Quem era Nikolas Norwood?
Ninguém sabia.
Seu arquivo pessoal foi deletado, teoricamente o mesmo nunca existiu.
Ele não era ninguém, apenas um nome, sem passado, presente ou futuro. Acostumado a viver nas sombras, Nikolas não possuía laços ou vínculos. Ele simplesmente os rompeu.
Mas o que o levou a tomar essa atitude?
Nikolas apesar de ter apenas vinte e oito anos, tinha muita destreza e cicatrizes na sua vida. Desde jovem, decidiu seguir os passos do pai, se tornando agente especial. Mas diferente de Noah Norwood , ele não tinha nada que o impedisse de ser melhor. Ele queria ser o melhor, e se tornou o melhor, na sua arte, que era tirar vidas!
Foi recrutado muito jovem, apenas com dezesseis anos. Foi para a guerra, ficando na linha de frente, onde desenvolveu técnicas únicas de combate. Se tornando destaque e intimidando seus inimigos. Seus comandantes ficaram impressionados com a frieza e a perspicácia do garoto, que parecia ter sido criado para o combate.
Os testes apenas começaram, e com dezoito anos, se infiltrou na Yakuza, se tornando um m****o conhecido e temido por todo o Japão. Até mesmo o Oyabun da época, respeitava o jovem americano, que ficou conhecido como Dark Wolf. O lobo sombrio que intimidava até o próprio demônio. Permaneceu na Yakuza por cinco anos, por esse motivo, seu corpo era coberto por tatuagens. O grande lobo n***o de olhos azuis, cobria toda as suas costas. O lobo, que simbolizava o seu nome.
Aos vinte e um anos, entrou na tríade chinesa, permanecendo nela apenas por um ano. Foi tempo suficiente para ser conhecido e respeitado. Apesar de ter nascido no Japão, seus traços fortes, herdados pelo seu pai americano, permitiram que ele conseguisse trabalhar também disfarçado na Cosa Nostra por dois anos. E os italianos, também o temeram.
Nikolas, era uma lenda. Temida pelas maiores organizações criminosas do mundo, e quem tinha medo do próprio demônio, não ousaria enfrentá-lo. Mas, de repente, o Dark Wolf simplesmente desapareceu.
O que poucos sabiam, era o verdadeiro motivo de Nikolas ter se afastado da organização. Tudo aconteceu após a morte de seu pai.
Noah Norwood, era um agente condecorado das forças especiais americanas. Casado com Akane Norwood, a japonesa de personalidade forte, que acabou conquistando o loiro, depois de um encontro inusitado. Noah, estava numa missão, quando esbarrou na ruiva de olhos azuis, e se apaixonou perdidamente por ela. Era uma missão de reconhecimento, que deveria durar quinze dias, mas acabou durando meses, e no final, o loiro se viu completamente apaixonado pela ruiva de temperamento forte.
Com pouco menos de um ano, eles se casaram e Noah, se mudou para o Japão, se tornando m****o definitivo da polícia secreta de Tokio. Por ser um bom agente, Noah, se destacava cada vez mais, o que deixava os agentes locais com inveja, principalmente o moreno que era apaixonado pela ruiva, agora esposa do estrangeiro.
Os anos se passaram e a inveja e o ódio pelo loiro aumentava. Até que um dia, Noah suspeitava que dentro da própria organização existia um traidor, e quando resolveu trazer à tona a informação ao seu comandante, foi morto numa emboscada.
Nikolas, agora com vinte e cinco anos, já fazia parte das forças especiais exigiu que o traidor fosse castigado, mas os líderes se opuseram a matá-lo, e resolveram apenas puni-lo, o expulsando da organização. Mas o loiro, não aceitou, tomou sua vingança pessoal e matou o traidor, de forma dolorosa e c***l. Se tornou um renegado, e deu as costas àquilo que ele intitulava o seu segundo lar, a sua segunda família. Cortou laços com todos e se isolou no mundo. Seu arquivo foi apagado, seu nome deletado, era como se ele nunca tivesse existido. Mas, Nikolas fez o seu nome, e a lenda nunca estaria morta, porque o Dark Wolf era a própria reencarnação do demônio, e ninguém deveria nunca ousar cruzar o seu caminho.
Nikolas era um homem bonito, com seus 1.90 de altura, cabelos loiros, corpo atlético e seus olhos azuis, costumavam chamar a atenção das mulheres por onde passava. Mas a vida que levava, o tinha transformado num homem frio e sem sentimentos. Seu melhor amigo, Skyler Wood, o chamava de homem de gelo, e brincava dizendo que ele não amava ninguém.
Mas ele amava sim, ele amava sua mãe, seus amigos mais próximos ( que eram poucos) e seu padrinho.
Faz cinco anos que sua mãe não via o filho. Ela sabia que cortar laços, por mais doloroso que fosse, era necessário para o filho. Akane sabia o quanto o filho sofria com tudo isso, mas respeitava sua decisão. Todas as quintas-feiras, recebia um buquê de rosas vermelhas, e sabia quem o enviava. Era como se isso fosse um sinal, de que ele estava vivo, seguro e bem. Mas, isso não diminuía a saudade que sentia no peito.
Com a morte do marido, Akane foi para a America, não queria morar em Tokyo e viver as lembranças do seu finado esposo. Era doloroso demais, estar longe de seus dois únicos amores, então, optou em morar na cidade natal do seu amado, era como se dessa maneira, ela tivesse um pouco dele, próximo de si.
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Nas Maldivas
[ 22:45 p.m]
Nikolas estava sentado num bar, tomando uma dose de tequila, quando uma ruiva de olhos verdes se aproximou devagar. A mulher encarava o loiro com luxúria, se aproximou e sussurrou:
— Quer companhia?
O loiro usava uma calça moletom cinza, uma camisa de malha branca e sandálias. Os cabelos loiros assanhados e a barba por fazer, lhes dava um ar sexy e despojado. Seus olhos azuis encararam a mulher e seu sorriso ladino exprimiam… desejo. Se acomodou melhor na cadeira e encarou a mulher nos olhos. A ruiva sentiu o corpo estremecer com aquele olhar penetrante. O loiro percebendo o efeito que acabava de provocar, se afastou e disse:
— Claro.
A mulher sentou ao seu e cruzou as pernas de maneira provocativa. O loiro encarou a cena, e pode ver que a ruiva estava sem calcinha. Sorriu e bebericou sua dose de uma única vez. Encarou os olhos verdes da mulher e se aproximou sussurrando:
— Se está querendo fuder gostoso, posso te ajudar… — Nikolas colocou a mão no meio das pernas da mulher que gemeu ao sentir o toque bruto do dedo do loiro na sua b****a.
— Ann…
— Me diga o que deseja… — sussurrou no ouvido da mulher enquanto brincava com o seu c******s.
— Me f**a!
O loiro sorriu. Retirou a mão do meio das pernas da mulher e disse:
— Cinco minutos, no banheiro masculino.
A ruiva se levantou ainda atordoada. Mas seguiu para o local indicado. O garçom se aproximou do loiro, que o chamou, pedindo mais uma dose de tequila. O garoto sorriu safado e disse:
— Pelo visto, a noite será longa americano. — disse sorrindo. O loiro sorriu ladino, se levantou, retirou da sua carteira, depositando uns dólares sobre o balcão e respondeu:
— Boa noite, Carlos.
Nikolas nunca beijava as mulheres. Nenhum tipo de carícia, ou toque mais carinhoso e afetuoso era feito por ele. Era apenas sexo. Selvagem, forte e bruto. Entrou no banheiro, e a ruiva já estava à sua espera. Sem hesitar, se aproximou da mulher, encostando o corpo da mulher na parede e desceu os lábios até o pescoço pálido, o mordendo com delicadeza. A mulher levou a mão até a calça do loiro, pegando no seu p*u e o apertando com cuidado.
— Ahh.. isso. — a ruiva gemeu ao sentir a boca do homem mordendo o seu mamilo por cima do vestido.
A mulher estava louca de t***o. Nikolas virou o corpo da mulher, colocando o seu rosto de encontro à parede fria do banheiro e levantou o vestido, arrancando em seguida a calcinha. A mulher gemeu e expectativa pelo o que viria. Se empinou em busca dele, e pôde ouvir o exato momento em que o pacote de preservativo era aberto.
— Empina safada!
O loiro segurou com uma mão no seu mastro e a outra na cintura da mulher e a penetrou num ritmo deliciosamente lento. A mulher sentia o latejar daquele p*u dentro de si e como resposta, sua b****a o apertava ainda mais, como um convite tentador para que ele largasse tudo dentro. Quando ele passou a se mover, ela pôde se sentir preenchida, a cada vai e vem sentia um frio na barriga que a fazia contrair todas as vezes que ele chegava no fundo.
— p**a que pariu! — gritou enlouquecida.
Nikolas começou a aumentar o ritmo, estava enlouquecido de t***o, e o entra e sai passou a ser forte, impetuoso e com pressão.
–– Ahh, que delicia, me come gostoso.
O loiro sorriu ladino, e passou a meter com força. Segurou a cintura da mulher e os movimentos, passaram a ser violentos. O som dos corpos se chocando dentro do banheiro e o cheiro de sexo tomava conta do local.
— Ann eu vou gozar!
— Goza gostoso …. — disse entredentes se entregando a um orgasmo junto com a mulher.
— Céus, quem é você? — perguntou a ruiva virando para encarar o loiro. O loiro sorriu, retirou o preservativo, o jogando no lixo e respondeu:
— Ninguém.
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Tokyo, Japão
Restaurante Narisawa
[23:35 p.m]
— Yuri, poderíamos unir as nossas ações e expandir a empresa. Não precisaríamos do conselho, para autorizar as nossas transações. Seria apenas, eu e você. O que me diz?
— E como pretende fazer isso, Kenji?
— Ora, simples. Unindo nossos filhos no matrimônio. Assim, meu filho se tornaria o acionista com a maior porcentagem das ações. Lógico que Hinata também seria beneficiada e…
— Como é que é? Você quer que eu venda a minha filha a você, em troca de poder? Eu esperava tudo vindo de você, Kenji, menos esse tipo de coisa. — disse Yuri já se levantando da mesa indignado.
— Não se trata de compra e venda Yuri, se trata de negócios e benefícios que seriam bons, tanto para mim, quanto para você. — retrucou Kenji irritado.
— E minha filha? Ela é um negócio? — encarou o homem revoltado. — Olha aqui Kenji, não imaginei que sua mente sádica fosse capaz de tanto. A minha filha nunca irá casar com o seu filho, e pode ficar com suas ações. A empresa continuará crescendo, com o apoio dos outros acionistas, sem precisar me vender ou vender a minha filha. Todos os acionistas, saberão de tudo o que está acontecendo bem embaixo de seus olhos. Não acobertarei suas transações ilegais. — Kenji arregalou os olhos surpreso com a revelação. Yuri sorriu ladino e perguntou: — Surpreso? Pois é. Eu já sei de onde vem o seu dinheiro e quem são os seus investidores. E vou provar para os demais sócios tudo isso, você perderá suas ações por estar envolvido com transações ilícitas.
— Blasfêmia. Nada do que diz é verdade, e não tem como provar. — respondeu debochado. Yuri sorriu ladino, se aproximou e respondeu olhando nos olhos do homem:
— Já estou juntando provas para te incriminar Kenji. Você será preso por sonegar impostos, desvio de dinheiro e coisas ainda mais graves. — Kenji encara Yuri com ódio. — Mas, tenho uma contraproposta para você, caso não queira ser preso. O homem encara Yuri furioso. — Venda suas ações para mim e saia da empresa como um homem livre e não como um criminoso. A escolha está nas suas mãos.
— Cuidado meu caro Yuri, você não me conhece, não sabe quem são meus aliados. — Yuri sentiu um frio na espinha. — Não brinque com fogo, você pode se queimar feio. — disse Kenji sorrindo.
— Está me ameaçando?
Kenji sorri para Yuri, um sorriso que arrepiou todos os pelos do seu corpo, e respondeu:
— Entenda como achar melhor, mas lembre-se, foi você quem escolheu ser meu inimigo,Yuri Kobayashi, e saiba, que aqueles que se opuseram a mim, não estão mais entre nós.
Kenji levantou-se da mesa e saiu do restaurante, deixando Yuri pensativo e apreensivo. Não sabia Yuri, que tinha assinado sua própria sentença de morte, e não ter sido cauteloso iria lhe custar muito caro.