Capítulo 46

1091 Words
Aurélio segurava o seu telefone com um largo sorriso no rosto, ele considerava um grande sucesso aquela ligação, não era sempre que ele conseguia deixar Oksana sem palavras. _ Posso saber o motivo deste sorriso? - pergunta Bernardo entrando no seu escritório. _ Digamos que é uma certa loira de olhos azuis. - responde ele de forma tranquila. _ Pela sua cara devo imaginar que isso seja algo bom. - diz ele. - É ótimo na verdade, mas preciso que resolva algo para mim. - diz ele mondando a expressão do seu rosto. _ Basta dizer Don. - responde. _ Quero que dé uma lição em Fábio. - diz ele com um sorriso no rosto. Bernardo suspira, aquilo não devia o surpreender, o seu chefe era possessivo com aquilo que considerava seu, e Fábio teria um dia infernal por se aproximar de quem não deveria. *** Calebe estava voltando para a mansão do seu chefe, ele estava louco para ver a sua mulher. Sim. Ela era sua. E esse pensamento o mantinha vivo e motivado a continuar tentando conquistar o coração de Dandara. _ ... é serio cara, aposto que se eu fazer uma oferta ela topa. - dizia um soldado. Calebe para no seu caminho ao ouvir aquilo, todos os seus instintos alerta. O soldado não havia percebido que ele estava próximo e continuava a sua conversa animado. _ Vai conseguir apenas um problema com Calebe. - responde o outro sacudindo a cabeça. _ Que problema? A garota era praticamente uma prostituta, e vai por mim, eu sei como agradar uma p**a. - o sangue de Calebe ferve, os seus olhos ficando sombrios. Sem dizer nada Calebe se aproxima do soldado, a sua mão envolvendo o pescoço do homem enquanto uma adaga era pressionada contra a sua barriga. Ele queria a pele do desgraçado, e naquele momento ninguém o tiraria de cima do soldado. _ Uma p**a! - diz ele encarando o homem. - É isso que está dizendo da minha esposa! O choque foi tão grande que o homem não sabia o que responder, os seus olhos estavam arregalados e ele sentia falta do ar a medida que Calebe apertava mais o seu pescoço. O desespero o tomava e o homem se via tremendo diante de Calebe. _ Perdoe ele senhor Calebe, ele apenas não pensou no que disse. - pede o outro observando o que acontecia desesperado. _ Eu não sou Deus para perdoar ninguém, - diz sem desviar os seus olhos do homem a sua frente. - Você vai pagar por cada coisa que disse sobre ela. _ Não! Por favor! - pede o homem, mas Calebe não queria ouvir nada que viesse da sua boca suja, ele desejava apenas ver o sangue do homem escorrer por seus dedos limpando a honra da sua mulher. Os gritos do soldado chamam a atenção dos outros, e rapidamente varias pessoas se aproximam para ver o que estava acontecendo. Calebe não se importava com aquilo, ele queria que o inútil a sua frente servisse de exemplo para outras pessoas que tentassem falar m*l da sua mulher. _ Mas que p***a está acontecendo! - grita Aurélio aproximando-se. Quando Aurélio se aproxima encontra Calebe sobre um soldado, suas mãos sujas de sangue e num canto um pedaço de carne que ele supôs ser a língua do pobre infeliz. _ Se explique Calebe! - pede Aurélio com os olhos em brasa. _ Esse m*ldito chamou a minha mulher de p**a, e estava planejando oferecer dinheiro para ficar com ela. - diz ele desferindo um soco no rosto do homem. O sangue de Aurélio ferve na mesma hora, os seus olhos voltam-se para o homem que gemia aos pés de Calebe com a boca suja de sangue. _ Levem ele para o galpão, e quero que todos os soldados estejam lá em cinco minutos! - grita ele nervoso. Rapidamente eles arrastam o soldado e partem correndo para cumprir o que o seu Don tinha ordenado. Minutos depois Aurélio estava diante dos seus homens que observavam com atenção o que ele faria, Calebe ainda não tinha se acalmado e Aurélio podia ver a forma que os seus olhos estavam sombrios. Bem poucas coisas o tiravam do sério, e mexer com Dandara tinha passado a ser uma delas. _ O que acontecer aqui hoje vai acontecer com qualquer um que ousar falar qualquer coisa da minha protegida, - começa ele olhando fixamente para os homens a sua frente. - Quem ousar desrespeitá-la vão se entender comigo! Fui claro! _ SIM, DON! - respondem juntos. Aurélio suspende o soldado num corrente presa ao teto, com uma faca ele corta as calças do homem o deixando com as partes íntimas expostas. Então vai até a parede e retira uma faca que ninguém mais utilizava, era uma faca cega. _ Isso é o que vai acontecer com o próximo que ao menos ousar olhar para ela. - diz ele entregando a faca a Calebe. Calebe já sabia o que o seu chefe queria, e sem cerimónia ele agarra os testículos do homem e começa a cortar. Os gritos dele enchem o barracão a medida que a faca ia cortando, como seu corte estava ru*m ela demorava mais para cortar causando mais dor ao homem, quando ele finalmente termina, Aurélio entrega-lhe um vidro de vinagre e ele passa no local cortado. O soldado grita e se debate nas correntes, não suportando a dor ele desmaia. Os soldados não conseguiam esconder o choque ao ver aquilo, alguns tinham as mãos a frente das suas calças como se tentasse se proteger da cena brutal que tinham presenciado. _ Espero que tenham entendido o recado. - diz Aurélio analisando cada rosto a sua frente. _ SIM, DON! - respondem. _ Ótimo! Podem se retirar. - sem cerimónia os soldados se retiram rapidamente do galpão, era como se eles temessem ficar na presença do seu Don. Aurélio olha para o homem atrás dele com desprezo, ele odiava pessoas que se comportavam daquela forma, que não se importavam com a dor dos outros e ainda teciam comentários maldosos. _ Devia matá-lo! - diz Calebe tremendo de raiva. _ Não, a morte é boa de mais para ele. Chame a Simone e peça que ela cuide dele. - diz Aurélio. _ Mas Don... _ Ele vai ser o novo jardineiro, quero que ele viva para que toda a vez que um soldado pensar em olhar para uma das mulheres da nossa família, saiba o que vai lhes acontecer. - diz ele com um sorriso de canto.
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