Amon estava no meio da agitação da boate, nem era uma boate, mas sim uma casa de prostituição travestida de boate. Tinha deixado seu local de trabalho para aliviar o desejo sexu@l antes de casar..
Via as mulheres seminuas dançando, e estava cercado pelo som alto da música pulsante, pelas luzes cintilantes e pelo movimento frenético das pessoas dançando ao seu redor. Odiava aquilo.
E o aparelho auditivo que ele usa começa a incomodá-lo, criando uma sensação desconfortável que parece ampliar os ruídos da música irritante. A música alta batia dentro de seus ouvidos de uma maneira que o deixava ainda mais irritado, nem mesmo o ajuste do seu dispositivo parecia ajudar.
Uma mulher faz sinal para que ele a acompanhe, Amon a segue pelas escadas acima, entrou com ela em um quarto e acendeu a luz, a cama bagunçada, o deixou consciente que não era o primeiro cliente da noite, mas nem precisava usar a cama, era só fazer do jeito que costumava fazer, encostava a mulher na parede, colocaria um preserv@tivo e buscaria a satisfação.
Depois, era só pagar e ir embora, antes que matasse alguém ali, mas o sorriso da mulher a sua frente o irritou, mas isso não era novidade, mas o olhos n£gros e assustados que vieram em sua mente sim, conseguiria sentir org@smo se mastub@ndo sól olhando nos olhos daquela mulher, soube disso assim que m@tou um homem em cima dela, e Mori nem mesmo gritou. Só sentia muito, por não ter arrancado pedaço por pedaço do homem, a morte tinha sido rápida demais,e homens como aqueles mereciam uma morte lenta.
A mulher em sua frente se despiu. E passou a mão no peito dele, tentou enfiar a mão por dentro da camisa.
– Isso não. Tire as mãos de mim e vire para a parede.
A mulher fez, mas ele não sentiu nada, nem vontade de se aliviar, nada, mesmo..Ajeitou a calça, o sangue ainda estava quente pelos segundos que viu Mori, só de calcinha, jogou algumas notas na cama e saiu dali..
Precisa encontrar outra maneira de lidar com seu estresse.
Enquanto caminhava para fora da boate,tirou o pedaço do kimono do bolso, cheirou, o cheiro era limpo, bem diferente do cheiro da prostitut@ que iria lhe servir. Não sabia a necessidade de tanto perfume, e tão pouca roupa.
Um homem o parou..
– Tire as mãos de mim.
– O oyabun mandou um recado..
Amon parou para escutar.
– Disse que precisa estar vestido para um casamento, e o proibiu de mat@r Kazuo..
Tinha pensado em m@tar o seu futuro sogro, porque não queria enfrentar um casamento.
– Diga ao oyabun, que posso não mat@r Kazuo, mas posso fazê-lo se arrepender de me ter com genro.
– Não vou dar esse recado ao chefe, porque não quero perder a língua, diga você mesmo e se entenda com ele. – O soldado falou.
Amon caminhou para o carro. Se sentou no banco de trás. Arrancou o aparelho auditivo e jogou no chão do carro. Deu boas vindas ao silêncio.
Mas não podia ficar ali..
Foi para o volante, dirigiu por meia hora..
Quando chegou no destino baixou o vidro do carro para que deixassem entrar.
– merd@, Amon. Da última vez três soldados foram para o hospital, colabore.. – O soldado responsável pediu..
Amon leu rapidamente os lábios do seu interlocutor.
Estava em uma das bases da yakuza em solo americano.
– Só vou dormir no estacionamento, se nenhum deles pisar em meu pé, não vai ter problemas.
– Tudo bem.. Fiquei sabendo que se casa, parabéns.
Amon olhou para o homem.
– Não está mais aqui quem falou.
Ele entrou com carro, estacionou em um ponto mais afastado. Arrumou o banco do carro e se encostou.
Casar, ele que nunca tinha assumido um relacionamento, podia até fazer uma aposta com o oyabun, quanto tempo Mori demoraria para o odiar? Não demoraria muito, tinha consciência que era um bab@ca com a espécie feminina, e não tinha muito que podia fazer sobre isso.
E na cama? Na cama era pior ainda..
Socou o vidro do carro.
Esperou um tempo, mas não conseguiu dormir. Saiu e foi caminhar, um treinamento acontecia, e ele parou próximo.. Alguns homens se afastaram..
– Não.
Amon entendeu a vibração da garganta.. mas só obedecia um único homem nesta terra, e esse homem era o seu chefe máximo dentro da Yakuza.
Amon olhou para Goku e disse:
– E acaso jurei lealdade ou obediência a você, Goku?
Goku encarou Amon.. mas foi salvo pelo Oyabun que chegava.
– Amon..
Saiko percebeu que ele não escutaria, não da posição em que estava, assobiou, porque assobio ele escutava bem.
Amon se voltou para ele.
– Comigo no escritório, agora..
Amon encarou o chefe, não era medo, não tinha medo de ninguém, mas o seguiu por lealdade.
Amon se sentou de maneira descuidada.
– Querendo colocar fogo em Roma novamente?
– Não, oyabun, dessa vez, ,eu quero colocar fogo no mundo todo. _ A,mon respondeu
– Coloque fogo, Amon, mas tudo isso depois que se casar, e não pode sair mat@ndo soldados, quem ordenou que se casasse foi eu. Quer se entender comigo?
– No tatame, oyabun?
O oyabun deu um sorriso, gostava de homens com “peso” de homem.
Saiko puxou uma Katana e Amon uma faca, mas neste momento, o telefone do chefe tocou, era a esposa que o esperava para uma noite de casal na praia.. E o oyabun não deixaria sua rosa esperando.
Guardou a katana.
– Gosta dela? _ Amon perguntou.
Queria saber se o chefe gostava da esposa que tinha, talvez restasse esperança.
– Não, Amon, não gosto dela, sou perdidamente apaixonado pela mulher que tenho.
Saiko saiu e Amon ficou ali sentado, mas não se via capaz de amar, muito menos de ser apaixonado até a alma por uma mulher.
Nem tinha alma, açougueiros só tinha sangues nas mãos e gelo no coração.