Ricardo-Entrelaçados pelo Destino.

Capítulo ☆☆☆《Outfit》

Ricardo.

Vou saindo pelo portão de ferro do condomínio, onde se concentravam o maior número de mafiosos do alto escalão da máfia Cosa Nostra.

Com a chama da vingança ardendo no meu peito, libertando o monstro da escuridão que habita dentro de mim, sigo sem olhar para trás.

Buscando uma estratégia de sobrevivência nesse mundo onde o mais fraco e esmagado pelo mais forte, vou andando até o banco onde depositei o dinheiro dos trabalhos que fiz na Máfia, como executor.

Saindo de lá, vejo uma movimentação estranha na rua, acelerando os passos, movo-me, pois estou em desvantagem. Com a minha experiência em campo, sei que há vários homens atrás de mim, sigo procurando uma rota de fuga.

Vou andando em alerta, olhando para todos os lados, até que chego em uma rua sem saída e praguejo por minha má sorte, sou encurralado por três homens, sem alternativas, lutarei para sobreviver.

Me viro, para encarar os meus perseguidores, sinto um tiro atravessar a minha pele, antes que eu conseguisse desviar, caio no chão de joelhos, sentindo uma dor queimando a

minha coxa.

— Um rato, fugitivo, achei que seria mais difícil capturar você.

— Desgraçado, o que fazem no nosso território?

— Vocês da Costa Nostra acharam que poderiam levar os nossos sem sofrer consequências?

— Ndrangheta é uma organização implacável para aceitar ser atacada sem revidar.

— Esse discurso de merd@, você demorou quanto tempo para decorar?

Então o vejo apontando mais uma vez a arma para mim, e atirando no meu braço.

Grito em voz alta.

— Desgraçado!

Usando os meus treinamentos, me levanto, derrubando e conseguindo imobilizá-lo, tirando a arma de suas mãos, atiro na sua cabeça, em seguida nos seus soldados que o acompanhavam, derrubando um de cada vez.

Penso em voz alta:“ Foi fácil demais para ser verdade”. Assim que fecho minha boca, vejo mais soldados surgirem.

“Que comece a Diversão”.

Atiro até acabar as últimas munições e começo uma luta corporal, onde estou em desvantagem pelos machucados não curados, sinto um soco me derrubar.

Reagindo, me levanto e o prendo em meus braços, pegando uma de suas armas que estavam na cintura, e coloco em sua cabeça, o fazendo de escudo.

Vejo mais homens se aproximarem, karalho!

Uma chuva de tiros começa a vir em nossa direção. Tento me desviar ao máximo, mas sinto o cano gelado encostado na minha cabeça. Sem alternativas, solto o soldado que estava prendendo e deixo minha arma cair. Sinto uma pancada ser desferida em minha cabeça e apago.

— Acorda, seu maldito!

Sinto água gelada molhar o meu rosto com brutalidade, abrindo os meus olhos, me vejo em um galpão da Ndrangheta, com mãos e pés amarrados em uma cadeira.

— E só isso que você sabe fazer? — falo para o meu torturador, e vejo o seu sorriso diabólico.

— Quero ver essa rebeldia quando eu acabar com você, maldito. — fala cuspindo no meu rosto.

— Vamos acabar logo com isso, o seu bafo fede. — falo com desdém.

Então sinto uma sequência de socos sendo desferido em meu rosto, o sangue que escorre do meu nariz mancha as minhas roupas.

Sorrio sarcasticamente.

— E só isso que você sabe fazer? Sabia que uma mulher bate, mas forte?

Vendo a ira dele crescer, vejo pegar um facão e começa a retalhar meu corpo com cortes, rasgando minhas roupas onde a lâmina pegava, sem emitir nenhum som permaneço impenetrável, aumentando mais a sua irá.

— Façam uma fogueira, quero ver esse verme queimar no fogo!

Quando eu pensei que morreria, escuto uma voz, dando uma ordem para que a sessão fosse interrompida, forçando minha cabeça a levantar, vejo um homem com uma aura dominante. Se aproxima de onde eu estava.

— Chefe Kristen, esse desgraçado é m****o da Máfia inimiga cospe em mim novamente ao pronunciar, eles pegaram vinte homens da Ndrangheta. Sangue se paga com sangue Chefe!

— Vou levá-lo, e não aceito interrupções, ou nossa aliança acabará, e seu chefe já foi informado.

Mesmo a contragosto, os soldados da Ndrangheta removem o meu corpo para o hospital dentro da Ndrangheta onde fui atendido como um animal, sem direito a reclamar, sentindo a agulha entrando na minha pele e repuxando até que todos os cortes fossem suturados. Acabo desmaiando com a dor intensa que sinto.

Algumas horas depois.

Acordo sentindo a presença de alguém ao meu lado, abro os olhos com dificuldade, e escuto suas palavras.

— Sou Kristen, Chefe do Outfit, e estou te dando uma oportunidade de ser treinado por mim.

— Me chamo Ricardo, e não tenho nada para oferecer, em troca, só a minha lealdade.

— Esteja pronto em 10 minutos e me encontre do lado de fora Ricardo.

Me levanto com dificuldade, sentindo minha pele repuxar, desgraçados, maldita Ndrangheta!

Saindo do prédio vejo um carro preto BMW com a porta aberta, entrando vejo o Kristen estendendo a mão para mim. Assim, virei mais um capítulo da minha jornada pronto para alcançar, mas um degrau que me levará ao topo, onde nunca, mas serei subjugado.