Prólogo *
Jessie — 2 anos antes
Andei pelos enormes corredores empurrando o carrinho pesado e cheio de comidas e inúmeros vinhos caros.
Senhor Richard D’Ângelo tinha acabado de dar entrada no hotel e pediu para que alguém subisse com o seu carrinho.
Era sempre a mesma coisa e eu sempre me neguei a fazer isso, sempre me neguei a encontrá-lo, a estar cara-a-cara com ele, mas de qualquer maneira, não tive escolha.
Me neguei até o último segundo, mas não podia pensar em rejeitar ordens do meu chefe. Eu precisava desse emprego. Precisava pagar meu aluguel, comida e ter alguma passagem para concluir meu curso de hotelaria.
Era meu grande sonho e trabalhar aqui, mesmo que de camareira, ainda era um passo muito importante para tudo isso.
Puxei o ar várias vezes antes de bater duas vezes na porta da cobertura mais cara de todo esse prédio.
A verdade era que eu sabia que Richard tinha milhares de dólares no banco. Uma noite nessa cobertura equivale todo o dinheiro que ganho no ano — se não mais.
Mas, de qualquer maneira, estou aqui para servi-lo e é isso que farei, depois seguirei o restante da minha noite. Era o último serviço antes do meu horário de descanso e por atende-lo, tinha ganhado o direito de voltar para casa mais cedo.
Ouvi um breve “entre” e aproximei o cartão da fechadura automática, ouvindo o breve click.
Empurrei a porta com as mãos e segui para dentro — mesmo com dificuldade — do quarto. Depois, a fechei e me aproximei da pequena sala que pegava uma boa parte do lugar.
— O que tem para mim? — ele perguntou.
Suas costas eretas, seus cabelos negros perfeitamente penteados para baixo, seus braços fortes e completamente musculosos quase rasgando o tecido do seu terno de três peças, e toda a sua altura eram de cair o queixo. Além disso, um cheiro inebriante tomava todo o quarto.
Pisquei algumas vezes, tentando me recuperar do baque que era estar sozinha com um homem como ele e mesmo ouvindo de todos que era um crápula, quase podia desejar que ele me quisesse.
Mas, no final porque ele olharia para mim?
— O gato comeu a sua língua? — Ele disse, virando-se para mim.
Seu rosto era ainda mais bonito. Olhos verdes claros, nariz perfeito, lábios carnudos, sobrancelhas grossa e um enorme e perfeito par de cílios. Mordi minha bochecha, sentindo o ar fugir dos meus pulmões.
— D-desculpe. — gaguejei, me ajeitando e olhando para o carrinho. — eu trouxe três tipos de vinho para que o senhor possa experimentar e escolher.
Comecei a dizer, nervosa. Pegando as três diferentes taças e apoiando sobre a parte vazia do carrinho.
— Eu sei… — murmurou, sua voz grossa e polida preenchendo o ar, deixando todos os pelos do meu corpo incrivelmente arrepiados e excitados.
Servi o primeiro vinho, entregando a ele a taça. Voltei, servindo o segundo, enquanto ele ainda degustava.
Peguei sua bandeja de frios — algo que ele pedia sempre — e algum prato que ele havia solicitado sobre a mesa de jantar.
Alguma mulher faria companhia para ele essa noite e era claro pela quantidade de taças que foram enviadas comigo.
Entrei a ele a segunda taça e guardei a primeira, sabendo que ele não suportava usar a mesma taça para tipos diversos de vinhos.
Voltei a arrumar a mesa, mantendo a minha mente no que o homem estava bebendo, colocando a taça na frente da garrafa para me lembrar de qual era.
— O último. — Ele disse, me tirando do transe.
Servi-lhe o último, o encarando tomar aquele vinho, pensativo. Ele girou a taça, cheirou com cuidado e bebeu até que a taça estivesse seca.
Juntei meus dedos na frente do corpo e o olhei com expectativa, rezando para que isso acabasse logo. Precisava e queria ir para casa.
— O primeiro. — Ordenou, enfiando as mãos nos bolsos, enquanto eu guardava as outras duas taças e pegava a garrafa.
A apoiei sobre a mesa e me virei para ele. Já tinha feito todo o meu trabalho, mas precisava continuar ele perfeitamente:
— O senhor deseja mais alguma coisa?
Eu não queria ter que voltar aqui. Ele não tinha que desejar nada. Eu queria voltar para a minha casa e somente isso.
Preferia fazer hora extra a estar aquisição. Cara-a-cara com esse homem completamente sério e assustador.
O silêncio se instaurou pro diversos minutos e eu mordi minha bochecha.
— Se não precisar de mais nada, eu preciso… — tentei dizer, mas fui interrompida pela sua mão.
— Eu desejo sim. — Ele soprou no meu ouvido, chegando próximo a mim, parando atrás de mim. — você cheira bem.
Engoli em seco, me virando para ele, encarando seus olhos o mais profundamente quanto fora possível.
— Obrigada, senhor. — Agradeci, tentando sorrir educadamente.
— Não quer me fazer companhia? — ele perguntou.
— Eu não posso… eu preciso trabalhar. — tentei justificar, mesmo sabendo que iria direto para acsa.
Seus dedos subiram para o meu cabelo e ele empurrou uma mecha solta do meu coque para trás da minha orelha. Seus dedos encostaram na minha bochecha leve e sensualmente.
Ele os retirou alguns segundos depois e senti minhas bochechas se aquecerem lentamente, eu estava envergonhada.
— Não tente me enganar, garotinha. — murmurou, dando-me seu melhor sorriso.
E que sorriso perfeito. Era incrível como ele era a própria imagem do poder, sensualidade e beleza extremos. Todo o seu corpo transpirava sensualidade.
Eu gostava disso nele, mas era muito claro que D’angelo queria mulheres para uma noite só e mesmo que eu não tenho tido mãe e esteja sozinha no mundo, eu ainda tenho orgulho e alguns valores muito claros.
— Não estou. — apertei meus dedos contra a minha palma. — Eu…
Seu corpo chegou um pouco mais próximo do meu, seus dedos alisaram minha bochecha novamente e ele chegou próximo, seu hálito de menta contra o meu rosto.
Eu estava a um passo de aceitar a sua proposta, um passo de acabar na sua cama. Eu estava a um passo de ser completamente sua.
— Você quer ser minha? — ele perguntou, sua voz aveludada.
Seus olhos me encaravam persuasivos e sexys, suas mãos não cogitavam descer.
Meus lábios estavam entreabertos e eu já tinha desistido de lutar. O que é uma noite?
— Só vou beijar você se disser o que quero ouvir… diga… — soprou no meu ouvido, de maneira completamente sensual. — Você quer ser minha?
— Quero.
E sua boca bateu contra a minha de maneira deliciosa e tentadora, me devorando com vontade e fazendo comigo tudo aquilo que eu achei que só encontraria nos livros.
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