CAPÍTULO 4

2235 Words
Ivan Smith Assim que me aproximo dos meus tios, vejo que a garota que está com eles é a tal da Stela. Fico impressionado com a menina e olho para ela dos pés à cabeça. Ela está linda e gostosa pra c*****o nesse vestido e em nada se parece com a mesma pessoa que expulsei da minha sala. A garota também me parece ter ficado surpresa com a minha presença, pois não para de olhar para mim e para a Caroline que está de braços cruzados comigo. Fico um tempo conversando com meus tios, quer dizer, escutando as reclamações da minha tia por não aparecer mais vezes para visitá-los. Durante a conversa, fico curioso por saber que tem gente ocupando meu quarto na casa deles. Inclusive parece que a tal ocupante não fazia ideia de que o quarto era meu, pois deu para ver estampado isso na sua cara de surpresa. Ela logo inventa uma desculpa qualquer, dizendo que irá procurar por Andreza e sai correndo como se estivesse fugindo de um monstro. Fico só observando para onde ela vai e como esperava, ela entra correndo na casa. Como se não me controlasse, peço licença informando que preciso ir ao banheiro rapidamente. Deixo Caroline na companhia dos meus tios e de Carlos e caminho rumo a casa. Quando chego na porta não vejo nem sinal da garota, então me ocorre a ideia de que ela talvez tenha ido para o quarto. Como se minhas pernas me dominassem, subo a escada em direção ao que até então era meu quarto. Chego em frente à porta, penso em bater, mas não ouço movimento algum dentro do quarto, o que me leva a crer que não tem ninguém. Mesmo assim, resolvo abrir a porta e entrar. Quando entro, percebo algumas roupas em cima da cama, uma agenda na mesinha de cabeceira e uma bolsa próxima à porta do banheiro. Assim que levanto a cabeça, a porta do banheiro abre revelando uma Stela bastante assustada. Parece até que a menina está vendo o d***o na frente dela. — O que você está fazendo aqui!? — Que eu saiba esse quarto é meu. Vim aqui para usar meu banheiro — respondo olhando diretamente em seus olhos, depois desço o olhar para seus s***s dentro do decote ousado. O vestido curto mostra suas pernas, e, p***a, ela está gostosa demais nesse vestido. Eu não estou nem me reconhecendo, afinal nunca fui um homem impulsivo, mas essa garota está me tirando do sério. Minha vontade é de imprensá-la na parede e beijá-la até perder o folego. — Me desculpa, mas estou usando seu quarto no momento e pelo que percebi você não o ocupa há bastante tempo. Então, você pode se retirar e usar o banheiro social, ou um banheiro dos quartos de hóspedes. — Nossa, parece que a senhorita tem uma resposta para tudo. Agora eu lembro que também foi muito m*l-educada saindo da minha sala daquele jeito, dando as costas para mim e batendo a porta. — Era só o que me faltava! Você esperava o quê? Que eu agradecesse por me tratar feito lixo e saísse de cabeça baixa, pedindo com licença. Humm, parece que a garota realmente tem uma língua afiada para dar respostas sarcásticas. — Por falar em educação, admito que não a tratei da forma como deveria. Peço desculpas por isso. Carlos me contou sobre o que aconteceu no dia do incidente em que você esbarrou em mim. Também peço que me perdoe pela forma como a tratei. Saiba que não é todo dia que peço desculpas, mas sei reconhecer quando erro. Você não estava em um dia bom e eu também não, então acabamos nos tratando m*l. — Eu não o tratei m*l em momento nenhum. Eu até me desculpei pelo esbarrão, porém você nem ligou e olha que estava indo para o hospital para ver meu avô que tinha infartado. Você nas duas vezes em que nos encontramos foi grosso, frio e agiu como um completo i****a. Se soubesse que você estaria nessa festa não teria vindo e se pudesse também nunca mais olharia na sua cara. — Olha aqui, garota... — Vou para cima dela, segurando-a pelo braço. — Estou me desculpando com você, que é uma coisa que não faço todo dia, então se não aceita minhas desculpas o problema é seu — digo olhando bem dentro dos seus olhos, mas não a solto. Ela não fala nada, mas me encara de uma forma intensa. Ficamos nos olhando por alguns segundos e não sei o que dá em mim, mas não consigo me controlar e a beijo com força. Sem desgrudar de seus lábios, eu a empurro para a parede e a prenso nela com meu corpo. No começo ela não reage, mas logo depois corresponde ao beijo de forma intensa. Seus lábios são doces como nunca tinha experimentado antes. Não tenho vontade de soltá-la e percebo que ela está perdendo as forças das pernas. Logo pego seus braços e coloco em volta do meu pescoço para que ela possa se segurar. Ela enfia seus dedos em meu cabelo, me puxando para mais perto dela e isso me surpreende, pois, significa que está gostando tanto quanto eu. Confesso que nunca tinha beijado alguém de forma tão intensa como estou fazendo agora. Enfio a língua em sua boca e ela chupa, mordo seus lábios inferiores e depois volto a chupar de novo. É um beijo depravado, necessitado e gostoso como nunca senti antes. Passo as mãos pelo seu corpo, sentindo suas curvas, levanto seu vestido curto e aperto sua b***a durinha e redonda. Ela é gostosa pra c*****o e, neste momento, está totalmente entregue a mim, mas preciso parar antes que faça algo que me arrependa depois. Eu a soltei antes que desmaie sem fôlego nos meus braços. Desconecto nossos lábios e encosto a testa na dela. Admito que quase tive um orgasmo com esse beijo. Ela está ofegante assim como eu, mas, em momento algum, me solta, continua me segurando com os braços em volta do meu pescoço e as suas mãos no meu cabelo. Respiro fundo, seguro seu queixo e a encaro. — Carlos a ajudou com o trabalho? Você o entrevistou? — Sim — responde ainda recuperando o folego. — Espero você na segunda-feira às dez da manhã no meu escritório e não se atrase. Irei te ajudar, vou conceder a entrevista. Com certeza comigo seu trabalho terá muito mais credibilidade e peso na sua nota. Ela me solta e arruma o vestido. Porra, a minha vontade é de agarrá-la de novo! Preciso sair desse quarto antes que faça uma besteira, por isso não deixo que ela responda e saio. Preciso de ar urgente. Já fiquei o suficiente nessa festa, por isso vou procurar Caroline e dar o fora daqui. Com certeza ela irá querer me levar para seu apartamento e tudo o que preciso agora é passar a noite com uma mulher gostosa para tirar a Stela e esse beijo da cabeça. *** Stela Gomes Estou petrificada no lugar, não consigo mexer um músculo sequer e nem acreditar no que acabou de acontecer dentro desse quarto. Meu Deus, como assim Ivan me beijou? Afinal em um momento estávamos discutindo e no outro ele já estava me beijando. O pior nem foi isso, o pior foi que correspondi e gostei da forma como ele me beijou. Foi inesperado, intenso e gostoso. Quando ele me imprensou na parede e começou a me beijar fiquei sem reação, mas quando senti suas mãos em mim, não resisti e correspondi o beijo. Ele pegou minhas mãos e colocou em volta do seu pescoço. Senti seu cabelo macio e coloquei meus dedos entre os fios. Admito que naquele momento já não estava pensando com clareza e o puxava para mim. Eu o desejava e muito. Ele passou as mãos pelo meu corpo e logo as levou para baixo do meu vestido curto onde apertou a minha b***a. Eu senti latejar entre minhas pernas, uma sensação que nunca senti antes. A forma como ele me beijou e chupou minha língua... Tudo era novidade para mim. Tenho dezenove anos, mas nunca fiquei com ninguém assim, muito menos fui beijada daquela maneira. Eu sou virgem, mas não sou boba e sei muito bem o que iria acabar acontecendo se não tivéssemos parado. Na verdade, se ele não tivesse parado porque eu já não raciocinava direito. Eu me deixei levar pela sensação e o desejo que o beijo dele me proporcionou. Aquilo era muito novo para mim. Saio dos meus pensamentos com Andreza entrando no quarto feito um furacão. — O que você está fazendo aqui sozinha? E que cara é essa? Você está vermelha, está se sentido bem? Nossa quanta pergunta! Posso dizer que não estou me sentindo bem, mas conhecendo Andreza, como eu conheço, ela vai fazer um show. Pensando nisso, resolvo inventar outra desculpa. — Eu vim aqui apenas para usar o banheiro e retocar a maquiagem, já estava descendo. — Pois vamos descer logo, Ivan está lá embaixo com a “amiguinha” dele. Meu primo queria ir embora, mas parece que a mulherzinha o convenceu a ficar mais um pouco. Eu queria cair na pista de dança com ele, mas Ivan está ficando careta, então vou dançar com você. Só em escutar o nome dele meu coração já acelera. — Não era para você estar correndo atrás do amigo do seu irmão? O que aconteceu com seus planos de dar uns amassos nele, como você mesma disse que faria. — Ele é um i****a. Botei para cima do cara, mas disse que não podia ficar com a irmãzinha do amigo dele. Vê se tem cabimento uma coisa dessa! Não sou mais nenhuma criança para ser tratada desse jeito, então o mandei ir para aquele lugar. Dou gargalhada do que diz, pois, parece estar indignada. — Vamos descer e dançar, mas você sabe que não sou muito boa nisso. — Que nada! Você é ótima dançando, o problema é que você evita baladas. Você é muito certinha, Stela, tem que aproveitar mais a vida. — Vamos logo antes que eu desista de dançar com você. Descemos e passamos próximo do local onde Ivan está com a tal amiga e Carlos conversando. Percebo que ele nos acompanha com os olhos até a pista de dança. Quando começamos a dançar, me sinto observada por ele. Não sei o que dá em mim, mas saber que ele me observa, me faz me soltar. Estou dançando para ele, sinto seus olhos em cima de mim e Andreza parece que gosta da minha desenvoltura. — Nossa, amiga, você tá botando pra quebrar. Fazia tempo que não te via tão solta assim. É isso aí, rebola essa b***a que os caras estão tudo doido olhando pra gente. Quem sabe você não pega um carinha hoje. Ela é demais, por isso começo a rir dela. — Não exagera, Andreza, só estou dançando aqui por você que foi rejeitada, tadinha... — digo rindo dela que não gosta nada nada do meu comentário e logo me mostra a língua. — Olha ali, amiga. — Olhar onde? — Ali — diz mostrando disfarçadamente Carlos e Ivan olhando pra nós duas e a tal “amiguinha” com uma cara tão feia que dá medo. — Meu irmão e meu primo estão babando em você, porque posso garantir que esses olhares deles não são para mim. — Pode parar com isso, Andreza, nunca vou ficar com seu irmão e muito menos com seu primo. Você sabe o que penso a respeito dele. — Nossa, você é muito chata. Vamos pegar alguma coisa para beber porque se continuar dançando assim é capaz de escorrer baba deles. Andreza sai me puxando em direção ao bar onde peço uma bebida sem álcool. Minha amiga logo reclama, me chamando de careta, mas não tenho costume de beber e não quero me arriscar de dar vexame na festa dos outros. Ficamos conversando e olhando os carinhas da festa enquanto Andreza reclama do tal fora que ela levou. Minha amiga está mesmo indignada com a situação. Logo depois percebo que Ivan e Carlos não estão mais no mesmo lugar, provavelmente ele foi embora e Carlos com certeza está aproveitando a superfesta dele. Como Andreza previu a festa realmente acabou na piscina. Invento para minha amiga que estou cansada e me retiro para meu quarto. Tiro a maquiagem, tomo banho, visto uma roupa confortável e caio na cama. Realmente estou cansada. Coloco a cabeça no travesseiro e fico pensando em tudo o que aconteceu hoje. Penso no beijo do Ivan, nas sensações que ele me fez sentir, nos olhares que lançou em minha direção, e no que ele tinha me falado. Ele realmente quer que volte no grupo Smith para que o entreviste e refaça meu trabalho que já está pronto porque ele se acha melhor do que Carlos. Ah, mas não vou fazer isso. Não foi porque gostei do beijo dele que esqueci da forma como me tratou. Carlos foi quem me ajudou quando ele me expulsou e me tratou feito lixo. Não vou ser m*l-agradecida com Carlos só porque Ivan ficou com dor de consciência, não mesmo. O melhor que tenho a fazer é ficar longe dele e espero nunca mais cruzar com ele nem na rua e nem aqui. Está decidido eu não vou voltar naquela empresa de jeito nenhum.
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