AUTORA
Christian pega Lara no colo e sobe as escadas com ela nos braços, fico tempo observando e noto nele uma grande afinidade afetiva com a pequena. Ele tinha muito cuidado ao pegá-la, ao colocar no colo, ao mexer em seu braço, um pai perfeito. Da cozinha o sigo pelo som, ouço a porta do quarto se abrindo. Ele deitou na cama com Lara. Era muito bom saber que ele estava tendo todo esse cuidado com ela. Significava muito tudo isso. Em segundos ele me grita, ouço o choro dela, acabou de acordar. Sigo para o quarto enquanto enxugo as mãos no guardanapo, quando entro, Lara estava chorando na cama enquanto Christian tentava acalmá-la fazendo psiu pra ela. A cena foi um tanto hilária.
- Ela acordou, parece estar com fome – ele fala se levantando da cama me dando passagem.
- Parece mesmo – me ajeitei para pegá-la no colo, mas Christian me impediu.
- Pode amamentá-la na cama, é mais confortável. Fique a vontade, vou aproveitar e tomar um banho.
Dou um pequeno sorriso e concordo, observo ele apanhar a toalha preta no guarda-roupa e seguir para o banheiro. Deito na cama e coloco a pequena para amamentar. O quarto era bem cara de homem solteiro, sobre a cômoda algumas camisas estavam esquecidas ali, sapatos e tênis empilhados no canto, revistas e jornais ao lado da cama numa penteadeira. Parecia que ele havia perdido o gosto por alguma coisa, eu sabia muito bem daquele sentimento. Quando peguei meu marido me traindo com a Mara, fiquei assim, desiludida, eu não queria fazer nada, o motivo no qual me deu forças para prosseguir foi a minha filha. Lara volta a dormir, me levanto e começo a ajeitar as coisas, abro a janela permitindo que o ar fresco adentrasse o quarto, recolho as revistas e as jogo no lixo, sapatos em seus lugares, roupa suja no sexto, em cinco minutos o básico estava feito. Depois do almoço eu teria um belo trabalho pra fazer ali.
A porta do banheiro se abriu e ele saiu com a toalha na cintura, gotículas de água caindo dos seus cabelos até o peitoral fazendo uma linha imaginaria de água moldando seu peito desnudo, o pouco pelo que havia em seu peito era o suficiente para eu querer enterrar meus dedos entre eles e acariciar aquele corpo. Ele estava incrivelmente sexy. Eu não conseguia desviar meu olhar, era magnético aquele homem, ele notou aquilo e sorriu enquanto caminhava até mim como um animal pronto para a****r sua presa. Dei um passo para trás e bati com as cotas na parede, ele se aproximou e eu senti um ardume entre as pernas, era desejo, por aquele homem que despertara algo tão sórdido em mim. Como eu poderia desejar alguém nessa magnitude? Ele era perfeito e meus olhos acabaram parando em seu m****o robusto entre as pernas.
Nossos olhos se encontraram, nos seus, puro desejo. Eu sentia sua necessidade vindo até mim. Não era apenas desejo carnal, eu sentia, era algo mais.
— Sr. Carter...
— Shiii — ele coloca o dedo em minha boca, me impedindo de falar e começa a beijar todo o meu pescoço.
Sentir teus lábios tocando minha pele fez meus membros estremecerem, minha parte intima latejar de desejo, tombei a cabeça para trás dando total liberdade para ele.
— Você gosta, Anna? – sussurra em meu ouvido.
— Sim... — falo baixo de olhos fechados e ele começa a me beijar, eu passo meus braços pelo pescoço dele e puxo seu cabelo de leve.
Leves gotículas de chuva batem no telhado, começa a chover, o ar fresco entrou na tentativa de aplacar o fogo que saia de nós. Mas sabemos que isso era impossível, apenas nós dois seriamos capazes de apagar aquele fogo. Teus lábios sedentos beijando os meus enquanto fazia trilha até meu pescoço, aquele arrepio delicioso que nos faz desejar ainda mais a pessoa. Por anos que fiquei com meu ex, nunca o desejei e experimentei tamanha luxúria como eu estava experimentando com Christian.
Sua mão se livrou rapidamente da minha camisa, meu corpo ficou exposto somente com o sutiã preto que eu havia comprado há pouco tempo. Ele estava gelado pelo banho, mas eu sentia o calor emanando enquanto passava minha mão pelo seu corpo, era másculo e desejável. Eu nunca fiquei tão excitada. Ele se abaixou, tirou meu seio do sutiã e chupou meu mamilo, aquilo foi muito bom, arfei enquanto tentava controlar a minha respiração, sua língua fazia um ótimo trabalho e eu o desejei, mais do que tudo.
— Christian...
Seu nome saiu automático dos meus lábios, eu o desejava e ele sabia disso, agarrei sua cabeça com as duas mãos e o puxei para mim, para beijar teus lábios, pude sentir seu m****o roçando minha perna, ele também me desejava. Levei a minha mão e o peguei, estava duro e era muito grande, a vontade de senti-lo dentro de mim cresceu e eu sabia que estávamos caminhando num caminho sem volta.
Uma voz feminina gritou na sala, aquilo nos pegou de surpresa nos trazendo de volta pra realidade.
— Oh m***a! — ele reclama e corri para o closet. Aquilo foi muito estranho e o fogo que estávamos sentindo de repente se esvaiu como um banho de água fria. Vesti-me e ajeitei o cabelo, fechei a janela por causa da Laurinha, Christian sai do closet já arrumado e me olha pedindo desculpas e se retira do quarto, eu o sigo e desço as escadas atrás dele.
Uma mulher loira o aguardava em pé e sorri abertamente quando ele aparece, ela vai até ele e deixa um selinho me teus lábios. Aquilo acabou com o encanto que havíamos tido há poucos instantes, como se aquilo fosse o choque de realidade para mim, para que eu voltasse à realidade e parasse de desejar o meu patrão. Ele se afasta dela e me encara, dou um suspiro e me retiro indo pra cozinha.
Eu precisava terminar o almoço e estava me odiando naquele momento, como fui tão burra e quase caí nas artimanhas daquele cafajeste. Quase cedi aos seus encantos. Ouvi a porta de entrada bater com força, provavelmente ela tinha ido embora. Ouço ele entrar na cozinha e suspira.
- Desculpe Ana, eu não sabia que Raphael chamaria a Valentina. Eu não tenho nada com ela.
Ele se aproxima de mim e me abraça por trás, sentir seu braço forte em volta do meu corpo foi consolador, mas não naquelas circunstâncias.
- Fala comigo, Ana.
— Você não deve satisfação a mim, sou apenas uma funcionária e o que aconteceu há minutos atrás não devia ter acontecido.
— Claro que devia. Eu sinto algo por você, sei que eu deveria ter ido de vagar, mas foi mais forte do que eu.
- Esquece aquilo não vai mais se repetir, por favor, senhor Carter, me solte.
Ele afrouxou o abraço, eu sabia que não era o que eu e ele queria, mas tinha que ser. Valentina era a prova, tinha muita coisa que eu não sabia sobre ele.
— Tem certeza? – ele pergunta atrás de mim.
“Não” era o que eu queria dizer, me virar e agarrá-lo e dar um grande beijo em sua boca, aquilo era o que eu queria, mas não era possível. Tínhamos acabado de nos conhecer e acabamos nos aproximando de uma forma errada em seu quarto. Estava errado e por mais que eu o desejasse, não poderíamos continuar com aquilo.
- Sim, por favor, preciso terminar o almoço antes que Laurinha acorde.
Um silêncio se instalou entre nós e eu mordi o lábio enquanto segurava a vontade louca de me virar e o beijar. Aquela distância era necessário para nós.
- Se é o que deseja.
Foi a única coisa que ele disse antes de sair da cozinha e me deixar terminando o almoço