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Califórnia, Estados Unidos
Universidade da Califórnia
Hinata Kobayashi era a filha mais velha de Yuri. Morava na América já fazia cinco anos. Dividia apartamento com suas duas melhores amigas, Sabrina Hamptons e Isabell Williams. Sempre foi uma das melhores de sua turma, e queria dar orgulho aos seus pais. Mas não queria seguir os mesmo passos dele, e assumir a Hitachi, era algo que não estava nos seus planos.
Hinata queria ser médica, trabalhar salvando vidas e não ficar enfurnada atrás de um birô de escritório, gerenciando um império bilionário. Por mais que ela soubesse que esse era o desejo do seu pai, ela lutava pelos seus sonhos.
— Hina, vamos logo, já estamos atrasadas. — dizia Sabrina já esperando a amiga na porta do apartamento.
— Tô indo Sabrina, só estava terminando de falar com minha mãe. Tive um sonho r**m e acordei angustiada, precisava saber como estavam todos. — disse Hinata suspirando fundo e se aproximando da amiga.
— E sua mãe já estava acordada? — Perguntou Isabel, confusa.
— Fuso horário amiga. — respondeu sorrindo. — Mas, para falar a verdade, ela me disse que também não tinha conseguido dormir bem, e passou o dia ontem pensando em mim. Não gosto quando sinto essas coisas… foi a mesma coisa quando Hiroshi sofreu aquele acidente de moto e quase morreu. — disse Hinata preocupada.
— Deixa de pensar bobagem amiga, vamos indo porque hoje tem aula daquele professor gostoso, o Michael, e eu estou vestida para matar. — disse Isabel sorrindo maliciosa.
— Isabel, você não tem jeito. Desde que terminou com aquele babaca do Tony está atirando para todos os lados. — disse Sabrina irritada.
— Olha só quem fala, aquela que só tem olhos para aquele moreno lindo de olhos negros. — Sabrina corou. — Que por coincidência é irmão da nossa linda amiga Karina.
Sabrina corou na mesma hora. Não era novidade para ninguém, que Sabrina tinha uma queda enorme pelo irmão mais velho da amiga, mas ele nem olhava para ela. Era um homem sério, fechado, sexy e impossível para qualquer mulher, na visão de todas.
— Deixa de provocar a Sabrina, Isabel. Vamos indo logo. — disse Hinata sorrindo.
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Tokyo, Japão
[ 21:35 p.m]
Depois do jantar com Kenji e as ameaças que o homem havia feito a si e a sua família, Yuri conversou com Takashi, e ambos acharam melhor, contactar um velho amigo. Yuri temia pela vida de sua família. Pela forma que Kenji agiu no jantar, ele tinha deixado bem claro a ameaça que havia feito. Sabia que até mesmo dentro da polícia secreta, existiam traidores, por isso, precisava pedir ajuda de alguém que confiava cegamente. Pegou o celular e discou para o velho amigo Junko Nakamura.
— Junko?
— Yuri?
— Meu velho amigo, preciso de você!
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Nas Maldivas
[ 21:50 p.m]
Nikolas desperta de um pesadelo. Sentia o coração acelerado dentro do peito. As lembranças da morte do seu pai, ainda eram vividas em sua mente. Sentou na cama, passando as mãos pelos cabelos loiros, que estavam suados. Olhou para o lado, e viu o corpo nu de uma linda mulher, que dormia tranquilamente. Suspirou fundo e se levantou ainda nu e foi até o banheiro.
Encarou a sua imagem refletida no grande espelho e suspirou. Seus olhos azuis pareciam perdidos e sem vida. Era assim que ele se sentia: Morto! Depois que saiu das forças especiais e se tornou um renegado, Nikolas vivia de maneira intensa e perigosa. Nunca teve medo do perigo, e depois do ocorrido, se tornou ainda mais frio, a diferença agora era que era um pouco imprudente e vivia perigosamente. Entrou no Box e ligou o chuveiro, deixando a água quente cair por suas costas. Como se pudesse lavar toda a sua alma e seus pecados, deu início a um banho lento e demorado. Com os olhos fechados, percebeu que não estava mais sozinho. O box foi aberto, e em seguida, sentiu mãos abraçando a sua cintura e um beijo singelo em suas costas.
— Não me chamou para o banho. — disse a loira beijando as costas largas e fortes do loiro. Nikolas a virou de forma bruta, e encostou as costas da garota no mármore frio do banheiro, a assustando. Encarou a mulher intensamente, e disse:
— Não costumo tomar banho com ninguém gatinha. — seus olhos azuis desceram analisando o corpo nu da mulher, sorriu safado e disse: — mas uma boa f**a embaixo do chuveiro eu não recuso. — sussurrou com sua voz rouca e sensual.
— Ann céus… — a mulher gemeu ao sentir a perna ser levantada e envolvida na cintura do loiro, e o p*u do loiro lhe invadindo com violência. A mulher foi a loucura, aquele homem além de ser lindo e sedutor, era uma máquina de f********o. Sentiu seu sexo latejar e pulsar, e não demorou a gozar com ele dentro de si. O corpo da mulher ainda tremia, pelo orgasmo e após algumas estocadas, Nikolas se retirou de dentro da mulher, gozando no chão do banheiro. A loira ainda desnorteada, olhou naqueles olhos azuis e falou:
— Você é demais gatinho. Um verdadeiro pecado para qualquer mulher. — disse ainda ofegante.
Nikolas saiu do box e foi em direção ao quarto para se trocar. A loira encarou as costas largas e o bumbum empinado do homem, pegou a toalha, se enrolou e saiu atrás do mesmo. Se encostou na porta do banheiro, expondo a coxa grossa e perguntou:
— Podemos repetir a dose? — sorriu safado abrindo a toalha e expondo o corpo nu ao homem. Nikolas já tinha vestido a cueca e a calça jeans, encarou os olhos azuis da mulher que exprimiam luxúria e respondeu:
— Olha só gatinha… não quero esse tipo de envolvimento. É apenas sexo. — Virou o rosto e terminou de vestir a camisa e a encarou novamente dizendo: — Quando estiver pronta, basta bater a porta.
Deu as costas e saiu deixando a loira frustrada para trás.
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Nikolas saiu caminhando pelas ruas, sem rumo. Era sempre assim, todos os dias acordava com uma linda mulher ao seu lado na cama, e terminava o dia sozinho. De repente, seu telefone pessoal tocou. Não recebia ligações nesse número, apenas sua mãe, alguns amigos e seu padrinho, o possuíam. Olhou para o display do telefone e sorriu ao ver de quem se tratava, sem hesitar, levou o telefone ao rosto e atendeu dizendo:
— Alô?
— É assim que atende o seu padrinho, seu moleque? — Nikolas sorriu. — Passa uma eternidade para atender essa droga de telefone e ainda por cima, me trata como um um qualquer, perdeu o juízo? — disse o platinado fingindo irritação.
— Deixa de drama velho tarado. Não atendi antes porque estava ocupado. — respondeu com um sorriso nos lábios.
— Transando com alguma mulher com certeza. — respondeu o mais velho.
— Mas é claro, aprendi com o mestre. — respondeu sarcástico.
— Pelo menos isso, não mudou.
De repente um silêncio insurdecedor do outro lado da linha. Nikolas sabia que seu padrinho não telefonaria se não estivesse precisando de alguma coisa. Ficou apenas aguardando o que o mais velho tinha a dizer.
— Nikolas… preciso conversar com você urgente. Na verdade eu preciso dos seus serviços .
— Meus serviços? Ora padrinho você sabe que eu não trabalho mais para o serviço secreto.
— Mas ….
— Não adianta padrinho, gosto muito do senhor e não quero acabar discutindo. Então, por favor, não insista. — disse rude. Junto apenas suspirou fundo e apenas respondeu:
— Tudo bem.
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Tokyo, Japão
Kabukicho
[ 13:35 p.m]
— Tem certeza do que está me pedindo Kenji? Se aceitar fazer o que me pede, não terá volta e isso lhe custará muito caro. — disse o homem de cabelos longos negros e olhos amarelados com um sorriso sadico no rosto.
— Essa é a única maneira de me apossar das suas ações. Yuri já descobriu as minhas transações e está disposto a me entregar aos acionistas. Se isso acontecer, todos nós sairemos perdendo, inclusive você meu caro amigo. — disse o homem bebericando o copo de whisky.
— E o que garante que você irá herdar as ações que pertencem ao Yuri?
— Com a sua morte e a ausência de herdeiros legítimos, as ações serão postas à venda e eu, como vice presidente, terei direito de dar o lance antes de qualquer acionista. E é aí, que você entra novamente, meu caro amigo! — diz o homem sorrindo e degustado a sua bebida lentamente.
— Então, a sua ordem final… — o homem mudou a fisionomia e disse com convicção:
— Mate todos, inclusive a mais velha que mora na Califórnia. Faça parecer… uma fatalidade. — disse fingindo pesar. O homem de cabelos negros sorriu e disse:
— Primeiro, pegarei os que moram no Japão, depois… iremos atrás da garota. Mas, meu caro Kenj, não esqueça… — O homem se aproximou do mais velho o encarando nos olhos… — eu cobrarei essa dívida, e não sairá barato para você!
— O nosso império, apenas aumentará meu caro …. Hayao Shinkai!
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Califórnia, Estados Unidos
Apartamento Saint Claire
— Poxa Hina, deixa de ser chata, vamos com a gente, será uma festa para calouros. Terá muitos gatinhos… você precisa conhecer um carinha, dar beijinhos de boca, uns amassos….— dizia Isabel fazendo um biquinho simulando um beijinho.
— A Isabel tem razão amiga, se você não for, eu também não irei! — Disse Sabrina cruzando os braços e fazendo um bico. Hinata olhou para as duas amigas e acabou sorrindo. As amava como irmãs e nunca conseguia negar nada a elas. Suspirou derrotada e disse:
— Tudo bem…
— Obaaa!!! — gritaram as duas em uníssono.
— Mas não vou ficar com nenhum garoto e não adianta insistirem! — disse brava.
— Prometemos! — disseram as duas fazendo o sinal de juramento e beijando o dedinho. Hinata sorriu. Porém, a morena não tinha noção, que sua vida iria mudar da noite para o dia tão radicalmente.
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