Capítulo 2

2509 Words
RODRIGO SALLES " O perdão é a única chave capaz de fechar para sempre a porta dos sofrimentos do passado. " Meu nome é Rodrigo Salles, tenho vinte e um anos e moro com minha mãe. Eu estou no último período de marketing e meu sonho é abrir minha própria empresa, mas infelizmente eu tive que me sujeitar a trabalhar no grupo Global Foxy, a empresa daquele desgraçado que se diz meu pai… Eu cresci numa casa confortável em um condomínio de classe média alta no Morumbi. Moramos eu e minha mãe, que me criou com todo amor e carinho do mundo. Aí você pergunta: onde fica o seu pai nessa história? Bom, essa é a parte complicada da minha vida e também a parte que eu não gosto nada. Meu pai é o Arthur Foxy, o todo poderoso dono do Grupo Global Foxy. Minha mãe trabalhava como governanta na mansão da família Foxy e acabou se envolvendo com o patrão, aquele desgraçado enganou ela, entrou na mente dela e foi assim que eu nasci. Minha mãe defende ele, diz que não foi só ele que errou e ela também, que foi um erro de ambos, mas eu não aceito isso, fico cheio de raiva. É óbvio que ele usou o dinheiro e a influência dele para enganar ela, iludir, aquele filho da .puta ainda tem coragem de vir aqui e ficar de papo, eu odeio ele, odeio essa situação toda. Eu estudei nas melhores escolas, fiz vários cursos, sou fluente em três idiomas, viajei para Disney nas férias da escola, também conheci Paris e as praias de Miami, tudo isso financiado com o dinheiro daquele desgraçado. Aí você pergunta: Mas se você odeia tanto o seu pai porque usa o dinheiro dele, isso não é hipocrisia? E a minha resposta é: eu realmente não queria usar, no começo quando comecei a entender as coisas, eu quis recusar, mas ele ameaçou me tirar da minha mãe, aquele desgraçado teve a coragem de me ameaçar. Minha mãe também ficou sempre enchendo a minha cabeça, dizendo que isso é um direito meu, que querendo ou não eu sou o filho dele e mereço ter uma vida tão confortável quanto ele e a família tem. Me dá vontade de rir, sabe, rir dessa palhaçada que é a minha vida. Principalmente quando os outros, os amigos da minha mãe dizem que eu tirei a sorte grande, sorte? Só pode ser uma piada. Eu sou o filho bastardo do dono da Foxy Mídia, eu sou o filho da empregada que deu o golpe do baú no patrão… é isso que eu cresci ouvindo, onde isso é ter sorte? Eu preferia mil vezes que meu pai fosse um assalariado qualquer, que tivesse uma vida simples do que ter que olhar na cara daquele povo todas as vezes que sou obrigado a ir nas reuniões de família do velho. Eu pelo menos estou aproveitando bem o investimento dele, eu tiro notas boas e estou conseguindo alcançar meus objetivos profissionais. Estou me formando em marketing digital, também pretendo cursar de administração, assim eu vou ter mais facilidade para criar e administrar minha própria empresa e finalmente vou poder me livrar do controle daquele homem. Como nada é tão fácil, assim que eu concluir a primeira etapa do curso de marketing digital, o velho me obrigou a fazer o estágio na empresa dele, o que foi um saco, principalmente porque as pessoas lá ficavam me encarando o tempo todo, eu odeio isso, parece que sou algum animal em exposição no zoológico. Assim que concluí o estágio comecei a trabalhar na empresa, eu não queria, não mesmo, eu não aceitei o emprego por ele, nunca, jamais vou deixar aquele homem ditar as regras da minha vida por vontade própria. Eu aceitei esse trabalho porque minha mãe insistiu, a minha mãe sim eu ouço. Infelizmente minha mãe acredita nas palavras daquele velho vagabundo e ficou enchendo a minha cabeça, até passou .mal quando eu insisti em recusar, teve que ser hospitalizada. Sem alternativa eu acabei aceitando, por isso eu trabalho naquela empresa e sou obrigado a conviver com aquele povo e com aquele filhinho de papai que o velho diz que é meu irmão, o Leandro. O Leandro não me suporta, pelo menos nisso nós combinamos, eu também não suporto ele. O cara é um arrogante de .merda e faz questão de exibir o poder e o dinheiro que tem. Aquele .idiota também não perde uma oportunidade de tentar me humilhar e diminuir, mas é só tentar mesmo porque eu jamais vou permitir isso. Eu faço questão de responder à altura e ele acaba saindo da briga com mais raiva do que entrou. Em mais um dia normal na Foxy Mídia News, a revista do Grupo Global Foxy, eu estou trabalhando tranquilamente na minha sala quando sou chamado até o escritório da diretora, diretora essa que eu também não gosto nem um pouco, a Lorena. Aquela ali é a afilhada do velho, foi criada por ele desde os quatorze anos e trabalha na revista. Conseguiu um cargo excelente antes mesmo de se formar, tudo isso porque tem a proteção do dono. Sem opção, eu vou até lá ver o que ela quer. Eu só posso ter um imã para atrair gente que não presta e situação absurda, porque não é possível que isso seja normal. Eu olho a mulher sentada atrás daquela mesa e só consigo pensar na vontade que eu tenho de mandar ela e todos dessa revista, ir à .merda. Ela respira fundo e firma o olhar no meu, tem muita determinação nos seus olhos. — Você sabe que eu sempre quis ter você pra mim — ela começa a falar e eu já sinto meus músculos contraírem de raiva, eu já sei que não vou gostar de ouvir o resto. — Onde você quer chegar com isso, Lorena? — Perguntei friamente. — Rodrigo, vamos fazer um acordo, eu assino o documento e dou total apoio à sua amiga nas campanhas publicitárias e em troca você passa uma noite comigo. Eu não acredito que eu ouvi isso. Eu fico olhando a cara daquela mulher procurando, nem que seja uma dúvida, um arrependimento, ou mesmo confusão, sim, porque ela deve estar maluca, isso não é proposta que se faça. Mas não existe nada, nenhuma dúvida sequer. Eu dou uma gargalhada alta, ri de nervoso, ri da situação ridícula que acabei de me enfiar. — Você está querendo comprar uma noite comigo? — Pergunto incrédulo — Você está achando que eu sou .gigolô?! — Isso não é grande coisa, é só uma noite, Rodrigo — fala com voz pedante, aquilo me dá nojo. — Claro que não, você só está me chantageando pra eu dormir com você! — minha voz sai tão fria quanto gelo. — Você não está de casamento marcado com o .idiota do Leandro? O que foi, ele não está te satisfazendo na cama? — Falo com desdém. — Não é isso, só estou querendo fazer .sexo com o cara que realmente me interessa. Você sabe que é de você que eu gosto. —Diz sem nenhuma dúvida. Essa mulher é muito baixa, muito baixa e cínica. Ela não tem nenhuma vergonha na cara, propor um absurdo desses enquanto está de casamento marcado com outro cara. Ela me mostra o contrato da Bruna, realmente tem muita coisa boa preparada pra ela. Eu conheci a Bruna na lanchonete da faculdade, ela era atendente lá, trabalhava para pagar os custos do curso de moda, eu a ajudei a conseguir um trabalho aqui. A família dela é muito humilde e esse contrato vai ajudá-la a tirar a mãe e o irmão da favela. Eu aperto as folhas entre os dedos, até ficarem brancos, minha raiva por essa mulher na minha frente está quase explodindo. Tudo bem que a assinatura dela é importante para a Bruna entrar aqui e, já que ela é diretora, sua ajuda vai fazer tudo ser mais fácil, mas se eu quiser posso fazer a Bruna conseguir seus sonhos, e sem ela, de alguma coisa deve valer essa p***a desse sobrenome que eu tenho, afinal aquele velho filho da .puta não diz que me considera seu filho e que eu tenho os mesmos direitos que o outro, eu não preciso disso. Mas, pensando bem… eu olho aquela cara ansiosa, me olhando com olhos pedantes e decidi aceitar sua chantagem, não pela ameaça, mas porque ela merece uma lição. — Se é assim que você quer, tudo bem. — Olho bem dentro dos olhos dela — Eu aceito! — De verdade? — Sua voz sai melosa e animada. Ah, se ela soubesse como isso vai ser! — Vou te avisar o dia e o lugar. É melhor você cumprir com sua parte depois disso. Assim que saí daquele escritório, enviei uma mensagem para o Pedro. " Oi Pedro, aquele prédio na avenida Paulista já tem condições de ser usado? Preciso de um favor. " Eu posso até fazer o que ela quer, mas vou fazer questão de tornar isso o mais humilhante possível. Ela vai se arrepender de me chantagear! Quando estou saindo do trabalho, o Pedro me liga. — Oi — Atendo enquanto sigo para o meu carro. — Diz aí, cara, que favor é esse que você precisa? Tá planejando uma rave? — Pergunta animado, aquele ali ama uma farra. — Não. Digamos que é algo mais intimista. Lá tem algum cômodo que possa ser usado, como quarto? Um que tenha um banheiro funcionando, de preferência. — Nossa! Quando foi que seu pai te deixou na miséria? Não tem dinheiro pra levar a mina em um motel decente não? Porque isso com certeza tem a ver com mulher. — Diz se divertindo. Me deu vontade de rir, o Pedro é como um irmão pra mim. Nos conhecemos na escola primária e também somos vizinhos no condomínio, então somos muito unidos, tudo que ele precisa eu apoio e ele faz o mesmo comigo. O pai dele é o dono da Construtora Albuquerque, eles tem prédios espalhados por todo país e também são os responsáveis pela construção do condomínio onde moramos. — Não é nada disso. Eu só preciso de um quarto e uma cama, ou pode ser só um colchão mesmo. Quanto pior melhor! — Diz aí, quem é a mina? Por que ela não merece .trepar em um lugar mais legal? Rodrigo, não precisa guardar segredo, fala logo, qual treta é essa? — Eu só quero ensinar uma lição para uma pessoa, nada demais. Você me conhece, cara, não faço besteira. — Tá certo. Vou preparar tudo e deixar a chave na caixa de correio. Depois me conta tudo, okay? Você sabe que eu gosto de estar por dentro das novidades — diz rindo. — É feio homem que gosta de fofoca, Pedro. Três dias depois, o Pedro me enviou fotos do lugar organizado, um colchão simples, com um lençol florido, o quarto é bem simples mesmo, achei perfeito. Enviei uma mensagem para o número da Lorena como o endereço e horário. … Sábado, vinte e duas horas. Esse é o dia e hora marcada. Olho no relógio ainda faltam quinze minutos, fico aguardando na porta do prédio. Pontualmente ela estaciona o carro na minha frente. Eu aponto o prédio e indico a direção da escada, depois de algumas doses de Whisky, eu até achei ela interessante, naquele mini vestido vermelho. Ela não gosta nada do lugar e sua cara de desgosto me diverte bastante. Eu não gosto nada dela, mas tenho que admitir que a maldita é gostosa pra .caralho. Ela é morena, tem os cabelos ondulados, é uma falsa magra com belas curvas no seu um metro e sessenta e cinco de altura. Depois de arrancar seu vestido com certa brutalidade eu a faço cair no colchão, arranco sua calcinha e subo no seu corpo, me encaixando no meio das suas pernas, entrei nela sem nenhum aviso. — Ai! — Reclamou em um sussurro. Coloco o dedo em seus lábios. — Sheee… — faço meu primeiro movimento, ouço um gemido espremido — você não queria uma noite de .sexo comigo? — Pergunto no seu ouvido — Então, você vai ter! — Completo friamente. Ela não reclamou mais. Eu tento não curtir o momento, mas até que essa .boceta apertada é bem gostosa, eu me movo em um vai e vem, fazendo ela se contorcer e gemer debaixo de mim. Ela passa os braços em volta do meu pescoço e puxa meu rosto na tentativa de me beijar, eu estou com muita vontade de fazer isso, confesso, mas não vou dar esse gostinho a ela. Seguro suas mãos, prendendo seus braços acima da sua cabeça, a impedindo de fazer isso mais uma vez, eu não tenho tanto autocontrole para continuar resistindo se ela tentar novamente. Nós ficamos assim por um tempo, depois mudamos de posição, ela teve alguns orgasmos e depois gozou, confesso que gostei de sentir ela se desmanchar nos meus braços. Depois de fazer ela gozar, eu gozei. Mandei ela sair assim que me retirei de dentro dela, ela se levantou da cama com certa dificuldade, eu não me sinto confortável vendo aquilo. Não por eu ter sido agressivo ou algo do tipo, eu não considero que fui, devidas as circunstâncias, mas também não fui nada cuidadoso. Depois que ela saiu do quarto eu pude finalmente respirar aliviado. O alívio não durou muito, pois quando eu olhei para o meu m****o vi resquícios de sangue, o lençol também estava sujo, ela era virgem? Que p***a! Eu passo as mãos nos cabelos e soco o colchão. Pra completar eu também não usei preservativo. Suspiro pesado. Eu não deveria estar sentindo pena dela, muito menos estar me sentindo m*l com isso, mas a verdade é que eu estou me sentindo péssimo. Depois de longos minutos deitado ali, com os gemidos da Lorena ecoando na minha mente, eu me levantei, tomei um longo banho no banheiro minúsculo e deixei a chave do quarto na caixa de correio. Eu queria que isso fosse humilhante para a Lorena, mas agora eu não me sinto satisfeito, principalmente porque apesar de não ter beijos ou carinho, até que foi bem prazeroso t*****r com ela. " Oi. E aí cara, como foi? Tudo correu como planejado? " Olho a mensagem que o Pedro acabou de me enviar. " Oi. Sim, correu tudo como planejei. Obrigado pelo apoio, ficou ótimo o lugar. " Respondi e bloqueei o telefone, antes de guardá-lo no bolso, recebi outra mensagem. "Olá. Segue abaixo o e-mail com uma cópia do contrato da sua amiga, Bruna Senna, está assinado e amanhã mesmo ela receberá uma resposta positiva via e-mail e também pelo w******p. Muito obrigada. Lorena Moraes. " Eu leio a mensagem e sinto uma pontada de remorso, olho todas as páginas e a assinatura dela está em todas. Eu balanço minha cabeça e respiro fundo tentando tirar essa sensação r**m de mim. Ela mereceu isso e aquele i****a do noivo dela também, ele mereceu ser corno. Continua…
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