Capítulo 4

2476 Words
AUTORA Pelo acontecimento no dia anterior, Christy acordou cedo e foi para o banheiro fazer sua higiene, e depois tomou um rápido banho, vestindo a mesma roupa que Mirela deu no dia anterior, depois de vestida, ela amarra os cabelos e vai para a cozinha, mas não vê sua mãe, apenas um bilhete colado em cima da panela em que estava a comida, que dizia: "Bom dia meu amor, levantei cedo hoje e fiz o café da manhã, tive que ir para o trabalho pois é muito longe para eu ir andando, tchau, se cuida!” Depois que Christy tomou café, ela foi para escola mais cedo do que ia sempre, chegando lá, ela entra na sala pois não tinha chegado ninguém ainda, ela se senta na quinta fileira e depois de uns 20 minutos os alunos começam a chegar, e olham para ela com nojo. Mas por último, chega Mirela com a maquiagem borrada o os olhos vermelhos, ela se senta na frente de Christy, mas antes fala com ela baixinho. — Oi. — Oi, você está bem? — Sim. A professora entra na sala e começa a aula, depois de três aulas, chegou o intervalo e todo mundo saiu da sala para comprar o lanche pois como era uma escola particular, não tinha lanche de graça e quando Mirela ia saindo, ela olhou para Christy que continuava sentada no seu lugar e diz: — Você não vem? — Não, vou ficar por aqui mesmo. — Nem pensar, você vem comigo mocinha — ela fala brincalhona. — Vou não senhorita Mirela. — Por favor, vem comigo, eu não tenho nenhum amigo aqui e eu não queria ficar sozinha. — Tá bom, eu vou com você! — Yes — ela comemora. Então as duas foram para uma barraquinha, onde vendia bolos e refrigerantes. — Eu vou querer um bolo de chocolate e um guaraná, e você? — ela pergunta a amiga. — Eu não vou querer nada não, obrigada. — Para com isso, diz o que você quer que eu p**o. — Não precisa de verdade, eu não quero te dar mais trabalho. — Que nada, eu só quero que você escolha o seu lanche, senão eu vou ficar muito chateada com você — ela faz drama. — Tá bom sua chata, eu quero um pedaço de bolo de leite e um guaraná mesmo. A vendedora entregou os lanches das meninas e elas saíram para o jardim que ficava no fundo da escola, se sentaram embaixo de uma árvore e ficaram conversando e comendo entre várias gargalhadas. E então elas, ouviram quando Jaime, Lucas e Gregório iam chegando aonde elas estavam, e então ele diz: — Você não tem jeito mesmo, né Mirela? — Sai daqui Jaime, por favor. — Quando chegar em casa, eu vou dizer a mamãe que você continua se encontrando com essa morta de fome! — Não é da sua conta o que eu faço ou deixo de fazer, e nunca mais chame minha amiga de morta de fome, você está me ouvindo? Enquanto os dois irmãos discutiam Christy só ficava ouvindo a conversa, e Gregório só ficava olhando para ela, pois ele se encantou por aquela menina ruiva de olhos verdes. — Ui, você ficou nervosinha irmã — ele fala debochado. — Vaza Jaime, me deixa em paz! — Você quer enganar quem, My? Eu te conheço mana, e você só está com essa aí por pena, porque você não consegue alguém do seu nível, só consegue alguém que só quer se aproveitar de você como essa aí, olha, já está até com as suas roupas! Quando Jaime terminou de dizer isso, ele sentiu seu peito se apertar por ter constrangido a jovem na frente dos amigos, e ela, ouvindo isso, deixou o resto de refrigerante e saiu em passos largos para o banheiro chorar como sempre fazia, Gregório saiu, nem disse nada ao amigo e foi atrás da ruiva. Já Mirela não aguentou e começou a chorar, sentada no chão, olhando para as duas garrafinhas de refrigerante juntas. — My, eu... — ele fala arrependido. — Me deixa sozinha, Jaime! — Mas... — Por favor — ela fala sem olhar para ele. — Vamos mano, deixa ela refletir sobre a vida. Nisso os meninos saíram e Mirela continuou lá chorando, mas de repente ela ouve passos se aproximando dela. — Eu já disse que quero ficar sozinha Jaime! — Desculpa, mas eu não sou esse tal de Jaime, posso sentar-me aqui com você? Mirela olha para cima e vê um deus grego, era um rapaz alto, de olhos castanhos, cabelos pretos, e estava vestido em uma camiseta branca, uma calça jeans preta e um tênis da Nike também branco. — Qual o seu nome? — Me desculpe, prazer, Zared ao seu dispor. — Mirela. — Você ainda não me respondeu se eu posso me sentar aqui com você! — Claro, fique à vontade! — Posso te fazer duas perguntas? — Claro. — Quem é Jaime? ele é seu namorado? E... por que você estava chorando quando cheguei aqui? — Não acha que essa é uma pergunta um pouco pessoal para se fazer não? — fala levantando as sobrancelhas para ele. — Desculpa, eu não queria ser inconveniente, se não quiser responder tudo bem, e me desculpa mais uma vez — ele fala um pouco gaguejando. — Não tem problema, eu estava só brincando, é bom mesmo conversar com alguém. — Então pode falar, estou te ouvindo. — Bom, Jaime é meu irmão e eu estava chorando porque não aguento mais viver em uma sociedade que tem pessoas que vivem de rótulos. — Como assim? O que ele fez para você? — É que eu conheci uma menina e ela é pobre, então a minha mãe e meu irmão ficam chamando-a de morta de fome, interesseira, e muito mais, ela até me proibiu de ficar perto dela ou de qualquer outra pessoa dessa classe. — Como podem falar assim de uma pessoa que não teve muito na vida? Nós somos todos iguais. — Eu já falei isso várias vezes, mas não adianta nada. Nisso, eles ficaram conversando e se conhecendo, mas Mirela descobriu que ele tinha 18 anos e estava no terceiro ano do ensino médio. CHRISTY Depois que saí da árvore que estava, fui direto para o banheiro, pois era lá que eu passava a maior parte do tempo, fui humilhada pelo irmão da menina que já estava considerando minha amiga e o primeiro menino que eu achei bonito, mas ouvir ele dizendo que eu era interesseira e que já estava com uma roupa da irmã dele, foi demais para mim. Quando estava entrando na porta do banheiro, uma mão segura o meu braço me impedindo de entrar, e com a outra mão tento enxugar as lágrimas que insistem em cair, mas antes mesmo dele dizer alguma coisa eu disse: — Me solta por favor, não me machuca, eu não sou tudo aquilo que aquele menino disse de mim! — Eu acredito em você, e não vou te machucar. — Então por que está aqui? Veio zoar de mim outra vez? — Não, eu vim dizer que uma garota linda como você não precisa chorar pelo que um i****a falou! Christy ficou conversando com Gregório, e ela contou um pouco da vida dela e ele dá dele, mas antes de cada um ir para a próxima aula, eles se despediram e Gregório deu um beijo na bochecha dela, que fica vermelha com o ato inesperado. * * * No outro dia Christy estava deitada quando ouviu alguém bater na porta, ela ficou com medo e esperou mais um pouco, porém como não ouviu mais nada então resolveu ir lá ver o que era, ela pegou uma vassoura e foi devagar para a porta. Chegando lá vê que não tinha ninguém, apenas uma sacola um pouco grande e um bilhete em cima, ela pega e leva para dentro de casa e se senta em sua pequena cama, começando a abrir a sacola. Lá dentro viu várias roupas de todos os tipos, maquiagem e perfume também, ela ficou pensando em quem foi que mandou, então resolveu ler o que estava escrito no papel. Oii meu amor, desculpa se eu te assustei, pois eu sei que não vai ninguém aí, bom, espero que goste são roupas novas, escolhi com muito amor, te amo minha princesa... Ass: Maria — Mãe você e incrível — ela fala sorrindo para si mesma. Ela se levanta e vai sorridente para o banheiro tomar banho para ir para escola, depois de banho tomado ela se enrola em uma toalha e se enxuga, veste um par de lingerie azul forte e uma calça jeans preta, com uma blusa branca, deixa os cabelos soltos e calça um tênis branco. Desce para cozinha e come biscoito com chocolate e depois que acaba, pega os materiais do colégio e vai para a escola toda sorridente. JAIME Desde ontem eu não sei o que pensar, pois marquei de ir me encontrar com a Raquel na praça de alimentação do shopping, mas estou preocupado com o Gregório e a Christy, pois na discussão de ontem onde eu envergonhei ela, ele foi atrás dela e logo depois, quando voltou, estava muito sorridente, eu não sei o que é que está acontecendo comigo e nenhum dos meus amigos vai ficar com aquela garota a não ser eu. Bem, eu acho que estou ficando louco, como é que eu digo uma coisa dessas? Oh meu Deus preciso de um banho bem gelado para eu voltar ao meu normal... Tiro minha roupa e entro no banheiro, coloco a banheira para encher e depois entro, fico relaxado para me acalmar, depois de uns vinte minutos saio da banheira, enrolo uma toalha na minha cintura e vou para o closet. Pego uma cueca box preta, um short jeans verde e uma camiseta branca junto com os meus óculos de sol, vou tomar café no jardim. Chego no jardim e minha irmã já está lá tomando uma vitamina de frutas vermelhas, e mexendo no celular, ela estava vestida com um vestido verde soltinho e muito curto, ela está com uma trança no cabelo e com uma maquiagem um pouco forte, juntamente com uma sandália rasteirinha. — Bom dia, My. Ela me ignora. — Sério mesmo que você não vai falar comigo? Ela não liga para mim. — Tá bom então. Depois que eu acabei de tomar café, fui para o meu carro e fui para o colégio, chegando lá, eu encontrei os meus dois amigos. AUTORA — Bom dia, bro! — Bom dia, cadê a Mirela? Ela não veio hoje não? — Eu não sei, ela não falou comigo desde ontem! — Também né mano? Você pegou muito pesado ontem! — Do que você está falando? Da morta de fome? — Se eu fosse você, parava de chamar ela assim, não é porque você tem dinheiro que tem direito de chamar as pessoas do jeito que você quiser! — Você agora vai me dar lição de moral é? — Olha que não é uma má ideia, pois pelo jeito você não tem um pingo. — Chega manos, somos amigos, vão brigar agora por causa daquela menina é? — fala Lucas. Antes mesmo que algum deles respondesse alguma coisa, eles viram quando Christy entrou na sala muito bem vestida, e mais bonita, mostrando toda sua beleza. — Meu Deus! — O que aconteceu com ela? — perguntar Jaime. — Eu não sei mano, mas ela está muito gata! — Ei amigos! Quer saber o que foi que aconteceu com ela? — Gregório fala sorrindo. — Você sabe? — Claro, eu fiquei com ela ontem depois da humilhação que você a fez passar — ele aponta para Jaime. — Como assim mano, você ficou com ela? — Não do jeito que você está pensando retardado — ele revira os olhos. — Ufa. — O que foi Jaime? Por que você está suspirando assim? está apaixonado é? — ele debocha. — Claro que estou, vou na sala da Raquel agora! — Vai lá, pois eu tenho que acertar o meu encontro hoje à noite. — Quem é a sortuda? — Lucas perguntar interessado — Em breve você saberá! MIRELA Depois do café da manhã, eu fui para o colégio com o motorista, mas eu ignorei o meu irmão e pretendo ignorá-lo pelo resto da semana, quando cheguei lá, fui direto para a minha sala e vi que Christy ainda não tinha chegado, mas depois de vinte minutos, ela chegou muito linda por sinal. — Oi Christy, você está linda — falo sorrindo. — Obrigada My, mas não quero trazer problemas para a sua vida e nem quero que você brigue com a sua família por causa de mim, então acho melhor você não falar mais comigo. — Ei! eu não vou deixar de falar com você porque a minha mãe ou o meu irmão não querem, nem pense nisso garota. — Mas eu me sinto m*l por você estar levando bronca por minha culpa — ela fala sincera. — Não se importe, tenho que te contar uma coisa que aconteceu comigo ontem — ela muda de assunto. — Certo, o que foi que aconteceu ontem? — Na hora do intervalo eu te conto! — Está bem. Depois que eu falei com ela, fiquei muito mais feliz pois eu não sei porque, mas quando eu falo com ela sinto como se estivesse falando com alguém da minha família, as aulas passaram e chegou o intervalo, eu e Christy fomos as primeiras a sair da sala e fomos para árvore que ficava atrás do colégio, para conversarmos. — Ontem eu conheci um menino muito lindo. — Onde foi? — Aqui mesmo, debaixo dessa árvore. — Qual o nome dele? — É Zared, tem dezoito anos e estuda aqui no colégio mesmo. — Que máximo! — Verdade, estou feliz com isso, e você tem algo para me contar? — A minha mãe arrumou um emprego. — Sério? Que bom! Onde é? — No Hospital Samaritano. — Meus parabéns, amiga, meu pai trabalha lá também. — Sério? — Sim, mas mudando de assunto, o que foi que aconteceu quando você saiu daqui ontem? — Quando eu saí daqui eu fui para o banheiro chorar como sempre fiz, mas antes de entrar alguém segurou o meu braço e quando virei para olhar, era um menino, ele era até bonitinho e aí a gente começou a conversar... — Qual o nome? fala aí para ver se eu conheço! — Eu acho que você o conhece, pois ele é um dos que andava com o seu irmão. — Qual dos dois? Lucas ou Gregório? — Gregório. — Ele é diferente. — Eu percebi — ela sorri. Mas o que as duas não sabiam, era que Gregório também era amigo de Zared.
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