Para a surpresa de Catarina, quando sua mãe acordou ela nem reparou em Catarina, passou por ela e fez de conta que nem a conhecia, sentou na mesa tomou o café e ainda falou m*l da comida.
Josefa: Oh menina inútil, nem sabe fazer um café direito, olha essa torrada, está igual um pedaço de p*u, e esse bolo solado horrível, esse leite fervido, você sabe que eu odeio leite fervido.
Catarina foi ficando cada vez mais triste, seus olhos foi marejando porque ela havia feito tudo com tanto carinho, mas para sua mãe não passava de um monte de porcaria o único que elogiou o café foi Matheus seu irmão querido, mas suas irmãs e sua mãe comeram tudo e ainda falou m*l. O pai nem levantou da cama, pois estava tão bêbado que m*l abria os olhos. Após tomarem o café e deixar a cozinha uma bagunça para Catarina limpa apenas saíram nem agradeceram pelo café. Catarina triste começa a chorar porque ela não conseguia entender o porquê aquilo acontecia com ela, ninguém lhe dava um pouco de amor ou atenção nada! Ela parecia uma intrusa naquela casa, mas porque se sentia assim tão sozinha numa casa tão cheia? Nem mesmo ela saberia explicar Bianca irmã mais nova de Catarina sempre que podia fazia algum tipo de fofoca só para ver Catarina apanhar, a outras irmãs não era diferente, quem mais protegia e cuidava de Catarina era Matheus.
Em 18 de junho de 1963 início do inverno, Catarina perde o sono por conta do chão duro e frio, vai até o quarto de seu irmão para pedir abrigo quando se depara com uma conversa de Rosa e Roseli.
Roseli: Rosa! Não sei por que a mamãe não coloca esta bastarda na rua logo ela nem faz parte da nossa família, ela deveria ir atrás da mãe dela?
Rosa: Roseli eu concordo com você. O lugar de Catarina não é aqui no nosso meio, e sim bem longe daqui.
Roseli: Não sei porque nossa mãe cuida dela ela, nem é nossa irmã! Não deveria morar aqui.
Ao ouvir aquelas palavras Catarina perdeu o rumo nem lembrava mais para onde ia, como assim ela não era filha de Josefa? Josefa era a única mãe que Catarina conhecia não sabia o que fazer, seus irmãos, não era seus irmãos? Sua mãe não era sua mãe? Como aquilo era possível? Catarina precisava tirar a prova, precisava perguntar para seu pai o que estava acontecendo, como ele poderia ter mentido para ela todo esse tempo, como ela poderia ter chamado de mãe uma mulher que não era sua mãe? Se Josefa não era sua mãe quem era? Onde estava a mãe dela verdadeira? Muitas perguntas sem respostas, mas isso não ficaria assim ela iria perguntar, investigar, iria procurar saber a verdade sobre sua vida.
Na manhã seguinte Catarina levantou cedo na verdade mau pregou os olhos, quando seu pai abriu a porta e entrou e para sorte de Catarina ele não estava caindo de bêbado, Catarina lhe chamou para uma conversa.
Catarina: Pai preciso falar com o senhor e preciso que você me fale a verdade você promete?
José: Catarina já acordada é cedo menina vai dormir.
Catarina: não papai preciso falar com o senhor e precisa ser agora enquanto todos estão dormindo.
Jose: Ok Catarina o que você quer saber?
Catarina: Quem é minha mãe?
Jose: Do que você está falando minha filha?
Catarina: Quero saber quem é minha mãe e porque o senhor mentiu para mim sobre isso?
Jose: Catarina minha filha sua mãe é a Josefa, quem mais pode ser?
Catarina: Quem pode ser eu não sei, mais sei que a dona Josefa não é, porque eu ouvir a Rosa e a Roseli conversando e falando que a dona Josefa não era minha mãe, que não era para eu morar aqui, que sou uma bastarda que meu lugar não é aqui. Quero saber a verdade papai, me conta a verdade chega de mentira.
Catarina estava desesperada, precisava saber a verdade, queria saber sua origem e entender o motivo de todos a tratarem como uma estranha. O pai da Catarina respira fundo e pede para ela sentar.
José: Bom minha filha, já que você quer saber a verdade vou lhe contar, mas peço que tenha paciência porque para mim não é nada fácil, tocar nesse assunto. Quando você nasceu eu morava no interior com a sua mãe verdadeira, porem sua mãe havia descoberto meu relacionamento com Josefa, eu estava com sua mãe a pouco tempo cerca de um ano mais ou menos, já com Josefa eu estava a quase seis anos, mas eu não poderia simplesmente jogar a Josefa para o lado para ficar com sua mãe mesmo amando muito sua mãe. Mas eu tinha filho com Josefa
Catarina: Espera! Você quer dizer que quando o senhor se envolveu com a minha mãe, o senhor já estava com a dona Josefa?
José: Sim! Minha filha eu já estava com a Josefa, na verdade eu me envolvi com sua mãe porque ouve um tempo em que eu e a Josefa tinha nós separado, mas quando a Josefa ficou sabendo do meu envolvimento com sua mãe ela me ameaçou, disse que iria me colocar na cadeia porque bigamia é crime eu já era casado com ela e depois me casei com sua mãe, no interior porque ela engravidou de você, e seu avó me fez casar com ela. Eu na verdade queria ficar com sua mãe porem não podia, por mais que a amava não poderia ser preso.
Catarina: E onde eu entro nessa história? Porque o senhor não me deixou com minha mãe? Porque o senhor me trouxe para um lugar onde ninguém gosta de mim? Que me tratam como se eu fosse uma intrusa? Porque? Porque?
Catarina começou a chorar as coisas começavam a encaixar em sua cabeça, muitas perguntas que ela fazia a si mesma agora estava tendo resposta, as coisas passou a fazer sentido. As lagrimas rolavam de seu rosto mais agora ela precisava ser forte e ir até o fim com tudo que estava por vim seja coisa boa ou r**m.
José: Calma minha filha deixa eu explicar. Depois que sua mãe engravidou, eu fiquei muito feliz porem Josefa descobriu e fez eu escolher ou eu voltava para ela e largava sua mãe ou ela me colocaria na cadeia. Sem saber o que fazer eu decidir voltar para ela, e apenas ajudar sua mãe em tudo, porem sua mãe passou a me odiar por conta disso e falou que não me queria mais, e nem queria nada que lembrasse ela que um dia se envolveu comigo, ou seja ela não queria você. Eu não podia deixar você com uma mulher que não te queria e que estava totalmente perturbada, ela tentou te matar assim que você nasceu, depois por várias vezes ela quis vender você, depois tentou joga-la fora enfim estava ficando cada vez mais perigoso deixa-la com ela, então em uma noite qualquer eu decidir rouba-la você dela e trazer você para morar comigo e Josefa, porem ela em nenhum momento veio atrás de você e tão pouco quis saber por onde você andava, ou se você estava viva ou morta. Sei que sua vida não tem sido fácil aqui, mais foi melhor assim, ou eu não sei o que seria da sua vida se você estivesse ficado com sua mãe.
Catarina não sabia muito em que pensar, foi rejeitada por duas vezes, nunca ninguém a amou, não tinha ninguém nesta vida, nem sua mãe verdadeira a quis, como dona Josefa iria querer se ela era fruto de uma traição, c***l e sem escrúpulos. Catarina só chorava, não poderia mais viver naquela casa, porem para onde ela iria? Não tinha família, nem pai nem mãe, nada e nem ninguém que pudesse ficar com ela, Catarina tinha apenas nove anos como iria se virar sozinha? Após a conversa seu pai se levanta e sai da sala e deixa Catarina com várias perguntas e sem resposta. Mas agora ela precisava tomar uma atitude em sua vida, Catarina queria conhecer sua mãe, onde será que ela estava e como ela poderia encontrar sua mãe? Ela não sabia nada de sua mãe, não sabia nome, ou por onde começar a procurar nada. Catarina começa a pensa e decidi ir fala com seu pai novamente.