Trilogia irmãos Bacelar - Hades

Hades – Você não pense que isso vai ficar assim! – Ela sorriu na minha cara. – Tem ideia da humilhação que me fez passar? Dessa vez a gargalhada foi mais alta. – E você acha que eu me sinto como? Ham? Tem noção do quão i****a eu devo parecer diante da sociedade? Essa menina vai acabar me tirando completamente o juízo. – Escuta bem Lyssa, eu vou falar apenas uma vez, você não pode cobrar absolutamente nada de mim, você não passa de uma interesseira, uma mulherzinha vulgar que ainda não conhece seu lugar, você pode ter enganado minha avó, mas você não vai me enganar! Sua mão acertou um tapa forte em meu rosto, não tive como raciocinar, ela faz isso quando não está aguentando mais de raiva, mas eu sou quem deveria estar irritado! Ela se aproximou ainda mais de mim, me encarando com a cabeça erguida e apontou o dedo na minha cara. – Escute aqui você, Sr. Bacelar, não ouse falar de mim como se falasse de uma qualquer, para começo de conversa, foi você quem me fez essa proposta. – E você nunca me disse por que aceitou! – Gritei com raiva. – Porque isso não te diz respeito! – Gritou tão alto quanto eu. Eu já vi mulheres com raiva, mas ela, Lyssa consegue se superar, consegue deixar estampado cada emoção que está sentindo, principalmente a raiva que ela sente de mim cada vez que me vê. – Não pense que o que aconteceu entre nós vai mudar alguma coisa. – Trinquei os dentes. – Você não significa nada para mim. Mais uma vez ela sorriu. – Nada mudou para mim também, acredite... você continua sendo o mesmo homem insuportável de quem eu não vejo a hora de me livrar! – Suas palavras me irritaram ainda mais. – E se você não quer ser “envergonhado” mantenha as vadias que você come longe de mim! Lyssa se virou, segurando o lençol em volta do corpo, com suas roupas em uma das mãos. Me lembrei de tudo o que aconteceu entre nós ontem a noite e foi impossível não salivar com o desejo de repetir tudo. Ela parou antes de abrir a porta e olhou para mim. – A sua amiguinha me disse que está grávida. – Um sorriso de pura zombaria surgiu em seus lábios. – Parabéns papai! – Meu coração errou uma batida. – O que você disse? – Me levantei da cama para ir atrás dela, mas Lyssa se trancou em seu quarto e por mais que eu tivesse quase derrubando a porta, ela não me deixou entrar. Voltei para meu quarto e coloquei as mãos na cabeça. Não pode ser real, ela deve ter dito apenas para me provocar, está mentindo, só que me enlouquecer! Respirei fundo e fui pegar meu celular na mesa de cabeceira, foi apenas nesse momento que eu vi o tamanho da merda que fiz. – p***a! Os lençóis brancos da minha cama estavam com uma mancha de sangue. Ela era virgem? Não... não... não... não... NÃO! Mas ela... ela não me avisou, não hoje... isso faz tanto tempo eu havia... Lyssa me disse a verdade... mas ela não reclamou, eu senti a diferença, senti que estava apertado, mas virgem? Não, isso eu não imaginei, isso eu jamais poderia ter esperado.