A SABOTAGEM

1513 Words
Eu precisei focar em uma outra coisa, eu decidi deixar aquela história morrer e enterrar tudo aquilo dentro de mim, decidi que já era hora de eu avançar com coisas mais importante do que aquela jornalista. Tranquei a p***a do quarto com uma chave, para ninguém entrar. Inclusive eu, se olhar para ela até enjoar não havia funcionado, eu iria então entrar em abstinência de Laura, até que aquele vício maldito passasse de vez.  Mas antes que isso acontecesse, antes da minha desintoxicação eu resolvi ir até a frente do prédio dela, jurei que seria a minha despedida daquela infeliz. Eu a tiraria do meu pensamento, mas só mais uma vez... m*l não ia fazer.  Saí do carro e fiquei parado em um poste, olhando fixo para o apartamento, torcendo para aquela desgraçada sair alguma vez na varanda, para que eu pudesse olhar para ela. E quando eu estava quase desistindo ela saiu pelo hall do prédio com um monte de coisas nas mãos... Estava indo para o tal trabalho que eu havia conseguido, eu tinha uma influência do c*****o, então resolvi fazer um agrado. Não me julguem, ninguém pode ser totalmente mau o tempo todo não é mesmo?  Ela me viu, ficou olhando vidrada para mim enquanto entrava no maldito carro, com aquela boca deliciosa aberta, aposto que ela ficou ofegante... Mas algo me chamou atenção, o olhar finalmente não era de medo.  Quando ela foi embora, eu entrei no meu carro e retornei, tinha coisas a resolver disse para mim mesmo dentro do carro "Bom Victor, foi a última vez! Agora é seguir a vida e f**a-se"  Pronto, eu era decidido, eu havia tomado a p***a de uma decisão, e agora ia dar tudo certo.  Avancei bastante com minhas investigações, e consegui parar de focar em Laura, e comecei a focar no cadáver que ainda ficava dentro do meu armário me olhando, medindo as minhas atitudes e reações diante da vida. Rosa ainda estava ali, assombrando a minha vista, querendo justiça. Finalmente eu havia colocado a mãe naquele filho da p**a estuprador de merda, finalmente eu iria atingir o cara aonde doía. E eu estava feliz, feliz por que era por ela! E eu poderia finalmente enterrar a Rosa em minha cabeça de uma vez por todas. Eu me pegava pensando entre um copo e outro de uísque como eu era aprisionado por minha ideias e fixações, eu mantinha Rosa viva, e finalmente eu poderia encerrar aquele capítulo. Eu não disse que a história de ver aquela mulher uma última vez funcionaria? Consegui focar em outra coisa, eu era um vencedor. Alguém que estava no controle de todas as coisas, todos os assuntos da minha vida. Eu sabia que tinha um botão de ligar e desligar dentro da minha cabeça, e eu finalmente desliguei! Pronto, ela havia desaparecido como fumaça.  Eu precisava dar uma volta, precisava tomar um ar... Precisava apenas dirigir sem um rumo certo para recobrar o meu juízo que eu havia perdido  totalmente. Eu não sabia para onde ir, eu não tinha lugar para retornar, eu não tinha casa.  Eu dirigi sob as luzes da cidade mas absolutamente nada poderia me satisfazer. Decidi voltar a minha gaiola dourada, e entre o tédio e o ócio eu me peguei pensando nela.  p***a Victor, se controla! Não  falha agora não... Você a matou dentro de você a algumas horas atrás, e estava acabado!  Não adiantava... o nome "Laura" ecoava na minha cabeça milhares de vezes sem que eu percebesse.  Eu tinha que reagir. Voltei a minha casa, e liguei para  contratar uma p****************o, minhas especificações foram o problema, eu poderia pedir uma loira, uma ruiva,  ou qualquer outra mulher do mundo, mas eu pedi uma que fosse baixa, cabelos castanhos longos e lisos, e já era o suficiente para embaralhar a minha mente com uma Laura possível para mim. Quando eu desliguei o maldito telefone, eu me repreendi em pensamento pela escolha terrível no cardápio, isso não ajudaria em nada a minha promessa de me desintoxicar, p***a eu costumava ser mais resistente que isso. Não me dava o luxo de cometer esse tipo idiotices.  Ela veio rápido, meus pedidos era uma ordem. Eu pagava bem, e em dinheiro vivo.  Eu fodi aquela p**a forte,  tentando tirar aquele demônio dentro de mim, evitando que ele sussurrasse alguma loucura nos meus ouvidos, a minha intenção inicial para chamar a prostituta era me livrar da jornalista,  tirar aquela infeliz do meu pensamento! Mas como se eu estava obcecado? Quadros nas paredes, mulheres parecidas, até o nome dela saia delicioso pela minha boca quando eu me pegava repetindo. No meio da transa eu me peguei colocando a mulher de quatro para não ter que olhar nos olhos  enquanto eu me enterrava dentro dela, fechei os meus olhos e imaginei que era Laura ali, enrolei as minhas mão no cabelo longo, e fodi ainda mais forte, mais fundo... enquanto o nome dela ecoava em minha mente de novo, e de novo, até sair pela minha boca baixinho no momento em que eu gozei.  Larguei a mulher ali mesmo, e senti o fracasso subindo pelo meu corpo, o fracasso de não conseguir me livrar, não consegui deixar para lá aquelas imagens. Eu pensava e imaginava como seria delicioso morder os lábios dela, como seria olhar nos olhos dela enquanto eu lhe daria prazer. Era mais forte do que eu... Era necessário.  - O dinheiro está em cima da mesinha, pega e pode ir. - Eu disse entrando no banheiro para me limpar.  E ela agradeceu e obedeceu, saiu fora sem que eu precisasse repetir. Mas aquilo não era suficiente pra mim, nunca seria. Tomei um banho rápido e me enganei de novo, vou dar uma outra volta, eu pensei... Era incrível a capacidade que eu tinha de falar a verdade para todo mundo, e mentir para mim. E lá estava eu, dirigindo tarde da noite para a casa dela... De novo e de novo não tinha fim o meu martírio! Até quando aquela maldita psicose ia durar?  Estacionei e saí para fora do carro, o meu olhar ficou fixo na maldita varanda... E eu esperei com paciência até que ela finalmente saiu. Ficou olhando fixamente para mim, e colocou um sorrisinho sacana no rosto aquela maldita, agora sim eu levaria séculos para tirar a imagem dela de sutiã, sorrindo daquele jeito da minha cabeça.  Ela sumiu da minha vista, aposto que entrou de propósito para me torturar. Eu decidi ir embora, mas algo me prendia ali, era estática! Eu não iria escapar.  E lá estava ela, pelada a filha da p**a, com um sobretudo por cima e descalça ela atravessou a rua correndo não se importando com a passagem de carro, gostava de risco, gostava de se mostrar daquele jeito e adorava me torturar. Ela se aproximou de mim, e eu senti o cheiro de vinho exalar da boca dela, ela estava chapada.  - O que está fazendo aqui embaixo vestida assim? - Eu falei bravo pra c*****o, eu podia matar ela ali  naquele momento . - Sobe agora para o apartamento! - Ordenei nem me importando com o que ela iria pensar - Ah pronto, eu não deixo ninguém mandar em mim, e agora eu criei alguém para mandar na minha mente... Ah meu Deus! - Ela gargalhou da minha cara, se aproximando mais, o sorriso lindo na boca, o cheiro de vinho se misturava com o perfume dela, mais uma coisa para eu não esquecer.  Segurei os braços dela com força, queria sentir a pele dela, queria sentir ela em mim, a puxei para mais perto e a agarrei, eu a queria demais, mas não daquele jeito, não naquele estado. Queria que eu fosse inesquecível, queria vê-la derreter nas minhas mãos, mas consciente de tudo, de que eu era o causador dos arrepios e da b****a molhada.  - Sobe agora para a p***a do apartamento, e vê se põe uma roupa decente no corpo, não me irrita Laura, faz o que eu estou mandando agora! - Eu falei olhando fixo na boca dela, estava tão perto... era uma tortura pra mim!  Ela simplesmente apagou no meu colo, eu nem sabia o quanto ela havia bebido! A peguei nos meus braços e subi com ela até o apartamento dela. Não foi difícil encontrar, ela deixou a porta literalmente aberta quando saiu. Era um lugar minusculo, mas tinha o cheiro dela por toda parte, eu estava dentro do mundo de Laura finalmente.  Eu a coloquei na cama dela ... Não a toquei mais, e nem poderia. Mas eu a observei dormindo, as expressões, a respiração a forma como ela se mexia, e a forma como ela virou de bruços e empinou a bunda...Nem levei como provocação, ela era sexy sem nem tentar ser. Eu a cobri para não esbarrar com aquela imagem, a olhei mais uma vez e saí finalmente do apartamento.  Porra, eu a deixei em segurança... E me sentia bem com isso, mas a tentativa de exorcismo havia sido falha, e se eu a queria antes... Agora eu a quero em dobro! 
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