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Ricardo-Entrelaçados pelo Destino.

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Blurb

No submundo da máfia, com suas facetas complexas é sombrias, há rivalidade entre as máfias Cosa Nostra e Outfit, são acarretadas pelo poder no mercado de exportação de drogas ilícitas.

Ricardo Santoro, um homem nascido na máfia Cosa Nostra, moldado por sofrimentos e maus tratos por ser filho bastardo da família Santoro. Após ter falhado na prova final da sua iniciação, Ricardo é exilado por seu Don. Exilado, é sem chances de sobreviver no submundo do crime, Ricardo aliou-se à máfia rival, Outfit.

Ricardo, agora aliado à Outfit, começa a se destacar em sua nova organização, ganhando o cargo de subchefe. Sua habilidade estratégica e conhecimento das operações da Cosa Nostra o tornam um ativo valioso.

Um acordo de casamento envolvendo o Subchefe de Chicago e a filha do Don da Cosa Nostra mudará a dinâmica do submundo, um acordo de casamento que selará uma aliança, dando uma trégua temporária nessa briga de gigantes do submundo do crime.

Nicole Bernardes, herdeira da Cosa Nostra, sendo filha única e mulher, não poderá herdar o cargo hereditário de Don. Possuindo uma deformidade devido há um grave acidente de carro que a deixou paraplégica há impossibilita de andar novamente, dona de um temperamento explosivo, Nicole viverá uma relação onde ela e gasolina ele o fogo, nessa junção de fogo e gasolina um acordo de casamento os unirá mudando a dinâmica do casal, onde suas vidas estarão entrelaçadas pelo fio do destino.

Ricardo Santoro verá em sua noiva o seu começo de vingança. A relação entre eles será cheia de desavenças, onde Ricardo usará de meios físicos para punir o corpo de Nicole. Ambos viveram uma tortura onde a dor é o prazer e mesclado. Intrigas e novos inimigos surgiram na briga pelo poder. Mas Ricardo Santoro não hesitara em puxar o gatilho.

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Capítulo ☆☆☆《Início》
Nicole Todos os dias da minha vida têm sido um pesadelo, desde aquele maldito acidente que tirou a razão do meu viver, ainda consigo me lembrar nitidamente como se fosse hoje… Era um dia de domingo quando recebi um convite para jantar com uma amiga, como já era acostumada a dirigir a noite, avisei ao meu pai que sairia. Peguei o meu carro e ao sair, logo notei pelos retrovisores a minha escolta se aproximando discretamente, sem condições de contestar, sai em direção à estrada. No decorrer do percurso, um carro surgiu repentinamente, atravessou o sinal vermelho e me acertou violentamente, impossibilitando-me de seguir adiante. Freneticamente apertava o pedal do freio, percebi que não estavam funcionando, acabei perdendo o controle do carro, senti outro grande impacto e tudo escureceu imediatamente. Todas as vezes que fecho os olhos, sou levada para aquele exato momento onde tudo aconteceu, consigo sentir o cheiro de gasolina, a dor intensa e dilacerante que consumia o meu corpo, sentindo a escuridão me abraçar. Dando boas-vindas a ela, desejando com todas as minhas forças que realmente tivesse morrido, e que não precisasse passar o resto da minha vida aprisionada em uma maldita cadeira de rodas. Deitada na minha cama, olhando para o teto, fico esperando alguém para me ajudar a ir ao banheiro, que vida miserável e humilhante, não consigo tomar um banho só. Como alguém pode ser feliz assim? Decido ignorar as minhas limitações no momento e vou me sentando lentamente na cama, olhando para a cadeira de rodas que não está tão longe, tento alcançá-la, mas acabo me desequilibrando, bato na mesinha próximo à minha cama, e termino indo ao encontro do chão, sentindo o impacto da queda machucar o meu corpo. Raiva e frustração são tudo o que sinto, grito e choro, colocando para fora a dor da minha alma. Vejo um flash de luz indicando que alguém entrou no meu quarto. Não querendo mostrar minha vulnerabilidade, falo: — Sai daqui, me deixe morrer nesse chão, sozinha! — Chega dessa sua auto piedade, Nicole! — Você sobreviveu ao acidente, e não vou aceitar que você se entregue à morte sem lutar, minha filha! —Eu não quero mais lutar, papai! Sentindo os braços do meu pai passarem pela minha cintura, me levantando do chão frio e gelado, sou colocada sentada na poltrona do meu quarto, e vejo-o se ajoelhando para ficar na minha altura. — Nicole, tenho algo para te falar e sei que você não irá gostar, mas fiz um acordo de casamento para você, e antes que você me culpe, não sei mais o que fazer para te tirar desse quarto, já se passaram cinco anos e você continua presa ao passado Nicole, estou sem armas para te ajudar, minha filha. — Sai daqui, papai! — Pelo amor de Deus, me deixe só, eu não pedi a sua ajuda, eu só quero dormir e nunca mais acordar, mas nem isso eu posso! — Um acordo de casamento, quem seria tão t**o para querer uma manca que não consegue fazer nada, não sirvo para ser esposa de ninguém! — Saia daqui! — esbravejo ferozmente, enquanto o meu pai se retira do meu quarto deixando a porta encostada. — Não sabe agir como um pai! Até comigo inutilizada em uma cadeira de rodas você age como um dom! Maldito! Vejo o meu pai parar na porta, ele respira fundo e sai, logo umas das enfermeiras que foram contratadas para me ajudar, entrando ela me oferece apoio para sentar na cadeira e irmos fazer minha higiene. O meu quarto foi todo adaptado para um cadeirante, possibilitando uma boa locomoção, a minha família tem oferecido o melhor para me ajudar, mas nada me faz sentir menos imponente. Não faço ideia de quem é esse homem que fez esse acordo com o meu pai, deve ser alguém atrás de dinheiro fácil ou subir de posição na Máfia! Não é possível que um homem bem de vida queira se casar comigo, mas estou disposta a rejeitá-lo, nem que para isso eu tenha que morrer, não vou aceitar piedade e falso amor de um estranho. Após fazer a minha higiene, peço para a enfermeira me deixar só. Como a minha cadeira é automática, vou até a enorme janela de vidro que tenho no meu quarto e fico observando os funcionários que trabalham no jardim. As flores este ano estão mais lindas. Fico olhando até a hora que o fisioterapeuta entra no meu quarto para me levar para a sala dos equipamentos de exercícios, pois preciso manter uma rotina de cuidados com o meu corpo para que o m****o afetado não atrofie pela falta de uso. No início do tratamento, o médico me deu uma esperança de que um dia poderia voltar a andar novamente, me agarrei a essa possibilidade com unhas e dentes, dando sempre o melhor de mim, fiz tudo o que foi me passado, com bastante disciplina mas nada mudou, a minha perna não correspondeu, sem esperanças só aceitei que essa era minha vida agora.

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