A revoada - parte I

1088 Words
Jade O fim de semana foi uma droga, principalmente o domingo na minha casa. A minha irmã teve a cara de p*u de levar o moleque que a engravidou para a nossa casa. O pior de tudo foi que meu pai não se importou com isso. Ele nem prestou atenção nela, muito menos no rapaz. Minha mãe ficou toda tensa, olhava para mim esperando uma posição. Ela leva muito em conta as minhas opiniões. Mas eu não estava aguentando ficar ali, principalmente depois que essa i****a da minha irmã me ignorou no baile. Eu estava doida pra lhe dar uma surra, o que me impedia ainda era saber que ela está grávida. Porquê se não fosse isso... Ah mas eu ia dar tanto tapa nessa menina que ela ia passar 8 dias presa em casa com vergonha de sair na rua e lhe perguntarem quem quebrou a sua cara. O fato é que com isso eu também preferi me calar. A única coisa que eu queria no momento era livrar meus pais de suas dúvidas e depois arrumar a minha vida, o que implica em voltar pra faculdade e construir tudo o que eu acho que tenho direito. Saí por volta das 20h de casa pra dar uma volta pelo quarteirão. Eu sabia que poderia arranjar problemas andando sozinha uma hora dessas, ainda mais aonde moramos, mas eu também estava tacando o f**a-se pra isso. Coloquei meu shortinho jeans e um top de gola alta. Carreguei meu celular na bolsinha tira colo. Quando desci a viela, encontrei uns meninos no barzinho. Conhecidos de infância. — Chega aí, Jade. — um deles me chamou. — Vai uma gelada? — Valeu. — resolvi aceitar e ele me entregou uma Heineken de latinha. — Aonde cê tá indo assim? — outro deles perguntou. — Tô de saco cheio de ficar em casa. Vou descer pra ver se tá rolando alguma coisa lá na praça. — Hoje teve fluxo não. O Charada barrou por causa de uns b.o. da festa de sábado. — Ata. — eu dei um gole na cerveja. — Mesmo assim eu vou lá. É melhor do que aturar a minha irmã com aquele moleque lá em casa. — Aê, sua irmã ainda tá grávida? O Juninho disse que ela ia jogar fora. — um dos meninos comentou acendendo uma cigarro. Essa foi surpresa pra mim, mas vindo da minha irmã... Eu também não conheço esse moleque. — Vai saber, né? Esse povo resolve tudo se livrando. Desse jeito nunca vai aprender nada. — Sua irmã tem cara de santinha, mas é um perigo. — o garoto que me deu a cerveja comentou rindo. — Deve ser m*l de família. — dei mais um gole na cerveja. — Vou chegar lá. Valeu pela gelada. — segui meu caminho. Chegando na pracinha, não encontrei nada além de problema. Tinha mais ou menos 5 mesas de jogos e eu me pergunto que milagre é esse que meu pai ainda não está aqui. Entre jogos de mesa, ainda tinha os caras da maquininha. Um bando de viciados. Neste meio estava o Carlinhos. Aquele problemático que me rendeu mais uma treta na festa. Parece que ali eu não tinha lugar, então resolvi ir numa sorveteria para ao menos me atrasar na volta para casa. Chegando na sorveteria, ela estava lotada. Realmente, esse fim de semana não era pra mim. Tudo estava dando errado. Parece que todo lugar estava de portas fechadas pra mim, mesmo estando de portas abertas. — É o c*****o mesmo... O que me restou foi comprar um espetinho e sentar ali numa calçada pra comer. Vida fodida de merda. Amanhã eu vou lá do lado do trabalho da minha mãe, vou conhecer essa tal de Fique Rico e ver como vou me próximas desse cara. Eu vou jogar golpe e ele vai cair. Raiva da Alexia. Ela é minha amiga o c*****o. Me viu passando a maior humilhação e não fez nada. Independente da merda de namorado que ela tenha, deveria fazer o seu papel de amiga. Pelo menos eu já sei o nível das amizades que tenho. Um carro parou na rua, em frente a calçada onde eu tava sentada. Ele abaixou o vidro do carro e sorriu pra mim. Era o LF. — Eai Jade! O que anda fazendo sozinha? — Parece que hoje entrou água em tudo. — continuei comendo meu espetinho. — Tô chegando ali numa revoada. Bora? — Bora. — levantei sem pensar duas vezes. O que eu precisava era de um convite pra qualquer coisa. Entrei no carrão e ele me deu um beijo no rosto. — Cadê a namorada? — coloquei o cinto achando estranho ele estar sozinho. — Terminei. — ele voltou a dirigir e ligou um som. LF é amigo de escola. — Cadê a Alexia? — Deve tá chupando o p*u do namorado ou lambendo os dedos do pé dele. — balancei os lábios crispados para o lado. Ele deu risada. A minha sorte é que eu sou pobre com amigos que tem grana. Apesar de eu estar achando que não tenho amigos de verdade, vez ou outra aparece alguém assim como o LF. A gente foi pra uma outra área. Chegamos na quebrada e não parecia rolar nada por ali. LF estacionou o carro e eu joguei o palito do churrasquinho pela janela e verifiquei meus dentes antes de sair do carro. A gente entrou numa casa que só tinha duas senhoras na frente. Eu até estranhei. Mais daí, chegamos numa pronta com dois seguranças magricelos e logo caiu a ficha que era lugar proibido. — Ela tá comido. — ele avisou e o menino colocou uma pulseira no meu braço, depois LF me arrastou pela mão para dentro da festa. Depois daquela porta o bagulho estava louco. Já tinha gente se pegando, um funkeiro cantando e uma galera dançando. O fumaceiro não era por causa de bomba de fumaça de festa, era cigarro como a p***a sendo fumado. A gente foi no barzinho e LF pediu um balde com Whisky e bebidas que combinavam com esta. Nós fomos para uma mesinha e começamos a beber. Eu não via ninguém que conhecia ali, também estava escuro pra caramba e só luzes coloridas piscando o tempo inteiro não ajudava na visão. — Aproveita, gata. Hoje a gente só vai embora quando isso aqui acabar. — ele disse no meu ouvido. Era tudo o que eu precisava. Uma festa liberada pra eu curtir até não aguentar mais. Hoje eu faço estrago.
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