Humilhada

1112 Words
Jade Voltei a me misturar na festa e procurei a minha amiga, Alexia. Eu não a encontrei onde a deixei, mas ela estava lá no camarote, grudada com o problemático dela. Vi também a minha irmã com aquele Juninho que a engravidou. Ela sempre vai pelo caminho contrário. Impressionante. Eu tentei passar para o camarote, falei até ao segurança que eu era amiga da Alexia e do Charada. Não é possível que dizendo isso e contando também todas as outras vezes que já subo neste camarote, se eles não vão me deixar entrar. — Não senhora. — o rapaz colocou a mão no meu peito, tentando me parar. — Mas eu sou amiga da Alexia e do Charada. Tu conhece o Charada, não conhece? Ele olhou pro outro e ficaram rindo de mim. — Ela acha que a gente cai no golpe. — apontou pra mim com o polegar estendido. — Olha aqui, gata, a gente já ouviu essa história umas 50 vezes só hoje. Se manca daqui e vai curtir a pista que camarote só entra quem é vip. Com pulseirinha, tá ligada? — ele segurou a pulseira que estava em seu braço. Olhei para lá, dentro do camarote, e vi a minha irmã passando por ali pra ir a algum lugar sozinha. — Driele! DRIELE! — exclamei seu nome no meio do pessoal. — DRIELE! Ela me viu. — Vem cá na portaria! Os seguranças olharam pra ela. — Ela é minha irmã. — eu expliquei. — Me deixa passar. DRIELE, VEM AQUI DIZER QUE É MINHA IRMÃ! — Tu é irmã dela? — um dos seguranças perguntou. Driele ficou olhando pra mim. Se ela fizer alguma palhaçada, eu vou ferrar com a vida dela. Ela balançou a cabeça em negação. — Nunca nem vi. — deu as costas e saiu andando. — DRIELE, VOLTA AQUI! VOCÊ NÃO PODE FINGIR QUE NÃO MINHA IRMÃ! Eu tentei passar pelos seguranças pra voar na goela dela, mas eles não me deixaram passar. — Dá um fora daqui, garota. A Driele tá zoando comigo. Ela pensa que eu vou deixar por deixar. Todo mundo pensa que pode zoar com a minha cara e nada acontecer, mas eu vou dar a volta por cima. — VOCÊS AINDA VÃO TRABALHAR PRA MIM. — avisei aos dois palhaços e saí dali, empurrando as pessoas que estavam pela minha frente. Um monte de gente reclamando dos meus empurrões e eu tava a um pé de socar a cara de alguém. A lerda da Alexia nem repara em mim! Só tem olhos pro babada do Danilo. Mais na frente, alguém me parou, segurando em meus ombros. — Jade, eu queria mesmo falar com você. — era o Carlinhos. — Falar o que? — revirei os olhos. — Eu não quero mais nada com você. — Jade eu prometo que eu vou resolver as minhas coisas e conseguir ficar com você. Eu vou desenrolar aquelas fita lá. — Não tô nem aí pra suas fita. Eu não quero mais nada com você. Tu não tem nada a me agregar. — tirei suas mãos dos meus ombros e quando resolvi seguir caminho, alguém me arrastou pelos cabelos, e me levou para trás. Foi forte e repentino. Eu me bati em quem estava atrás de mim. — Sua vagabunda, ladrona de marido! Biscate! — esta pessoa começou a me bater e eu nem estava conseguindo me equilibrar e encarar a agressora direito. Mas quando eu consegui, ela estendeu de novo a mão pra me dar um tapa. Era a mulher do Carlinhos. Ela me xingava de tudo quanto é nome e dizia um monte de coisas. — Você pensa que vai dar pro meu marido e ficar por isso? Ninguém mais aguenta a sua palhaçada, se envolvendo com nossos maridos! Tem mais? Eu segurei o braço dela. — Você me bateu porque me pegou desprevenida. Mas agora se tentar vai levar também. — ameacei com os dentes cerrados. E ela tentou. Ela tentou puxar de novo nos meus cabelos e em dar tapas, mas eu fui pra cima e lhe acertei em alguns também. No fim, me arrastaram pra longe e ninguém mais me bateu. Eu não me importo com elas, com nenhum das atuais deles. Eu não quero nenhum carta quebrado na minha cola. — Acho melhor cê ir embora. — um carinha sugeriu. — Tu já arranjou muita encrenca por hoje. — Agora nem na pista eu posso ficar?! — protestei. — Eu vou embora dessa p***a. [...] No outro dia... Eu fui pra casa da Alexia e fiquei ali no quarto dela pensando no meu plano para dar a volta por cima. Agora eu não quero só resolver as dívidas dos meus pais. Eu também quero subir na vida. Eu quero ser vip em todo lugar. A humilhação que eu passei na noite anterior não é algo que mereço. Eu passei a noite inteira chorando e me perguntando porque passo por essas coisas se eu não mereço. Eu mereço uma vida de glória. Eu mereço ser bem tratada. Foi s*******m. Ninguém apareceu pra me ajudar, pra me defender. — Então eu fiquei mais confiante, sabe? Vendo que tem outros caras que se interessam por mim. Parece que a pedra no meu sapato é mesmo o Danilo. — Alexia contava enquanto arrumava os cabelos. — Você vai se ferrar se o Charada souber que anda falando de outros caras. — Ele não vai saber e eu também não vou mais ficar sendo a coitada. Jade, o Danilo não me ama. Se ele me amasse, eu seria sua prioridade. — O que falta no seu namorado é juízo. Escuta, você não me viu lá na entrada do camarote não? — Vi. — ela sentou numa cadeira e se encolheu de cabeça baixa. — O Danilo não me deixou falar com você. — Foi ele?! — fiquei inconformada. — Que filho da mãe! Eu fui arrastada pelos cabelos pela mulher do Carlinhos! — Ele disse que você merecia. Esse Charada... ninguém merece. Ninguém merece. Eu levantei indignada. — Eu sei o que ele tá fazendo. Quer destruir a nossa amizade. — Jade, o Danilo é difícil. — Difícil foi o que eu passei ontem e a minha melhor amiga viu tudo e não fez nada porque estava lá, aos comandos do seu namorado abusivo. — mandei a real. Eu estava muito brava. — Já vi que não posso contar com você, Alexia. Não enquanto você for fantoche do Charada. — saí pisando firme dali. Amanhã eu começo meu plano de volta por cima. Sozinha. Eu vou dar o golpe naquele riquinho e ninguém mais vai se desfazer de mim. Ninguém mais.
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