Capítulo 44

1116 Words
Oksana estava em um dos armazéns do seu irmão organizando uma carga, ela gostava do que fazia e era boa naquilo. Os seus soldados organizavam as cargas nas vans com cuidado, a sua mercadoria era valiosa e não seria danificada no transporte, ela era sempre muito rígida quando a isso. Assim que Oksana entra na van o seu telefone toca, ela olha o número com a sobrancelha arqueada, ela não conhecia, mas se estava te ligando era por que tinha algum contato com o seu irmão. Ninguém de fora tinha seu número se não fosse proximo a ele. _ Alô. - diz ele um tanto hesitante. _ Oi meu amor, sentiu saudades? - a voz de Aurélio enche os ouvidos de Oksana, ela realmente não esperava por aquilo. _ Como conseguiu o meu número? - pergunta ela fechando o rosto. _ Isso é fácil quando se conhece pessoas que tem bons funcionários. - diz ele de forma sugestiva. _ Ricardo. - diz ela suspirando. Rino era o único que tinha um pessoal competente o suficiente para conseguir as suas informações pessoais. _ Mais especificamente, Alícia. - responde ele de forma tranquila. _ Não deveria estar me ligando, sou uma mulher comprometida agora. - diz ela com um sorriso de canto. Pensar que apenas com aquele comentário ela poderia o desconsertar a deixava feliz. _ Não se preocupe, já estou te livrando deste problema. - responde ele. Oksana fica surpresa com as suas palavras, mas ela não duvidava. Ao se lembrar da forma que os olhos dele fuzilavam Carlos na festa ela poderia apostar que ele tinha aprontado. Vivendo no mundo da máfia ela sabia bem o que aquilo significava. Aurélio não seria barrado, até onde ela sabia o seu nome era muito forte no submundo, e poucas pessoas se atreveriam a desafiá-lo. _ Se você... _ Não se preocupe, não vai sobrar nenhum problema para vocês. - diz ele, mas ao fundo ela podia ouvir o grito de alguém. _ O que você esta fazendo Aurélio! - questiona brava. _ Odoro a forma que você fala o meu nome. - diz ele. _ É serio! - insiste ela. _ A penas estou convencendo o seu noivo de que você é demais para alguém como ele. - responde de forma tranquila. Aurélio tinha feito uma investigação minuciosa sobre Carlos, e havia descoberto algumas coisas comprometedoras. Não que a vida dele fosse perfeita, mas ele jamais deixaria uma escória quanto aquela se aproximar da sua garrota. Naquele momento o homem estava pendurado no seu galpão sendo gentilmente convencido, de que se envolver com Oksana não seria uma boa ideia. As palavras de Aurélio deixam Oksana surpresa, ela não esperava por aquilo, mas vindo dele não devia a surpreender. Ela não tinha pesquisado muito sobre ele, então o lindo homem de olhos azuis ainda era um grande mistério para ela, mas naquele momento ela desejou saber mais. _ Te deixei sem fala, não foi. - diz ele ao telefone. - Não se preocupe um beijo seu, paga o serviço. _ Você é louco Aurélio. - diz ela balançando a cabeça, mas havia um sorriso no seu rosto. _ Me liga quando quiser conversar, sempre vou estará aqui por você Oksana. - diz ele antes de desligar. Com toda certeza aquela era a conversa mais confusa que Oksana já tinha tido. Ela não conseguia entender as personalidades de Aurélio. Num momento ele esta brincando com ela e falando besteira, em outro ele esta sendo doce e carinhoso. Ela sacode a cabeça tentando aliviar a sua mente. _ Algum problema? - pergunta Dimitri vendo que ela continuava parada. _ Eu realmente espero que não. - responde voltando a si. - Nos vemos mais tarde. Dimitri se afasta da janela da van e observava ela partir junto com os outros, ele podia ver que algo tinha perturbado, mas não sabia dizer o que era. Oksana estava distraída enquanto a van cortava a cidade, os seus pensamentos o tempo todo em um certo italiano abusado. Ele era irritante, e ela estava percebendo que era mais insistente do que ela pensava. No final das contas aquela insistência de Aurélio não importava a Oksana, ela não cairia nos seus truques baratos. Ela tinha conhecido muitas pessoas como ele e sabia que em breve ele desistiria dela. A van para num beco na parte mais perigosa da cidade, ali era onde as pessoas se encontravam para fazer negócios com o submundo. Havia um bar no subterrâneo que era muito frequentado, e apenas quem fazia parte do mundo do crime conhecia a sua existência, era ali que ficava uma grande parte da mercadoria que eles vendiam. _ A mercadoria do Sílvio. - diz Oksana ao guarda na porta. _ Está adiantada esse mês princesinha. - diz o homem com um sorriso de canto. _ Sabe como é, recebemos o carregamento mais sedo, então repassamos mais cedo. - diz ela dando de ombros. Aquilo para Oksana era a maior chatice, ela gostava mais quando estava lidando com outras coisas, mas infelizmente Yuri estava a castigando por causa da festa, então ela so podia acatar as ordens do seu Don. Eles entram e seguem até uma escada que levava a parte de baixo, era ali que Sílvio ficava, normalmente trancado no seu escritório. Oksana bate na porta e entra, Sílvio estava sentado na sua cadeira com um charuto na mão, um sorriso cínico curvava os seus lábios. Oksana olha os seus dentes amarelados com desgosto, Sílvio era uma das pessoas que estavam na sua mira, e o dia que ela descobrir um passo em falso teria maior prazer em acabar com a vida do homem a sua frente. _ Princesinha, não esperava a sua visita. - diz ele tentando ser cortês, mas aquilo não comprava Oksana, os olhos dela eram frios sobre ele. _ Também não gosto de vir aqui, mas sou obrigada. - diz sem se preocupar com o que ele pensaria da sua resposta. _ Gosto dessa sua sinceridade Oksana, você é uma mulher de personalidade. - responde ele sorrindo. _ Não precisa me dizer algo que já sei. - responde querendo terminar logo com aquela conversa. _ Fiquei sabendo que está noiva, meus parabéns. - diz ele rindo. _ Acredito que tinha vida particular não é osso para estar na boca de um cachorro vira lata como você. Não me faça te dar um tiro antes da hora, faça logo a transferência. - diz ela com olhos mortais. Sílvio tranca os dentes com as palavras dela, ele odiava Oksana, mas era obrigado a aturar ela por causa da mercadoria que comprava da máfia, na sua mente ele imaginava mil formas de a tirar do seu caminho.
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