Jessie
Me agachei levemente, pegando o pano creme do corredor do último andar. O local era dividido para duas coberturas.
Eu nunca tinha ido a outra cobertura, mas uma família importante tinha acabado de chegar e eu tinha que tomar conta deles
A alguns meses Richard não colocava os pés aqui. Ele estava sempre em algum evento importante com alguma super modelo.
Eu não gostava de ficar vendo como a sua vida era boa e como ela andava para frente, em como ele não se importou nenhum pouco de perguntar se o bebê era seu — mesmo tendo consciência das coisas que fez.
Eu estava quebrada. Quebrada e dolorida. Sentia que nada fazia sentido e que agora, de alguma maneira, ele tinha conseguido acabar com tudo.
Minha barriga estava um pouco grande e era possível ver a gravidez, mas eu me mantenho firme no trabalho por saber que uma criança vai precisar de mim.
Peguei meu celular do bolso, rejeitando uma ligação a Anahi, a minha melhor amiga e companheira. Ela trabalhava em casa e acabava tendo muito tempo livre.
Bati na porta duas vezes e sorri para a senhora que abriu a porta.
Olhei para o papel na mesa e engoli em seco. Era muita coincidência ou era mesmo a família de Richard que tinha acabado de se hospedar no hotel?
— Olá, querida. – A senhora sorriu.
— Senhora D'angelo, certo? — Eu a encarei, estreitando os olhos.
— Isso mesmo, entre. — ela me deu espaço para entrar.
Ainda de cabeça baixa, segui para dentro, empurrando o carrinho para dentro do apartamento barra quarto.
— Pode servir na mesa, por favor. — Ela disse.
Me aproximei da enorme mesa, enquanto colocava tudo ali, no lugar. Eu estava um pouco cansada por ter passado m*l a noite toda, mas agora sentia o peso disso.
Me esforcei para não bocejar, mas foi inevitável.
– Está de quantos meses? — Ela perguntou.
Pulei no lugar a encarando. Ouvi a porta do elevador ae abrir e passos pesados, mas optei por ignora-los, enquanto encarava a mulher a minha frente.
— Seis. — Disse, dando-lhe um sorriso.
— Mamãe! – A voz grossa de Richard invadiu meus ouvidos, fazendo um arrepio correr a minha espinha.
— Richard, meu filho. — Ela andou até ele e observei enquanto se abraçavam.
Ele agiu como se eu não estivesse ali, ignorando-me completamente. m*l educado.
— Seu pai já está para chegar. — Ela anunciou, batendo palminhas. — Eu já pedi o almoço, a... – Ela me encarou, apontando para mim, com os olhos comprimidos.
– Jessie.
— A Jessie está nos servindo. – Ela sorriu.
Coloquei o último prato a mesa e me ajeitei, colocando a mão na coluna antes de suspirar a pegar no carrinho mais uma vez.
– Tudo pronto, senhora. — Murmurei.
— Espere um pouco, vou pegar slgo para você. — Ela disse, animada.
– Não precisa de nada. — Eu dei um sorriso sem graça. — sério, eu estou bem.
— Deixe de ser boba e aceite o meu presente, é para o bebê. — A mulher andou até o quarto, entrando e me deixando sozinha com Richard na sala.
O clima peosu quase que imediatamente, enquanto eu tentava manter o meu foco em qualquer lugar que não fosse ele.
— Tinha me dito que era virgem. — Ela disse, a voz grossa ecoando pela sala e fazendo meu corpo vibrar.
Durante a gravidez, qualquer coisa era capaz de me deixar excitada.
— Eu era. — o encarei.
— mentirosa, como está grávida?— Ele levantou a sobrancelha. — Dormiu comigo e depois abriu as pernas para outro?
– O senhor está me desrespeitando. — Eu o encarei. — como pode ter tanta certeza de que o bebê não é do Senhor? me acusa eem provas.
— Primeiramente, eu sou infertil. – Ele disse – e segundo, eu não cairia no seu golpe do baú
– Pois saiba que mesmo que ele fosse seu, eu não iria querer um só centavo de alguém egocêntrico, podre e mesquinho feito você – o encarei. – Você vai morrer sozinho com toda a sua prepotência e m*l caratismo e eu vou estar aqui para ver, bem de perto.
Ele me encarou, seu rosto vermelho de raiva. Lambeu os lábios e me encarou.
— Não pense que pode falar do jeito que quiser comigo, é só uma empregada. — Ele disse.
— Eu sei qual é o meu lugar, senhor D'angelo. — Eu o encarei profundamente. — Não precisa me lembrar disso.
Ele ficou em silêncio e a mulher saiu do quarto carregando uma sacola. Eu a encarei.
— Tome, um presente meu. — ela sorriu e estendeu a mão. — se não aceitar, ficarei magoada.
— Obrigada pelo presente, senhora D'angelo. — Eu disse, sem graça.
Não queria aceitar. Não queria nada dele, que viesse da sua família e que me fizesse lembrar dele. Sentia nojo de mim mesma por ter dormido com alguém como ele, por ter sido uma i****a e ter me deixado levar. Por ter me desvalorizado a esse ponto.
Odeio que eu tenha que passar por isso, mas é algo tão necessário agora, que sinto meu coração se partir.
Precisava desse choque de realidade para parar de achar que Richard ainda podia reconhecer e voltar atrás, isso não estava nos planos dele, nunca estariam.
Era muito difícil ter que sentir essa magoa durante a gravidez, mas foi necessário, eu sei que foi e lá na frente, eu vou entender e reconhecer.
Ele não seria um bom pai, renegaria o meu bebê e isso me destrói. Ainda na barriga, meu filho não tem uma família completa.
Mas, vou fazer o meu melhor para ser uma mãe incrível a ele e que a nossa pequena família tenha todo o suporte necessário. Eu o amo com todo o meu coração e não consigo me ver sem ele agora.
Richard ser o pai do meu bebê pode ser um dos meus maiores erros, mas definitivamente, eu não me arrependo da pequena criatura que cresce em meu ventre.