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1157 Words
: TK Narrando :. E se eu dissesse que ficar jogando moeda pro alto e ver se ia dar cara ou coroa era meu melhor meio de diversão aqui? Dois anos enjaulado, isso tá me deixando maluco. Quero liberdade, beber, comer mulher, fumar, vender drogas e atirar. Segundo meu advogado, eu devo ficar mais alguns anos aqui nessa merda, mas tá tranquilo, porque uma coisa a minha irmanzinha já resolveu, pelo menos duas vezes no mês alguma biscate do morro vai vim aqui me fazer visitas intimas, porque tá f**a. Hoje é dia de visita, e eu finalmente vou vê-la, Manuela. Vou saber como ela e meu filho estão. E se tudo der certo eu volto com ela, por mais que eu ainda esteja preso, se ela me ama ela vai ficar comigo, daí eu dispenso as visitas das vadias, só pelas visitas dela. Eu tava jogando a p***a da moeda pro alto quando o carcereiro me chamou — TK — Hm — Visita. — disse abrindo a cela. Ele veio até eu e me algemou, filho da p**a. Ele foi me conduzindo na frente dele e pelo meu braço por todo o corredor de celas, até um corredor que dava numa porta, ele a abriu e eu a vi... Ali, sentada. A vontade de sorrir foi forte e eu não contive, mas ele logo se desfez quando eu prestei bem atenção nela. .: Manuela Narrando :. Ele entrou na sala algemado e se sentou a minha frente. — 15 minutos — o cara lá falou Ele estava com uma péssima aparência, os olhos dele estavam com olheiras. Ainda sim eu pude perceber que ele esboçou um sorriso ao me ver, que logo se desfez quando ele levou seus olhos até minha barriga — Você está gráv... — interrompi ele — Sim — abaixei a cabeça deixando uma lágrima cair — É do Phellype? — aham — limpei a lágrima do meu olho Eu acompanhei o olhar dele que se direcionavam a minha mão direta, no meu dedo anelar, no qual havia uma aliança de noivado de ouro branco com detalhes em prata e uma pequena pedra de diamante. — Hm, e tá noiva também né? Eu percebi que ele tentou parecer seguro com as palavras, mas eu consigo saber quando ele esta triste, como eu sei que ele estava agora. — Tô sim. — Mais alguma novidade? — perguntou com certo sarcasmo — O Phellype fez prova pra virar delegado e passou. — bufou— Fudeu, é agora que eu vou mofar na prisão — ele disse consigo mesmo — Não, muito pelo contrário, eu pedi pra ele fazer de tudo pra te tirar — eu peguei na mão dele — Manuela é melhor você ir embora ele disse tirando a mão dele da minha — Por quê? — perguntei triste — POR QUÊ? — eu fiz sinal pra ele abaixar o tom — Porque simplesmente eu fui preso a 2 anos, fui preso só pra salvar sua vida. Durante esses dois anos eu só pensava em você, e não queria que você viesse aqui me ver assim. Mas depois de levar uns papo com alguns colegas do A.D.A. que estão aqui, resolvi que queria ver você, matar as saudades e pedi pra Duda te avisar isso. E quando tu chega aqui aparece de barriga, noiva e ainda vem me falar que o Phellype vai me ajudar a sair daqui. Se ponha no meu lugar, Manuela. Tu acha que eu não tenho sentimentos não? — Os olhos dele se encheram de lágrimas Eu comecei a chorar, eu nunca tinha visto ele assim, aliás já tinha sim, quando eu me separei dele, mas ele não estava do jeito que esta agora, e isso doeu bastante. — Me desculpa TK, mas isso foi inevitável. Agente terminou por causa dos seus erros, e eu comecei a namorar o Phellype. Você sabia disso quando se entregou — ele me interrompeu — Eu me entreguei pela tua vida, c*****o! — me aquietei — Eu só quero ser sua amiga, uma irmã pra você, eu quero te ver feliz, mesmo isso sendo impossível nesse momento, quando você sair daqui eu quero ser a primeira a te dar um abraço. Apesar de tudo você é o meu melhor amigo e pai do meu filho — eu disse firme — Então você pode me fazer um favor? — Sim — esbocei um sorriso bobo de lado. — Nunca mais venha me visitar, não pelo menos enquanto eu estiver preso. Eu me encolhi quando ouvi aquelas palavras — É o quê? E o nosso filho? — Eu não quero que o mlk me veja assim, quando eu sair eu recupero todo o meu tempo perdido com o meu filho. — Mas, e eu? Eu tentei conter as lágrimas, mas parecia que elas tinham vontade própria naquele momento e teimavam em cair. — Você? — riu sarcástico — Você vai ficar bem com o Phellype. E se você quer realmente minha felicidade vai fazer isso. — TK, não faz isso, por favor. — Você o ama? — olhou fixamente pra mim — Ele me faz feliz, é sincero comigo, me ajuda sempre, é romântico — sorri de lado — Tá, mas você não respondeu minha pergunta, você o ama? Me responde olhando nos meus olhos. — olhei pra ele — Sim. — logo em seguida abaixei a cabeça — Ótimo! Então você vai ser muito feliz com ele, e vão cuidar direito do meu mlk, eu só não quero o Phellype substituindo o meu lugar de pai. — ele disse um pouco enciumado, porém com sinceridade — Não faz isso. — o supliquei — Já falei tudo que tinha pra falar com você. — Mas eu não. E eu adotei a Bruna como minha filha. — VOCÊ O QUÊ? — perguntou assustado e furioso ao mesmo tempo — Adotei a Bruna, como filha. — A filha da Ágata? — ele ergueu a sobrancelha furioso — Sua filha também, ela não fez sozinha! — Aquela p***a não é minha filha, é por causa dela que eu to infeliz assim e sem você — ele disse arrogante. — Não TK, a culpa não é dela. A Culpa foi sua! Ela foi uma consequência e não merece ser punida pelos erros do pai galinha e da mãe v***a — eu disse firme — Faça como tu quiser — ele disse indignado — Mas me promete que não vai mais vim aqui? — disse calmo — Eu não posso promete uma coisa dessas. — Manuela isso é pro meu bem, eu não aguento te ver e saber que você não é mais minha, e eu sei que não há nada que eu possa fazer no momento. — comecei a chorar e o cara entrou lá — Faltam 5 minutos — ele avisou Eu comecei a chorar mais ainda, — Levante que eu quero te abraçar — o TK disse imperativo.
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