Skyler dirigia até a casa das amigas da irmã. Não gostava desse tipo de compromisso, mais, seus pais haviam pedido com um jeitinho. Desde que entrou nas forças especiais, sua vida tinha mudado completamente. Já fazia sete anos que fazia parte da corporação, sempre sonhou com isso, desde pequeno. Seu melhor amigo, sempre foi um homem que lhe inspirou. Mas infelizmente, uma catástrofe fez com que Nikolas se afastasse. Sentia falta do amigo divertido e s*******o que ele era. Sentia falta de ve-lo trabalhar. Todos os agentes novatos, ouviram falar da lenda que era o Wolf Dark. Muitos, achavam que ele não passava disso… uma lenda. Mas, Skyler, sabia quem de fato era o homem por trás da máscara de lobo. E sentia muito, pelo rumo que a vida do amigo tinha tomado. Suspirou fundo e olhou de lado para a irmã caçula.
— Skyler por favor, mude essa sua cara marrenta. Parece até que sempre está com dor de barriga. — Falava Karina passando o batom dentro do carro.
— Olha só Karina, essa é a única cara que eu tenho, então é melhor se acostumar, e outra já estou fazendo um favor de levar você e suas amigas para essa festinha. Juízo e cuidado com bebidas e drogas. — Falava ele enquanto olhava para a irmã.
— Você sabe que não curto drogas. Quanto à bebida, prometo que pegarei leve. — respondeu sorrindo. Skyler nunca iria admitir, mas se preocupava com sua irmã. Karina, nunca soube em que de fato o irmão trabalhava, mas sabia que era algo perigoso, porque já tinha visto várias vezes, o irmão sem camisa e as cicatrizes que ele tinha no corpo. Encarou a irmã novamente, e percebeu o vestido curto e ousado que ela usava. Fechou a cara e bufou, perguntando:
— Aquele seu namoradinho, vai estar lá?
Karina corou, e respondeu sem graça:
— O Ichiro não é meu namorado. É apenas… um amigo.
— Ah… sei…Mas isso é porque ele não quer nada sério, estou certo? — perguntou zombeteiro.
— Seu… seu… i****a. É por se comportar como um babaca, que está solteiro! De que adianta ser bonito é ser um completo i*****l! — retrucou irritada.
— Ah, minha querida irmãzinha, basta o gostosão aqui, levantar o dedo, que milhares de mulheres caem na minha rede. — falou sorrindo ladino.
— BABACA CONVENCIDO!
Skyler gargalhou alto e sorriu ladino. Adorava irritar a irmã caçula, na verdade tanto ele, como Jacob, morriam de ciúmes dela. O carro então parou na frente da casa de Hinata, e de repente as garotas saíram. Skyler encarou as três garotas maravilhado. Porem, seus olhos negros, se dirigiram a uma especifica. Uma morena de vestido vermelho, que atiçava o homem de maneira que lhe preocupava.
— p**a que pariu…. – disse baixinho. Karina escutou e sorriu. Encarou as tres amigas e disse:
— Vamos amigas, vocês estão lindas. — disse Karina, a morena encarou o irmão e deu um sorriso malicioso no rosto. Iria se vingar do seu irmãozinho e seria agora. Encarou o moreno que ainda olhava para Sabrina de lado e perguntou: — Super gostosas não é mesmo Skyler?
O moreno arregalou os olhos e corou, desviando o rosto e não respondendo absolutamente nada. Sabrina abaixou a cabeça e sorriu. Hinata e Isabel, apenas sorriam.
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Tokyo, Japão
Omotesando
Sede da Polícia secreta
— Kento, estou preocupado com o meu amigo Yuri. — disse o mais velho encarando um de seus pupilos e braço direito. — Quero que você selecione o seu melhor homem, para fazer a segurança de sua família.
— O que aconteceu, Sensei? — perguntou Kento encarando o seu mestre.
— O Yuri pode estar correndo perigo. O seu sócio o ameaçou, de maneira indireta. Yuri está suspeitando que ele tem o apoio da Yakuza. Acho que Hayao Shinkai está por trás de tudo. E nós sabemos, que ele é o braço direito do atual Oyabun. — disse Junko encarando o amigo.
— Ele foi ameaçado?
— Ele recebeu uma ameaça indireta… mas não estou com um bom pressentimento. — Falava Junko para o seu pupilo.
— Você tentou falar com o Nikolas?
— Sim. — Junko suspirou fundo. — Aquele moleque não deixou nem eu terminar de falar, nada que diga respeito a organização o interessa. Nenhum contato, desde que tudo aconteceu…
— É uma pena Sensei, o Nikolas, é o nosso melhor agente de campo. Tomara que um dia ele volte a ser aquele garoto que foi incentivo para muitos dos nossos agentes atuais. Daisuke quase destrói a organização com seus atos imprudentes e impensados. — disse Kento.
— Ainda bem que quem comanda a organização atual, é você meu pupilo. — falava Junko orgulhoso.
— Aprendi com o melhor. – respondeu com um sorriso no rosto.
— Talvez, se tivesse conseguido convencer os membros do conselho…
— Não se sinta culpado, Sensei. Você fez o que pôde, inclusive Nikolas não foi preso por sua causa. — disse Kento convicto. O mais velho sorriu ladino e respondeu:
— Nikolas não foi preso, porque ninguém é páreo para ele, meu caro amigo. Até mesmo a própria organização, teme o Dark Wolf.
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Tokyo, Japão
Omotesando
Residência de Yuri
[ 20:35 p.m]
— Hiromi, meu amor, vamos porque a apresentação de balé da Saori, já irá começar. — dizia Yuri vestindo o sobretudo.
— Calma meu amor, já estou pronta. Quero estar linda na apresentação de balé da nossa princesa.— A morena olhou para o esposo e perguntou: — como estou?
Hiromi deu uma voltinha para o esposo, que sorriu e a puxou pela cintura, beijando seus lábios num beijo carinhoso e sussurrou:
— Esta maravilhosa, minha rainha.
Yuri e Hiromi, eram casados há 25 anos, e tinham duas lindas filhas: Hinata, com dezoito anos, e Saori com 07 anos. Eram um casal invejado por muitos, o amor era evidente mesmo após 25 anos de relacionamento.
— Você está perfeita meu amor. Acho que hoje colocarei a Saori para dormir mais cedo…— sussurrou Yuri beijando o pescoço da esposa que corou e disse:
— Seria uma ótima ideia Yuri Kobayashi. — respondeu Hiromi olhando nos olhos do marido. — Mas, agora vamos, quero vê minha boneca dançando.
Todas as vezes que Yuri saia com a família, dispensava o motorista. Ele gostava de dirigir. Entrou no seu Maserati prata e foi a caminho do teatro onde sua filha caçula iria se apresentar.
A apresentação foi um sucesso.
A pequena Saori, se destacou e brilhou durante todo o espetáculo, e os pais ficaram ainda mais orgulhosos. O clima leve, harmonioso e feliz. Depois do espetáculo, estavam retornando para casa, Saori contava empolgada a sua mãe , que sua professora de balé tinha amado a sua performance. Hiromi, ouvia tudo maravilhada.
— Mamãe, você filmou para Hina, não filmou? — Perguntava a caçula à mãe .
— Claro meu amor. Sua irmã vai ficar orgulhosa de você.
Dizia Hiromi apertando as bochechas da caçula. De repente, Hiromi percebeu que seu esposo estava tenso. Yuri percebeu que um carro preto o seguia desde a saida do teatro. Preocupado, resolveu fazer um caminho diferente, queria ver se de fato, estava sendo seguido, ou era coisa de sua mente. Mas, ao dobrar na rua oposta, percebeu que o veículo continuava atrás de si.
— Amor, coloque o cinto na Saori. — disse sem desviar os olhos do retrovisor. Hiromi ficou tensa e fez o que o esposo havia ordenado. E seguida, segurou na sua mão e perguntou:
— O que houve, querido?
— Estamos sendo seguidos. – respondeu tenso. Hiromi levou a mão ate o peito e de repente teve um mau pressentimento. Olhou para a filha pelo retrovisor, que brincava com sua boneca dispersa a tudo o que acontecia dentro do carro. Percebendo que o pai tinha acelerado o veículo, Saori perguntou:
— O que houve mamãe?
— Filha, se encoste no banco e ajeite o seu cinto de segurança. — disse Hiromi encarando a menor já nervosa. — a garota fez o que a mãe pediu e ficou quietinha.
Yuri tentava a todo custo se afastar do carro, porém o mesmo não conseguia. Em cada curva que ele dava, o carro se aproximava ainda mais. Ambos os carros estavam em alta velocidade, a BMW começou a encostar na traseira do carro de Yuri ,batendo nela.
— Ahhh! Mamãe, eu tô com medo! — gritava Saori.
— Calma florzinha, vai ficar tudo bem. — dizia Hiromi tentando manter a calma, mas por dentro estava apavorada.
A perseguição continuava de maneira intensa. Yuri entrou na contramão para tentar se esquivar do carro, mas acabou perdendo o controle, capotando apos o carro encostar na sua traseira.
— MAMÃE!!!!
— YURI!!!!
O som dos gritos foram abafados pelo barulho do carro rodopiando na pista, e caindo do outro lado do acostamento.
A BMW parou e de longe, olhou os corpos estirados na estrada, aparentemente mortos. Quando ia descer para confirmar, um carro parou próximo para prestar socorro às vítimas. O carona, sorriu para o motorista e disse:
— Vamos embora!
O carro saiu cantando pneu deixando o local. O loiro que estava no banco do carona, pegou o telefone e discou para o seu chefe e disse:
— Alvos aniquilados!
O homem do outro lado da linha sorriu e apenas falou:
— Agora.. a garota!