Nos levantamos e ele levantou os braços, eu me aconcheguei no peitoral dele, abraçando o mais forte que eu pude, ele abaixou os braços, me fazendo ficar no meio deles, de certa forma me abraçando. Esse era o único jeito, já que as algemas o impediram de me dar um abraço decente. Eu apoiei a minha cabeça no peitoral dele e chorei mais ainda e eu também pude perceber que ele estava chorando.
— Me promete que não vai vim mais aqui, pelo meu próprio bem? — ele falou ainda abraçado a mim e eu assenti.
Nos soltamos e eu fiquei de frente pra ele
— Eu vou sentir sua falta, mas você vai sair logo daqui!
— Antes de ir, me da um beijo? — ele pediu
Eu estremeci com a pergunta dele, eu queria negá-lo, mas eu não consegui, não tinha forças o suficiente. Eu queria aquele beijo mais que qualquer outra coisa no mundo, naquele instante.
— Tudo bem — respondi tímida
Eu me aproximei dele, alisei o rosto e fiquei analisando cada detalhe do rosto dele, detalhes que só Deus sabia quando eu iria ver novamente. Eu me aproximei do boca dele dando alguns selinhos nele, e abrindo a boca aos poucos dando espaço para a língua dele transitar livremente. Ainda sim com ele algemado, ele conseguia me beijar de uma forma que eu não tinha mais vontade de parar, paramos com o cara lá interrompendo
— Acabou.
— Se cuida, e cuida do meu mlk — ele disse
— E da sua muleca também.
— Eu te amo — ele disse saindo.
Eu fiquei ali mais alguns instante, chorando, o que eu fiz não foi nem um pouquinho justo com o Phellype, mas eu não veria o TK por um bom tempo, e... É, eu posso tentar me enganar, mas, não dá, eu ainda o amo e amo muito! O estranho é que o Phellype eu também amo... sei lá, eu to extremamente confusa! Mas eu não posso me prender ao TK, eu vou seguir minha vida e ser feliz, com a minha família. Eu sai de lá arrasada, e só uma coisa poderia levantar meu astral naquele momento... compras! Eu fui pro shopping e comprei roupinhas pra Larissa. Eu cheguei em casa e o Phellype havia acabado de chegar, pois ainda estava no banho, o Cadu estava na caminha dele dormindo, assim como a Bruna. Eu fui pro quarto e coloquei as sacolas no sofazinho que tem na ponta da cama, e o Phellype saiu do banheiro, só de Box e enxugando o cabelo com a toalha.
— Boa noite, amor — me selou
— Boa noite — sorri
— Foi aonde?
— Ah, eu fui comprar roupinhas pra Lari — disse apontando pras sacolas
— Ah, sim.
Bem, eu resolvi contar pra ele logo que eu fui visitar o TK também na penitenciária, porque ele trabalhando na delegacia né, vai que...
— E eu fui na penitenciária — eu por fim disse
— parou de se enxugar e virou pra mim — VOCÊ FOI AONDE? — perguntou um tanto furioso
— shhh, fala baixo que as crianças tão dormindo. E eu fui no penitenciária visitar o TK.
— Eu não acredito que tu foi lá fazer isso, e visitar logo aquele filho da p**a — ele disse estressado — E o que tu fez com ele?
— Calma! fui falar do Cadu pra ele, e ele pediu pra eu não ir mais visitá-lo enquanto ele estiver preso, nem eu, nem meus filhos. — disse apressada me explicando
— Hm, enquanto ele estiver preso? — o Phellype perguntou demonstrando interesse
— É, por quê?
— Nada não, esquece — sorriu — Lembra quando tu ou eu falamos que íamos ter uma família e iríamos nos casar?
— Lembro sim — sorri de lado.
— Viu, as palavras tem poder, Agora nos vamos ser felizes para sempre. — ele disse colocando uma mecha do meu cabelo pra traz e me beijou, nós deitamos na cama, ma eu tive que parar, caso contrário eu não aguentaria
— Phellype, é melhor agente parar, você sabe o quanto eu quero ir além, mas não posso — disse indignada
— Relaxa, depois que a Larissa nascer, vamos ter uma vida inteira pra isso — ele alisou meu rosto e me deu um selinho,
— Lipe, como tá o seu trabalho?
— Ta bem sabe, eu descobri uma forma pra ganhar dinheiro pra c****e — ele disse
— Virando corrupto?
— Não, eu nunca viraria isso. Mas é que liberar algumas coisas, me rende muita grana.
— Phellype isso é errado — eu repreendi
— riu — Eu sei, e to brincando! Eu nunca faria isso — ele disse
Por um instante eu até duvidei que fosse brincadeira, mas estamos falando do Phellype, e eu sei que ele não é tão certinho assim, além do mais ele é delegado, é basicamente impossível não se deixar corromper, ainda mais ele. Eu levantei e fui pra sala e liguei pra Duda.
— Duda?
— Oi amiga, como foi lá?
— Foi bem triste pra mim, sabe? Ver ele daquele jeito partiu meu coração.
— Eu já imaginava. Mas o que ele te disse?
— Disse pra eu nunca mais o visita-lo enquanto ele estiver preso
— Ué, por quê? — perguntou intrigada
— Porque ele disse que é sofrimento demais pra ele me ver com outro cara e não poder fazer nada.
— Eu já imaginava que ele fosse dizer isso.
— É, mas agora é bola pra frente, ele vai sair de lá logo, eu creio nisso.
— Eu tu crer que ainda vai voltar com ele?
— Claro que não Duda, sem chances. Eu comecei uma outra família, to grávida e noiva.
— Amiga, não se engana. O Phellype não é o cara certo pra você.
— Mas que p***a Duda, tu só tá falando isso por causa do seu irmão. Mas não eu nunca mais vou voltar com seu irmão, acabou agente. Eu sou muito feliz com o Phellype, ele me faz feliz. —
Eu desliguei o telefone na cara dela, e comecei a chorar. Eu ando bastante sensível ultimamente, é a gravidez que me deixa assim. E ainda mais que ela continua insistindo na mesma tecla. Eu limpei meu rosto e fui dormir. Acordei no dia seguinte com o Phellype me dando selinhos.
— Bom dia — ele disse sorriu
— Bom dia — disse me espreguiçando
— Pronta pra ir no médico?
— Putz, tinha esquecido que é hoje! Você vai me levar? — ergui a sobrancelha
— Aham
— Hm, e o trabalho? — perguntei desconfiada
— Pode esperar — ele sorriu.
E iniciamos um beijo. O beijo do Phellype me hipnotizava, era incrível, mas eu também sentia falta dos beijos do TK, que era incríveis, melhores que o do Phellype, diga-se de passagem. p***a, boa Manuela... Tu ta beijando seu marido e pensando do ex. Eu parei o beijo, porque eu basicamente, tinha me esquecido que estava beijando ele, depois desses pensamentos.
— Eu vou tomar banho, me arrumar e vamos.
— Vai levar o Cadu e a Bruna?
— Não, a Leda fica com eles, ela já deve estar chegando
Leda, é uma empregada que contratamos há alguns meses. Porque é basicamente impossível eu arrumar a casa, sozinha, grávida e com mais duas crianças. Eu tomei um banho, penteei o cabelo, coloquei um vestidinho xadrez rosa bebê com azul bebê e branco, com uma sapatilha cinza e uma bolsa cinza. Fui até a sala, e deixei a minha bolsa no sofá enquanto o Phellype tomava banho. Fui até a cozinha e a Leda já estava lá.
— Bom dia Leda
— Bom dia Manuela.
Eu fui bem clara à ela quando eu disse que odeio que me chamem de “senhora” ou “Dona” af, me sinto velha.
— Você pode me prepara um suco de maracujá, e torradas com mel?
— Posso sim
— sorri — Obrigada, to com uma vontade...
— riu — Faço num instante.
— Ahh, e faz a mamadeira da Bruna e a vitamina do Cadu.
— Pra já.
— Ok. Enquanto isso vou ver se eles já acordaram.
Eu fui primeiro no quarto do Cadu, e ele tava acordado na cama, brincando com o carrinho. Pela cara, ele havia acabado de acordar
— Filho — disse me sentando na cama, ao lado dele
— Mama — ficou em pé na cama me abraçando.
— abracei ele — Vai lá na cozinha pedir a vitamina pra tia Leda, vai.
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