LIBERDADE CONDICIONAL - Em busca da verdade

capítulo 04

Metralha narrando

Já fazem 8 anos desde o ocorrido e agora eu sou o dono do morro, precisei arrumar uma babá pra cuidar do lucca enquanto ele ainda era pequeno, então chamei a Daiane, ela era uma mina que eu ficava aqui no morro, lucca gosta dela pra caramba, só que com o tempo a mina começou a misturar as coisas e como o lucca já tá "grande" ele não quis mais babá, disse que já pode se virar e ficar sozinho.

Eu sempre agi na transparecia com ele, ele sabe que não sou o pai dele e eu também contei sobre a mãe dele, disse que ela tá presa faz 8 anos e que quando ele nasceu ele foi trazido pra mim ja que eu era o único parente vivo tanto na parte do pai dele, e pelo que puxei dessa mina, ela não tem ninguém. Eu odeio essa mulher com todas as minhas forças, mais eu nunca fui capaz de fazer a cabeça dele contra ela, sempre deixei ele ciente de todas as paradas e agora cabe a ele as decisão e sentimentos que ele terá por ela.

Nunca fui bom crianças, mais o lucca parecia que entendia isso e nunca se quer me deu um pingo de trabalho. Sempre foi uma criança tranquila e nem de chorar ele era. Como ele tá com 8 anos já, eu decidi deixar ele em casa sozinho assim como ele queria, só que fico preocupado e toda hora fico indo lá ver o que ele tá aprontando. Daiane fez o maior show quando eu disse que ela não precisava mais aparecer aqui pra cuidar dele porque agora ele não precisava mais e ela disse que isso não era justo, que ela cuida dele desde quando ele era um bebê e que ela se apegou nele e agora eu tô separando eles, só que me liguei que não era tudo isso quando ela perguntou como a gente ia ficar e eu entendi que não era pelo meu meno o show dela.

Tava na boca resolvendo as paradas da carga que tá pra chegar. Tô vendo a melhor rota já que o Mendes tá na minha cola e só esperando uma brecha pra me pegar. O Lucky entrou na sala e eu levantei o olhar pra ele.

Lucky: ae, o mano da penitenciaria quer falar com tu .- ele fala me entregando o celular e eu já sei que vem b.o pela frente

Metralha: visão?.- eu atendo e espero pra ver o que tá pegando.

Ramos: ae patrão, o tal dia chegou, a va.dia acabou de receber o alvará de soltura.- ele fala e eu ja levanto nervoso

Metralha: assim que ela sair eu quero que me avise, vou mandar meus homens atrás dela.- eu falo com ele e o Lucky me olha sem acreditar, estamos esperando isso a 8 anos pra poder vingar o meu irmão.

Ramos: pode deixar patrão, assim que ela sair eu aviso o senhor.- ele fala e eu desligo.

Ligação off

Metralha: manda uns dois vapores pra penitenciaria, quero saber pra onde ela vai porque pelo que sei ela não tem nada e nem lugar pra ir e eu tenho certeza que ela logo vem atrás do filho dela.

Lucky: pode pah, vou mandar eles seguirem ela e avisar quando ela parar em algum lugar que dê pra trazer pra ela.- ele fala e eu confirmo.

Sentei de volta na minha cadeira já bolado, não sou a favor do sistema não, mais no caso dela era melhor ter ficado lá, porque ela estava bem mais segura lá dentro. Vou matar ela da pior forma possível, mais antes eu quero saber porque foi que ela fez aquilo com o fantasma, meu irmão estava apaixonado por ela.

Lucky voltou dizendo que já tinha mandado os caras pra penitenciaria e depois de uns 20 minutos o Ramos ligou de volta avisando que ela já tinha sido liberada. Peguei meu rádio e chamei o Pato que saiu com o batata.

Radio on

Metralha: atividade aí os dois, quero saber todos os lugares que essa filha da pu.ta tá indo e assim que achar uma brecha pode trazer ela pro morro se ligaram?

Pato: pode pah chefe, assim que a gente achar ela, já vamos leva-lá pro morro.- ele fala

Rádio off

Metralha: to indo em casa ver como tá o lc, qualquer parada me aciona jae.- eu falo pra ele que confirma e eu saio com ele da minha sala trancando ela.

Subi na minha moto e antes de ir direto pra casa, eu passei na lanchonete da Terezão e peguei dois lanches pra gente comer, hoje não tô afim de fazer comida não então vamos ficar na besteira mesmo. Peguei uma coca de 2 litros, os dois lanches e meti o pé pra casa. Ainda não decidi se vou contar pro lc sobre a mãe, ainda mais porque minha intenção é acabar com ela e independente de tudo, ela é mãe dele.

Cheguei em casa e a Daiane estava sentado do lado dele na sala e assim que me viu ela já levantou toda de sorrisinho.

Dai: oi Metralha, eu tava com saudade de vocês, então vim ver como vocês estavam e como a dona luzia não veio hoje, eu já aproveitei e fiz uma comida pra vocês.- ela fala e eu olho pro lucca que dá de ombros.

Metralha: valeu aí daí, mais eu comprei lanche.- eu falo passando pra cozinha e ela vem atrás de mim.

Dai: eu sabia que você ia comer essas porcarias por isso resolvi fazer janta, você pode deixar esse lanche pra depois e comer minha comida que eu fiz com tanto carinho pra vocês.- respirei fundo já perdendo a paciência.

Metralha: jae, agora vai lá que eu preciso resolver uma paradas com o lucca jae.

Dai: mais nos não vamos jantar ?- ela fala e eu perco o resto de paciência que eu ainda tinha.

Metralha: NÃO POR.RA, QUANTAS VEZES VOU TER QUE TE FALAR QUE JÁ ERA, TU NÃO É MAIS A BABA DO LUCCA ENTÃO SEGUE TUA VIDA .- ela se assusta e começa a chorar, ela me dá as costas e sai andando em direção a saída.

Lucca veio pra cozinha e sentou na mesa sem falar nada. Coloquei os lanches na mesa, peguei dois copos e a coca e ele levantou pra pegar os molhos. Comemos em silêncio e eu ia procurando uma forma de falar pra ele sobre o que estava acontecendo, mais não acho que seja uma boa ideia, já que minha intenção é matar ela.

Ligação on

Pato: ae patrão, nos perdemos epa de vista assim que ela desceu do onibus, mais uma moca disse que viu ela caminhando aqui perto do galpão.- ele fala e na hora eu paro pra pensar sem entender

Metralha: galpão?.

Pato: sim, o mesmo que ela matou o fantasma e foi presa.- ele fala e na hora eu não consigo acreditar que ela teve coragem de voltar lá, e muita burra mesmo.

Metralha: e pra pegar ela e trazer pra mim c*****o, se vocês perderam ela, eu mato os dois.- eu falo e desligo a chamada

Ligação off

Lucca: o que tá acontecendo tio ?.- ele pergunta e eu respiro fundo.