa se afastar, nunca precisará fazer isso. Tomada por uma emoção espontânea, verdadeira, aproximei da sua boca, encostando mais uma vez nos seus lábios. Assim dei vários beijos na sua boca quente. Não sabia beijar, nunca havia provado os lábios de um homem, queria que ele me ensinasse... porém, o Marquês Julian Savar só ficava parado deixando fazer o que quisesse. De repente ao encostar os meus lábios, abri um pouco a boca, deixando a língua toca-lo suavemente, lambendo seus lábios e ao fazer isso sua boca também se abriu e sua língua roçou na minha levemente. Ficamos nos tocando com a ponta das nossas línguas um bom tempo, até que tomada por uma força possessiva enfiei a ela por completo dentro da sua cavidade bucal que se abriu mais para me receber. Segurei seu rosto, alisando seus cabelos. Ao tomar iniciativa ouvia-se seu gemido, isso me deu asas para avançar ainda mais, estava me sentindo uma devassa. Minha língua ganhou espaço, aprofundando cada vez mais o beijo tímido do início, enroscando nossas línguas numa fome que me surpreendeu, rapidamente aprendi a suga-lo com volúpia. Quando percebi o Marquês estava deitado me abraçando e metade do meu corpo estava sobre ele. Puxei o seu rosto com posse, enfiando meus dedos entre os seus cabelos negros, enquanto o beijava loucamente, tomando tudo dele. Me senti uma mulher dominante, porque podia controlar o ritmo dos nossos beijos. Sua língua também trabalhava, só que ele permitia que eu comandasse o ato, chupando sua língua, provando seu sabor viciante, bebendo os gemidos que deixava escapar sem reservas. Pensamentos eróticos, carnais ganharam vida na minha mente, chocando-me. Não era eu, não sou assim, sempre fui sensata... mas era tudo tão... tão gostoso e tentador. Puxei o seu lábio inferior sem vontade de parar, finalizando o nosso primeiro beijo. Meu primeiro beijo. Abrimos os olhos devagar, ao mesmo tempo, vendo ele ali deitado e rendido, sentindo-me imensamente poderosa. — Seus lábios são doces como o mel, um gosto inigualável, sua boca é perfeita, controladora, dominante e feroz. Do jeito que adoro. — Eu... não sei o que há em ti que me deixou assim... eu nunca... foi o meu... — Primeiro beijo? — Completou ele, deixando-me desconcertada. — Sim... — Respondi timidamente. Ele se sentou, me levando junto com ele. Estava aconchegante em seus braços fortes, nos olhava-mos intensamente. — Foi magnífico... Quer se casar comigo? Me daria essa honra? Tirou do bolso uma aliança cravejada de diamantes. — Sim... meu Marquês. Animadamente estiquei a mão direita, ele colocou a jóia no dedo anelar sem perder o contato visual. Tudo era mágico... o cenário... ele... Agora sim, finalmente, minha história de amor vai começar. — Sim. Seu. Todo seu, para sempre.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD