Capítulo 5 — Não mexa com ela

1103 Words
Amélia — Uma pena que eu adormeci tão cedo. Mas, eu estava exausta. — Soley não parecia triste, ela estava sorridente até demais na verdade. — Aconteceu alguma coisa que eu não estou sabendo? Estávamos a caminho do estacionamento tirar o carro para ir trabalhar, quando o pai do Yan surgiu de mãos dadas com uma loira, o problema era que essa mesma loira se dizia minha amiga. — Olha só, o dia m*l começou e eu já tenho que ver certas coisas desagradáveis, esse lugar já foi melhor. — Soley era descarada e odiava o John com todo seu ser. — Bom dia pra você também, Solzinho. — John riu e a sua namorada o acompanhou e não imaginava o quando Soley era realmente louca. — Do que está rindo, v***a? Sol andava em passos largos para perto deles, John jamais trocaria a mão em uma mulher e embora ele e Soley se odiassem, ambos se respeitavam. Eu tive uns bons anos de relacionamento com ele e Soley sempre esteve ao meu lado então, ela acompanhou tudo, sem me julgar. Cuidou de mim quando eu estava grávida, no pós-parto e até hoje me ajuda na criação de Yan, apesar de ser um pouco descontrolada ela sempre foi uma boa pessoa, apenas foi iludida por Marcelus e hoje está sofrendo desse jeito. — Olha aqui sua bêbada de merda, acha que alguém tem medo de você? — Raquel dizia e em seus lábios um sorriso surgia. — Não pense que terei dó de você. Soley era magra, mas não tanto e tinha força o suficiente para enfrentar o John quando estavam bêbados, não sei o que ela usa, mas lamento por Raquel está desafiando ela em um dia tão maravilhoso como hoje. Ela estava cara a cara com a Raquel, alguns centímetros mais baixa, digamos que um pequeno ser violento. — Raquel, você continua sendo tão nojenta como sempre. Esse shorts entrando no útero não te incomoda? Não sente frio? Ah, não. v***a não sente frio porque sempre tá caçando algo de outras pessoas. Amélia é muito educada, mas eu não e você sabe disso, minha educação mora na casa do c*****o. — Por que essa raiva toda de mim? É inveja porque não está no meu lugar? Ou é dor de cotovelo porque ele abandonou sua amiga e o bastardo? — O bastardo era Yan e quando o assunto era meu filho, eu entrava como vento no meio do fogo. Antes que eu pudesse fazer algo, Soley estava com as duas mãos agarradas no cabelo de Raquel. — Ninguém fala m*l do meu afilhado, não na minha frente. Você é ousada demais, deveria pensar antes de falar merda as pessoas erradas. — Após John tirar Soley de cima da Raquel, mandou a mesma entrar no carro, olhou para Soley e nada disse. — Vê se age como homem ao menos uma vez na vida, o moleque tá crescendo e você como o i****a que sempre foi está perdendo tudo isso. — Vamos, deixa ele pra lá. — Peguei em seu braço e continuamos andando. Soley acendeu um cigarro e continuou com seu bico enorme, parecendo uma criança birrenta. — O que aconteceu ontem a noite? Deu pra ele? Vocês transaram? — Ela sorria e isso era um sim. Soley — Claro que sim. — Respondi sorrindo — Dei muito inclusive. — Então era isso, você só precisava de um chá de p*u, no caso do p*u do Léo. — Enfim… foi maravilhoso. Ele vai viajar daqui a dois dias e eu não sei o que vou fazer agora que Marcelus está reagindo. Só queria que ele acordasse logo. — Soley, como consegue pensar no i****a do Marcelus quando se tem um Leonardo ao seu lado? Sinceramente, eu não sei mais o que ele precisa fazer pra você ter a certeza de que ele é o cara. O cara que é louco por você e você… é muito i****a. — Eu não quero atrapalhar ele, sabe que não vou sossegar enquanto Marcelus não acordar. Preciso saber a verdade sobre aquela noite ou não me chamarei Soley. — Não quero que Leonardo se prenda a mim, quero que ele seja livre assim como eu fui um dia. Seria egoísmo da minha parte querer os dois, mesmo que por Marcelus eu já não sinto mais nada, mas ele só tem a mim para ajudá-lo naquele hospital e até que ele acorde eu estarei lá. — Sempre direi que você é muito i****a. Mas, quem sou eu pra escolher homem? Tenho um dedo terrivelmente podre pra isso também. — O hospital estava passando por algumas reformas e algumas salas estavam interditadas. Fui até a sala onde Marcelus deveria estar e não o vi, meu coração quase pulou para fora e eu senti algumas alfinetadas em minha garganta, como se eu estivesse me preparando para um encontro com ele pela primeira vez. — Soley, que bom ver você aqui, temos boas notícias. — A médica dizia me olhando, pelo que eu tenho vindo aqui ela já não me chama de senhorita ou algo do tipo, pegando i********e o suficiente para falar até sobre assuntos pessoas. — Por que tiraram ele da sala? — No fundo eu estava com medo da resposta, mas precisava de uma. — Ele acordou ontem a noite. Nós não ligamos para não atrapalhar seu dia, já que você vem todos os dias. No momento ele foi transferido para uma sala com mais espaço, onde os aparelhos são mais evoluídos e assim a recuperação dele será mais rápida. Ele não teve nenhuma sequela, está apenas grogue como deveria estar mesmo. — E ela fala isso com toda essa naturalidade? — Isso significa mais gastos, mais tempo e… quando eu vou poder vê-lo? Não me via desanimada desse jeito há muito tempo. Eu queria que ele acordasse, é claro. Ainda somos noivos, mas depois da noite que eu tive ontem com o Léo nada será mais como antes e eu me sinto até culpada por tudo isso. — Sinto muito! — Suzy tocou sua mão em meu ombro e me levou até a sala onde ele estava. — Lembre-se: tudo pode mudar, basta você querer. Se precisar de alguma coisa já sabe. — Obrigada, Suzy. — Marcelus estava deitado, com alguns aparelhos grudados em seu peito. Seus olhos estavam abertos e eu sei que ele não está raciocinando nada agora, mas eu preciso de respostas e já não suportava mais esperar. — Oi… — Disse sentando ao seu lado e me surpreendi quando ele tocou a minha mão. — Katarina… eu sinto muito por tudo…
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