Trilogia irmãos Bacelar - Hades

Ninguém gosta de perder

Hades

É apenas oito horas da manhã e eu já estou uma pilha de nervos, exausto de tantos problemas na cabeça.

Minha secretária bateu na porta. – Com licença Sr. Bacelar, há uma mulher que não tem hora marcada que deseja falar com o senhor, eu já pedi que ela fosse embora, mas ela está começando a incomodar no saguão.

Mais essa. – Qual o nome?

– Elise Decker, a modelo famosa que veio para o desfile da Fashion no último final de semana.

Merda! – Pode deixar que ela venha.

Me lembro dela, foi a modelo com quem eu me envolvi depois do desfile, mas eu me lembro de ter deixado claro que eu não gostaria que ela me procurasse depois daquilo.

Ela entrou como um furacão em minha sala, o rosto vermelho e fechado. – Você é muito babaca sabia? –

Ergui as sobrancelhas.

– Ah, eu sou? Não me lembro de ter sido chamado de babaca quando você estava na minha cama depois do desfile. Me lembro de gostoso, delicia... e até pensei que “mete mais fundo” tinha se tornado um apelido, qual o problema agora?

Ela arregalou os olhos espantada.

– Eu te liguei várias vezes! Qual o seu problema?

– Eu te disse que não deveria me ligar...

– Então vai me dizer que você não gostou da noite que passamos juntos, que não repetiria a dose...

Sorri. – Então esse é o seu problema? Você quer mais do que te dei no apartamento?

Ela fechou a cara. – Acha mesmo que eu quero mais alguma coisa com você depois de me ignorar, como se eu não fosse ninguém?

Revirei os olhos e esfreguei a testa. – Então me diga, o que p***a você quer para vir aqui na minha empresa? Perder o seu tempo precioso vindo atrás de alguém com quem você não quer coisa alguma... não faz muito sentido para mim.

Ela ficou calada, não tinha resposta para aquilo.

Me levantei e parei diante dela. – Então, Srta. Decker? O que veio fazer, além de atrapalhar o meu dia?

Ela engoliu seco e lambeu os lábios. Sei exatamente o que ela veio fazer aqui, mas não farei nada a menos que ela me peça.

– Eu... eu...

– Se não sabe o que veio fazer, faça o favor de se retirar, o meu dia está um caos, e eu não tenho mais tempo a perder.

Me virei para voltar a minha mesa, mas ela tentou me segurar pelo braço, me virei e ela me beijou.

– Eu sabia que era o que queria.

Ela já estava respirando rápido quando eu a soltei, fui até a minha mesa e acionei o privacy glass, o botão que impossibilita que vejam o que acontece do lado de dentro da minha sala.

– É isso que veio até aqui buscar? – Me sentei em minha cadeira e apertei minha ereção. – Se é isso, vem buscar.

Ela veio até mim e se ajoelhou entre as minhas pernas, soltando o meu cinto e liberando meu p*u que já estava prontinho para ela.

Sua boca me envolveu e ela nem conseguia chegar até a metade sem se engasgar. Segurei o cabelo e controlei os movimentos do jeitinho que gosto, fazendo com que meu p*u chegasse até o fundo de sua garganta.

Não demorei muito para expor seus s***s e colocá-la de quatro em minha mesa. Coloquei a camisinha, ergui sua saia, coloquei a calcinha para o lado e entrei, sentindo seu interior quente me envolver por completo.

Era tudo o que eu precisava para me livrar do estresse que estava durante toda a manhã.

Fizemos todas as posições possíveis dentro de um escritório, mas finalizei com ela na mesa, é a minha favorita.

Escutei a porta do escritório sendo aberta, olhei para trás e era meu irmão. – Já estou terminando, pode esperar um pouco aí fora. – Ele deu risada e fechou a porta.

Depois que terminei fui até o banheiro me limpar e voltei.

– Tenho muita coisa para fazer Srta. Decker, se puder fazer a gentileza. – Apontei para a porta. – Preciso continuar trabalhando, e não venha até aqui novamente sem que eu te diga para vir, tudo bem?

Ela me olhou atordoada e saiu pisando forte, meu irmão estava diante da porta e ela saiu o empurrando.

Ares entrou com um sorriso enorme no rosto. – Pelo jeito alguém não saiu daqui muito satisfeita.

Sorri. – O que quer Ares? Sabe que não deveria entrar quando o vidro opaco.

– Eu sei, vim só avisar que a vovó quer que você vá amanhã até a casa dela, ela disse que não vai aceitar um não como resposta!

– E por que ela não me ligou?

– Não ia perder tempo tentando, hoje ainda é sexta e ela sabe bem que você ignora qualquer tipo de chamada.

Ele se sentou colocando os pés na minha mesa.

– Qual o problema da modelo? Está perdendo o jeito?

– Na verdade, ela queria que eu a pegasse de jeito, eu fiz, mas como sempre, está esperando mais do que eu posso dar. – Dispensei os comentários seguintes sobre tudo aquilo com uma das mãos. – Mas me adiante, o que é que nossa avó quer?

Ele fez uma careta. – Para ser sincero, não sei, mas ela nos quer os três lá, e sabe como é que ela é, não vai aceitar um não como resposta, e se você tentar eu te garanto que ela vai vir pessoalmente te puxar pela orelha.

Ele estava certo, ela realmente faria, não se diz não a dona Ofélia. – O que pode ser tão importante para ela chamar os três?

Ele ficou pensativo por alguns instantes. – Será que fizemos algo r**m? Estou perturbado com isso desde que ela me ligou.

Nós três não temos muitos limites na vida, não obedecemos a ninguém e seguimos nossas próprias leis, mas quando se trata de nossa avó, nós respeitamos, obedecemos e amamos.

Suspirei profundamente. – Olha, para ela pedir para ir assim fora de hora, boa coisa é que não deve ser. – Dei risada. – Provavelmente fizemos algo r**m. Ligou para o Eros para perguntar?

– Acha que não? É claro que liguei, ele disse que ela não falou nada e quando ele perguntou, ela só o mandou esperar. Mas ele disse que desde o aniversário dela, quando dormimos lá, ela tem agido estranho.

– Seja o que for, deve ser algo sério. Eu vou para a Playhouse Nightclub, está a fim de ir?

– Sério? Não foi você quem disse que ela era uma porcaria? – Estalou a língua. – Tem a ver com trabalho, não é? Você odeia aquele lugar.

Não consigo esconder nada dos meus irmãos. – O dono de um terreno que eu tenho interesse, quer ir até lá, eu não pude recusar, e pelo visto Michael também está de olho na propriedade.

­– Você e ele não tem jeito, estão sempre tentando se atacar indiretamente...

– Ele é quem sempre vai atrás daquilo que eu quero, se ele não procurasse sarna, não se coçaria.

Michael é da empresa que faz frente a nossa, embora eu consiga a maior parte dos projetos que me interessam, ele ainda consegue me irritar de vez em quando e se tornou uma coisinha muito incômoda.

– Você é que não gosta de perder.

– Ninguém gosta de perder. – Respondi já me irritando. – E você tem que participar mais desse tipo de coisa, preciso passar mais coisas para as suas mãos, não posso ficar fazendo tudo sozinho sempre.

– Você manda bem irmão.

– Você também, só não faz questão disso Ares.

– Melhor eu tomar meu rumo. – Ele sempre desconversa. – Nos vemos lá, eu estava buscando algo para fazer hoje de qualquer maneira.

– Obrigado, veja se Eros quer ir também, já passou da hora de ele assumir o lugar dele na empresa.

– Não conte com isso! Mas talvez para a Playhouse ele vá.

Ele saiu e eu segui o meu dia, que ficou ainda mais turbulento devido ao tempo que perdi com a modelo e com meu irmão.