Contra a parede

1254 Words
JADE Tudo indica que o meu amiguinho, Juan, dono da academia, se interessou muito pela Alexia.  Eu preferi deixar eles de lado na conversa, porque seria loucura assistir a isto tudo sabendo como será o fim. O Charada não aceita que nenhum cara chegue perto da Alexia, mas parece que ela levou muito a sério aquele meu conselho de viver um pouco mais e sair das regras dele.   Na minha volta pela festa, um i****a pegou na minha b***a, e quando olhei para trás quem poderia ser... O babaca do Charada.  Interessante que ele sabe que eu sou a melhor amiga da namorada dele, mas nunca me respeitou. Ele sempre puxa uma cantada, uma mão boba, sempre procurando uma brecha pra que eu dê mole e ele fique comigo.  Se eu não fosse sua amiga da Alexia, eu já teria ficado com ele, pelo tanto de cantada que ele já me deu.  Não posso negar o quanto ele é bonito e gostoso, ele é um t***o, mas como disse antes, ele é namorado da minha amiga, por mais que eu seja louca a ponto, por mais v***a que eu seja em relação as coisas que eu faço, eu não faria isso com a minha amiga.  Eu fiquei num canto, encostada numa parede fumando um cigarro, enquanto assistia a festa rolando. Eu estou fugindo daqueles Babacas que eu fiquei durante a semana.  O Carlos fica me procurando, achando que eu vou querer um cara quebrado como ele. Não é solteiro e bonito... ainda mais o cara ainda é quebrado, cheio de dívidas e é casado.  Dele eu só iria querer dinheiro, isso ele não tem pra me oferecer, então eu quero ele longe de mim. E o Dedé, esse anda me difamando aí por conta do que aconteceu entre a gente. Só pelas palavras que eu falei, aí parece que ele ficou magoado.  Mas como sempre digo, eu não gosto de mentir, não gosto de ficar dizendo uma coisa quem não é verdade. Eu também não saí falando pra ninguém sobre ele. Ele mesmo quem conta suas desgraças aos amigos, que ficam rindo da cara dele.  Eu não me importo com o que pensam de mim. Desde que eu consiga o que eu quero, pouco importa o que as pessoas estão achando que eu sou. Eu sei muito bem quem eu sou, isso já basta.  Quando eu olhei para o lado, lá vinha a minha irmã com uma latinha de cerveja na mão.  Ela só pode estar de brincadeira. Depois de descobrir aquilo, ainda aparece aqui no baile pra dar as caras. Aliás, eu estava procurando o babaca que a engravidou. Parece que ele está se escondendo de mim aqui na festa, mas quando eu o encontrar não vai dar outra. Só basta ver aquele topetezinho armado por aí, que eu vou encontrá-lo, arrasta-lo pelas orelhas e coloca-lo contra a parede pelo que ele fez com a minha irmã.  Ele está pensando que ele vai sair impune depois de fazer o que fez com a minha irmã? Quando ela me viu, mudou sua rota, mas eu fui mais rápida e a arrastei pelo braço para onde eu estava antes.  — Driele, o que você está fazendo aqui? Você não devia está em casa deitada e chorando porque está grávida?!  — Você que fique! Eu não tô morta não. Minha querida, as coisas não são assim. Eu não tenho 15 anos pra estar chorando pela gravidez na adolescência. Eu tenho 19 anos e claro que eu vou vir pra uma festa curtir. Meu filho não vai me parar.  — Isso que você pensa. — arrastei a bebida da mão dela e joguei no chão. — Sua jumenta, com 19 anos e não sabe que gravida não pode tomar álcool!  — Que seja, Jade. Você nunca teve nenhuma preocupação comigo, porque está preocupada agora? Quer o filho pra você? Porque não vai procurar um macho pra fazer com você. Se é que alguém ainda te quer... — olhou torto pra mim. Não demorou 2 segundos eu meti a mão nos cabelos da minha irmã e puxei de um lado. — Olha aqui, você está pensando o que?! Você acha que pode falar isso comigo e vai ficar por isso mesmo? Mas eu só não te bato porque você está grávida. Está ouvindo? — perguntei com os dentes cerrados.  Assim que eu soltei o cabelo, ela me encarou sem nenhum pouco de medo do que eu poderia fazer.  A minha vontade de meter um tapa na cara dela era grande, mas iria acarretar em uma briga que poderia causar m*l ao bebê. Então por ele eu não vou quebrar a cara dela hoje.  — Você se acha a tal não é? Se ponha no seu lugar.  — Se põe no seu lugar você, Driele! Cadê a p***a do moleque que te engravidou? — passei o olhar ao nosso redor e quando voltei para ela, a garota já estava longe.  Covarde.  Acendi outro cigarro, pois o meu já voou pra um lado na hora que eu fui arrastá-la pelo braço e eu nem percebi isso, mas quando eu estava dando uma tragada e me distrair, o tomaram da minha mão.  — Parece que não posso me distrair um pouco que chegar alguém faz alguma coisa comigo. E me dar migué, carregar as coisas da minha mão... — Olhe para ele.  Ele deu uma tragada no meu cigarro e depois soltou a fumaça e me entregou a droga. — Porque que você está fugindo de mim? Aliás, quem você acha que é pra falar com ele daquele jeito?  — Eu sou jade, prazer. — estendi minha mão para ele. Mas ele não apertou a mão. Não acho nem um pouco de graças na minha ousadia.  — Jade... jade... Você está brincando muito com a minha cara. Você não sabe do que eu sou capaz?  — Não tenho medo de você, Charada. Eu não sou sua namorada. Se afastada de mim, que eu não estou nem aí pra suas ameaças. Se você faz um, eu faço dois pior do que você.  Ele balançou sua cabeça em negação e segurou no meu queixo firme, apertando as minhas bochechas. — Não sei que que eu faço com você, garota. Acho que vou te passar lição. Se afasta da minha namorada, porque se souber que ela está desviada por causa de tu, eu quebro a tua cara.  Eu tentei falar, mas não consegui, então segurei o seu braço e arraste sua mão do meu rosto. — Você não vai apertar meu rosto e nem vai fazer ameaça nenhuma. Não vou deixar de ser amiga da Alexia por sua causa. Se você não tem culhões pra sustentar uma namorada sem precisar fazer ameaças a ela ou as amigas dela, a culpa não é minha. Se você fosse uma pessoa melhor, ela gostaria mais de você. — eu voltei a fumar meu cigarro na parede, ali tentando ver se ele sumia da minha frente. Mas ele encostou a mão na parede e veio pra cima de mim, como se tentasse me encurralar entre a parede.  — Que foi? — eu encarei de cabeça erguida. — Está querendo me beijar?  — Bem que eu podia. ia f***r com a tua vida e você nunca mais ia ser amiga da Alexia. Quem saber me livrava de você... — ele ficou encarando a minha boca, todo bravinho. — Não vou deixar de ser amiga dela por sua causa. Desiste. Esquece.  — Isso é o que a gente vai ver... 
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