Capítulo 45

1049 Words
Oksana sai de lá com olhos sombrios, apenas ouvir a voz de Sílvio era o suficiente para acabar com o seu dia, o homem sabia ser hoje tô quando queria. O resto da minha dela se passa de forma lenta e mediante, mas trabalho era trabalho e ela precisava cumprir com as suas obrigações. Quando chega em casa encontra Yuri sentado no sofá a esperando para o almoço. _ Não precisava ter me esperado.- diz ela. _ Eu precisava, preciso te dizer algo.- responde a acompanhando até a mesa. _ O que ouve? - pergunta enquanto se servia. _ O seu noivo cancelou o noivado. - diz Yuri jogando um envelope na sua direção. Aquilo deixa Oksana curiosa, ela pegou o envelope e abre, dentro havia uma carta bem escrita, onde Carlos explicava que não poderia atender as expectativas da máfia russa. Oksana olha para a carta com um largo sorriso, ela sabia que tinha bem mais naquele do que estava escrito na carta. _ Não foi por isso. - diz ela começando a comer. _ Eu sei. - responde Yuri de forma tranquilo. Oksana para o que está fazendo e se vira para seu irmão, ele não tinha dado um ataque o que já era estranho, e ao olhar no seu rosto ela percebia que ele estava tranquilo. _ O que foi? - pergunta ela sem entender. _ Você sabe quem fez isso, certo? - pergunta com a sobrancelha arqueada. _ E daí, eu não ligo. - responde dando de ombros. Tudo o que ela não queria era pensar em Aurélio naquele momento. _ Tem certeza que não quer considerar ele? - pergunta Yuri. Oksana larga os seus talheres irritada, ela não queria ter aquela conversa com o seu irmão, de jeito nenhum. _ É do Aurélio que estamos falando! Quer mesmo que eu me envolva com alguém que tem o cérebro do tamanho de uma noz? - pergunta ela sem acreditar nas palavras do seu irmão. _ Acho que você não entendeu ainda irmã, ele não vai desistir, e eu não vou me envolver nisso. - diz ele com um sorriso de canto. _ c*****o Yuri! Custa me apoiar ao menos uma vez! - diz ela brava largando os talheres e levantando-se. Oksana não entendia o que estava acontecendo com ela nos últimos dias, a sua paciência que já estava curta tinha diminuído ainda mais. _ Eu te apoio, e me custa muito te dizer isso Oksana, - diz ele sério olhando nos seus olhos. - Eu te amo irmã, você sempre será o melhor de mim, mas no momento eu estou apenas pensando na sua felicidade. _ E você acha que a minha felicidade é com aquele fodido! - grita ela. _ Eu não entendo por que você tem tanta raiva dele! - diz Yuri frustrado. _ Ele me irrita, isso já devia ser motivo suficiente. - responde ela. _ Não é, você nem o conhece direito! - argumente ele. _ E nem quero conhecer. - reponde ela saindo. _ Aonde vai Oksana! _ Vou arrumar outro noivo. - diz ela com um brilho diferente nos olhos. Yuri pragueja enquanto ela sai da mesa e marcha em direção ao seu escritório, minutos depois ela retorna com um largo sorriso, e aquilo só poderia representar uma única coisa, problemas. _ O que você fez? - pergunta Yuri com olhos escuros. _ Estou oficialmente noiva do Fábio. - diz ela sorrindo. A vontade de Yuri era esganar a sua irmã, mas ele não faz isso, apenas vira as costas e sai a deixando só. Ele não tinha mais paciência para lidar com aquilo e sabia bem o que iria acontecer com o pobre homem quando Aurélio descobrisse que ela tinha escolhido outra pessoa. Oksana sabia que poderia estar sendo um pouco infantil, mas ela se recusava a entrar num relacionamento com Aurélio. E o motivo! Nem ela sabia. Mas a simples presença de Aurélio despertava-lhe sentimentos que ela não compreendia e que não desejava sentir naquele momento. O seu telefone toca e ela olha na tela, não foi surpresa o número que a estava ligando, mas ela tinha ficado abismada por reconhecer de quem era. _ Como se atreve a escolher aquele m*ldito! - diz Aurélio ao telefone sem disfarçar o seu desgosto. _ Eu não te devo nada Aurélio! E como sabe que eu o escolhi? - pergunta ela. Fazia apenas alguns minutos que ela tinha feito isso e não entendia como ele tinha ficado sabendo. _ Isso não vem ao caso. - responde de forma ríspida. Ela suspira massageando os olhos. _ Foi meu irmão, não é mesmo? - pergunta já sabendo a resposta. _ Eu não entendo Oksana, porque não pode me escolher! - diz ele. _ Eu e você não vai rolar Moreno apenas aceite. - diz ela com a voz leve. _ Então gosta da minha pele. - diz ele mudando drasticamente o seu tom de voz. _ Me faz um favor? E desaparece! - grita ela ao telefone. _ Não se preocupe, vou me materializar bem na sua cama uma hora. - responde ele. Ela podia ouvir o seu riso ao telefone. _ Vai se f***r Aurélio! - diz com os dentes trincados. _ Ah bela! Na verdade, eu vou te f***r, mas não se preocupe vou ser gentil. - diz ele com uma voz sedutora. Oksana sentia a sua boca seca, ela queria esquecer o que ele tinha falado, mas suas palavras já tinham penetrado na sua mente e ela já podia visualizar bem o que ele estava falando. Ela pragueja ao telefone se recriminando por seu comportamento. _ Estava pensando nisso não é mesmo. - diz ele rindo. _ Não! - diz ela chateada. _ Estava sim. Não vai morrer por admitir que me deseja Oksana. - a voz de Aurélio fazia o corpo de Oksana se arrepiar e ela perguntava-se por que ainda não tinha desligado o telefone. _ Adeus Aurélio. - diz ela desligando o telefone. Oksana olhava para a tela confusa, era como se a sua cabeça estivesse lhe pregando alguma peça, mas naquele momento não era apenas sua mente que estava confusa, o seu coração também batia de forma errática ao se lembrar do tom de Aurélio ao telefone, ela pragueja e sobe para seu quarto.
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