Rainha não baixa a cabeça
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SINOPSE:
Jade nunca foi a mocinha. Ela era esperta demais para sofrer os dramas das garotas ingênuas. Ela tinha problemas reais. Família pobre, dividas financeiras, agiotas perseguindo seus pais, mas um amor fraternal incalculável e a sede de subir na vida. Ela queria resolver todos os problemas da sua família e depois disso, ter a vida dos seus sonhos. No quesito namoro, ela não se envolvia muito com ninguém. Ela queria um cara rico. Com muita grana. A grana que resolveria os problemas da sua família e Alexandre tinha tudo isso. Era o alvo perfeito. Mas no meio do golpe, ela acabou se envolvendo com Danilo, vulgo Charada, que fazia o tipo ciumento, ego maníaco e infiel incorrigível. Namorado da amiga de Jade, aliás. Jade então deve seguir com seu plano, mas será que Charada veio para agregar ou para atrapalhar tudo e revirar a vida dessa nossa vilã?
CAPÍTULO 1: RAINHA NÃO BAIXA A CABEÇA
JADE
"Se a minha vida é fodida, não é culpa minha. Eu não sou tão burra pra fazer essas cagadas comigo mesma".
JADE
"Se a minha vida é fodida, não é culpa minha. Eu não sou tão burra pra fazer essas cagadas comigo mesma".
Procurei a minha calcinha no tato. Batendo a mão pelo piso enquanto o resto do meu corpo ainda estava encima da cama.
Repentinamente, levei um tapa na b***a e em seguida fui arrastada pelos quadris para trás e fiquei de joelhos, enquanto ele me abraçava pelas costas e mordiscava o meu pescoço. — Vamos dar mais uma.
Eu sorri e coloquei minhas mãos encima das dele, que envolviam junto com seus braços a minha cintura. — Me poupe. Você m*l aguentou dar uma. — tirei seus braços de mim e levantei da cama, enquanto ele deitava nela todo depressivo.
— Quando falavam que você era péssima, eu não queria acreditar. O seu rostinho...
Encontrei a minha calcinha e a vesti sorrindo. — Não ponha a culpa no meu rostinho se o problema está em você. Sinceridade é uma dádiva.
— Você é sincera demais.
— Mentir é pecado. — vesti o short e calcei o sapato.
— A verdade dói. — ele estava massageando a cabeça do p***o, como se fosse fazer alguma diferença.
Eu tirei sua jaqueta de cima da minha blusa e arremessei para cima da cama. — Aprenda a conviver com essa dor. — arrastei a última peça de roupa que faltava e vesti, depois peguei a minha bolsa e mandei um beijinho no ar antes de sair. — Se serve de consolo, você quase me fez gozar.
Ele olhou pra mim com uma certa esperança.
Dei uma piscadela e fui embora.
Às vezes eu faço isso. É por puro t***o.
Eu sei que tem os brinquedinhos, mas eles não me beijam, não me chupam e também não gozam. Eu gosto dessas coisas.
Então, vez ou outra eu me interesso por algum bonitinho que tem um volume mediano nas calças. Dou uns amassos, uma fodida, se valer a pena eu até troco meu número com ele e marco mais algum encontro. Mas nada demais.
Eu quero peixe grande.
Eu quero alguém que me agregue. E quando eu digo agregar, quero falar que preciso de alguém que me traga dinheiro, que resolva os problemas financeiros da minha família.
Tem que me amar incondicionalmente para isso. Mas eu consigo realizar esse feito.
Eu só preciso da vítima.
Acendi um cigarro enquanto andava na direção do ponto de ônibus.
Alguns babacas que passavam de carro tiravam ousadia comigo. Eles me julgam pelo meu short curto, minha bolsinha de lado, minha blusa vulgar...
Eu sou uma v***a vulgar, mas sabe de uma coisa? Eu sou muito gostosa pra andar me cobrindo toda.
O que eu puder mostrar, eu vou mostrar.
— Caramba, que delicinha, morena. — um deles passou quase parando. — Quanto é o programa?
Baforei e olhei para ele, sem parar de andar. Um velho barrigudo com cara de batedor de punheta. Deve ter uma mulher que vive desgraçada, mesmo com a grana que tem, que imagino que seja muita, pelo carrão que ele anda.
Eu não tinha palavras contra aquele sorriso dele.
Só segui o meu caminho e mostrei o dedo do meio pra ele.
— Que isso, gatinha.
— Vai se f***r. — sentei no banquinho do ponto de ônibus e ele continuou me insultando até sumir com o carro.
Tinha uma senhora sentada no banco. Ela me olhou como se eu tivesse terminado de cometer um crime e estivesse toda suja de sangue.
Eu odeio quando as pessoas me olham assim. Me dá um tédio...
Passou-se minutos e o busão não passava.
Meu cigarro acabou e eu joguei a bituca no chão, apagando o que restou com o meu sapato.
A velhota ainda me olhava com seu jeito julgador.
— Qual é? — questionei incomodada.
Ela balançou a cabeça em negação e não disse uma só palavra.
— Eu fiz 6 períodos de farmácia. Não sou prostituta não tá? Sou universitária. — levantei do banco olhando pra mulher com muito orgulho.
Certo que faz 1 ano que eu tranquei a faculdade porque a gente tava fodido demais até pra quem é bolsista de federal.
Não tava dando.
Eu tive que sair pra trabalhar. Mas, ainda sim, o que eu ganho não dá pra quase nada.
O busão apareceu e eu entrei nele.
Encontrei a minha parceira risonha, Alexia e sentei logo ao lado dela. — Vem de onde, vaca?
— Do shopping. Fui fazer umas comprinhas. — ela levantou a sacola da C&A.
— Sozinha?
— Te liguei e você não atendeu. Tava fazendo o que tão longe de casa?
— O Dedé queria me f***r, mas ficou com medo da mulher e me trouxe pra cá.
Ela ficou de boca aberta. — Você deu pro Dedé? — olhou em volta, para o pessoal do busão, enquanto eu olhava para fora, pela janela. — Você tá louca?! A Diana vai te quebrar de tapa.
— Só quebra se eu tiver aleijada pra não me defender. — continuei olhando a rua. — Nem valeu tanto a pena. Gozou muito rápido.
— Jade! — ela mostrava seu espanto com um sorriso enorme.
— Que foi? — olhei na sua cara. — Foi a primeira e a última.
— Aham. — ela ficou desacreditada. — O Carlinhos não vai gostar nada de saber disso. E você sabe que eles são vizinhos...
— Carlinhos não vai fazer nada, porque ele também não quer que a mulher dele saiba. — permaneci tranquila. — Eu nem tô mais com ele. O cara tá quebrado, gastando tudo em TotalBet.
— Também, você quer sugar tudo!
Alexia tola.
— Quem pagou essas roupas?
— Eu. — ela deu de ombros.
— Então quem é a tola? Você namora com o cara mais rico da região. O Charada tá limpando o cu com dinheiro e você gasta o seu! Quem é a tola? Aprende, Alexia e deixa de ser capacho de macho. Os homens acham que jogam com as mulheres, mas as que são espertas jogam mais que eles e ainda os deixa pensando que são os maiorais.
Ela balançou a cabeça e riu. — Você é péssima.
— Se eles fossem bons, não estariam traindo as namoradas. — olhei novamente para fora e passamos pela frente de um restaurante. O busão parou no sinal. — Olha lá, Alexia. — apontei para um casal que parecia extremamente rico saindo de um carrão. — Eu quero aquela vida.
Ela se encostou em mim e esticou o pescoço. — Eu conheço aquela menina. Ela é filha dos patrões da minha mãe. Bem bobinha, mas estuda medicina. A mãe disse que ela arranjou esse namorado esses dias. Que ele é podre de rico. E não a família dele. Ele é podre de rico. Vende curso de ficar rico na Hotmart. Só vive ostentando.
Ele tem uma cara de fiel da p***a.
— Todo fim de semana ele dá um presente a ela. Só coisas caras. De mais de mil conto.
"Mais de mil reais toda semana?!"
Era bem o que eu precisava pra pagar tudo o que a minha família deve.
O busão andou e a gente os perdeu de vista.
— Me conta mais sobre eles. — fiquei bem interessada.
— O nome dele é Alexandre. Mas "todo mundo" chama de Xandy. Ele tem um escritório ali perto de onde a sua mãe trabalha. A "Fique Rico". Dizem que ele vive fazendo recrutamento.
— Recrutamento? — um sorrisinho brotou no meu rosto.
Essa conversa só fica melhor.
Acho que finalmente encontrei alguém que pode me oferecer o que eu quero.
Acho que eu vou dar uma sondada e quem sabe até catar esse boy.
Seria a solução para os meus problemas.
Chegamos no nosso ponto e descemos juntas.
A ladeira era longa e a gente morava bem lá no alto. Mas a nossa sorte estava ali de carro.
— Mozão! — o Charada deu um grito e um assobio. A Alexia ficou com um sorriso cheio de dentes e fomos juntas aonde o carro dele tava estacionado.
Charada tem um carrão. Todo ano ele troca de carro. Só carro do ano. Só carro de mais de 250 mil.
Esse era branco, bancos de couro caramelo, teto solar... É o carrão que eu queria andar todo dia.
Entrei no banco de trás e a Alexia no da frente, dando um beijo nele.
Charada além de rico e perigoso, é gostoso pra c*****o.
Ele é alto, n***o, forte, tem um sorriso lindo e uma voz sexy pra c*****o. E pelas olhadas que eu já dei nas calças dele, ele tem o tamanho certinho pra satisfazer uma mulher. É que vez ou outra, quando estamos juntas, eu e Alexia, ele fica de p*u duro e dá pra ver tudo.
— Jade tá indo pra casa? — ele olhou pra mim pelo retrovisor.
— Tô sim.
— Então eu vou te deixar em casa, amor. — ele segurou o queixo da Alexia. — E vou levar a Jade que mora mais longe. Depois eu passo na sua casa. Falô?
— Combinado. — ela ficou satisfeita.
Ele meteu o pé e subimos a favela.
A minha casa era uma boa caminhada da casa da Alexia. Ela ainda pegava um beco e eu também.
Quando ele parou no ponto dela, começaram a se chupar e eu fiquei de vela. O Charada não tem escrúpulos. Ele pegava nos p****s dela, na b****a e botava a mão dela pra pegar no seu p*u. Tudo na minha frente.
Quase que foderam ali mesmo. Mas parece que a Alexia lembrou que eu estava no banco de trás e parou com a palhaçada.
— Desculpa aí, Jade.
— Quase que eu assistia um pornô de camarote. — cruzei meus braços não muito feliz com essa conversa.
Já o Charada olhou pra mim com um sorriso. — Quer participar?
Olhei pra ele e ergui a sobrancelha surpresa com a ousadia. Em seguida a Alexia lhe deu um tapa na cara e ele revidou.
— Tô só brincando, Lexy. Tu é ousada pra c*****o, né?!
— Eu sei do que você é capaz. Essas perguntas não tem graça. — ela saiu do carro e ele ficou rindo, mandando beijo pra ela.
— Prepara tudo que daqui a pouco eu chego.
Ela saiu que nem olhou pra trás.
— Aí, Jade, passa pro banco da frente. — ele chamou.
Saí do carro e sentei no banco da frente.
O Charada às vezes sabe ser bem babaca, com a Alexia então...
Ele deu uma olhada no meu rosto enquanto passava a marcha e eu não dei muita trela.
— Tava no shopping junto com a Alexia?
— Não.
— Outro rolê?
— Outro rolê.
Ele sorriu. — Me deixa adivinhar... Você tava com o Dedé.
Olhei imediatamente pra ele. — Aquele babaca te contou?
— Antes de vocês chegarem, ele tava falando comigo por telefone. Tava te xingando. Você esculachou com ele. — ficou rindo.
— Eu não mandei ele não dar nos coros.
— "Dar nos coros" — deu uma risada. — Quando você vai aprender a ter limites? Essa sua linguinha é venenosa demais. — ele tentou pegar no meu queixo, mas eu não deixei.
— Quem tem limites é município e o veneno que escorre de mim se chama "verdade". Dedé é um o****o. m*l fodeu ainda sai falando... — fiquei olhando pra rua vazia.
— Se você fosse uma mulher minha... — ele olhou pra mim. — Eu ia te ensinar a se comportar como uma dama.
Eu ri. — Só que eu já sou uma dama.
Ele discordou com a cabeça. — Você tá longe de ser uma dama. — ele parou em frente ao meu beco.
De carro é bem rápido.
— E você tá longe de ser o cara que vai me ensinar alguma coisa. — dei uma piscadela e saí do carro.
Ele ainda me acertou um tapa na b***a e quando eu bati a porta, mostrei o dedo do meio e segui meu caminho.
Era só o que me faltava.
Tá pra nascer o homem que vai mandar em mim.
Eu sou a rainha. Não baixo a cabeça pra ninguém. Nem pra um macho.
Quer dizer, só pra fazer o bom e velho boquete.
Do contrário. Eles são meus fantoches.